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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O que levou a queda de Marina

Artigo: “O que levou a queda de Marina”.

            Elevada ao topo da candidatura com a morte de Eduardo Campos, Marina Silva agitou a campanha política pela primeira vez, transformando a calmaria que reinava no mar da campanha eleitoral, diante da ameaça de uma possível derrota do PT, partido que não admite largar a boquinha, já que segundo seus seguidores, o Brasil só foi descoberto a partir de sua ascensão ao Poder.
            Antes do PT nada existia, apenas os nativos e nada mais justo que eles que descobriram e construíram tudo que aí se encontra, também sejam eles e apenas eles que devam ter o direito de usufruir.
            E foi esta possível ameaça que bagunçou o ambiente, principalmente a partir do momento que as pesquisas passaram a identificar uma ‘forte onda’ que levavam as pessoas a desaguarem suas esperanças e seus sonhos na candidata do PSB, cansados que se encontravam e se encontram, com tantos desmandos e tamanha corrupção e em sua grande maioria envolvendo e ou patrocinada por membros de alta patente dos partidos politicos aliados ao governo Dilma, tendo sempre como partícipe alguém ligado ao PT.
            A partir da entrada de Marina no jogo, começou a ser ensaiada a “onda anti-PT”, que ainda é vista em alguns lugares, levada pela desesperança que hoje se abate na população resultante de tantos mal – feitos, como diz a presidente em relação a roubalheira que se instalou no centro do Poder, sem que qualquer atitude dura, rigorosa e punitiva sejam tomadas ou vistas, principalmente, ao saber que a maioria dos envolvidos sempre estiveram sob suspeitas quanto a conduta e o zelo do patrimônio e dos bens públicos e que mesmo assim, jamais estiveram no centro de qualquer faxina ética, ética esta, que o PT ao chegar ao Poder fez e faz questão de jogar no lixo.
            Marina Silva se transformou por um momento, no desaguadouro desses sonhos que, infelizmente, ela e sua equipe não souberam capitalizar, diante dos vacilos e dos constantes recuos das suas afirmativas políticas.
            Esperava a população que Marina Silva trouxesse o novo, como pregava Eduardo Campos, que mostrasse firmeza nas tomadas de decisões e que não demonstrasse vacilos nas questões decisivas que a sociedade exigia, que não confudisse ideologia política com ideologia religiosa, até porque vivemos em um País em que a sua Carta Magna afirma ser “laico”.
            Infelizmente, antes mesmo que a sua preferência estivesse consolidada junto à população, Marina Silva começou a deixar de ser o sonho esperado e, passou a mostrar para a sociedade uma outra Marina desconhecida ainda pelo eleitor.
            Independente das críticas apresentadas pelos seus opositores, da qual ela por ser ex-militante petista tão bem conhecia e deveria está preparada e vacinada, porém, não se esperava tantos vacilos como os apresentados, os quais com certeza fizeram muitos eleitores reavaliarem suas posições e começarem a rever seus conceitos, principalmente a partir do momento que ficou claro ser a sua  candidatura a preferida do sistema financeiro – diante da sua declarada aliança com Neca Setúbal -; dos especuladores internacionais e dos fundamentalistas religiosos – a partir do momento em cedeu a menor pressão recebida do que há de mais execrável no movimento religioso, Silas Malafaia, símbolo maior da homofobia deste país, ao retirar os trechos do programa que o incomodavam e aos fundamentalistas que o seguem -, Marina Silva começou a perder o apoio da juventude e da classe média formadora de opiniões na velocidade da queda de um jato, como se observa pelas últimas pesquisas.
            Ao se aliar a políticos cujo passado nada os recomendam, como por exemplo a família Bornhausen, que fizeram toda caminhada política  apoiada pela ditadura militar, homens ligados à linha dura da bancada ruralista, que sempre defenderam  e andaram na contramão daquilo que outrora defendeu Marina Silva, e cuja  trajetória política, como a dos Bornhausens,  marcada pela guerra ao ambientalismo, levaram ao eleitor dá uma parada e repensar sobre o possível apoio e a questionar sobre essas novas alianças e a se perguntar, em que os Bornhausens e Silas Malafaia por exemplo, são melhores que os Sarney, os Renan e os Maluf?
            Aliado a esta dúvida, veio acoplada a ela o perigo do fundamentalismo religioso, que já é um perigo hoje, na forna como está sendo difundido por alguns lideres que se passam por religiosos, como o já citado e outros menos voltados, difundindo a intransigência, a homofobia em nome de um líder maior que viveu em uma época muito diferente da atual e que se hoje estivesse entre nós, seria o primeiro a fazer como o fez quando nasceu, a expulsar os vendilhões dos templos, os quais transformaram hoje, onde tudo é feito em nome do dinheiro e do enriquecimento pessoal, imaginem como não se sentirão tendo uma presidente que os apoiam.
            Portanto, foram e tem sido os vacilos das suas afirmativas, aliados as alianças nada recomendáveis que fizeram o eleitor a retroceder e a começar a pensar entre o PÉSSIMO (ou rouba mais faz), o RUIM ( rouba e não faz - seria Aécio)e o DUVIDOSO (Marina) mais como o apoio do segmento sanguessuga – os banqueiros – e do fundamentalismo religioso, o eleitor começou a refluir a “onda” e começou a pensar em sua segurança e retornar seu voto para aquele que se apresenta menos perigoso e que poderá pelo menos trazer mais segurança nas relações interpessoais e dos Direitos Humanos, apesar de saberem que as promessas de hoje são as mesmas de 04 anos atrás e com certeza serão as mesmas daqui a 04 anos.

Postado por Francklin Sá

QUARTA-FEIRA, 24 DE SETEMBRO DE 2014




É, vota nela vota.



Mensagem original-------

De: Antonio Ribeiro
Data: 25/9/2014 12:47:31
Para: Antonio Carlos Ribeiro de Carvalho
Assunto: É, vota nela vota.......

É, vota nela vota.

Aproveita e vai lá defender o ISLÃ, só tem gente boa lá...

QUINTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2014

Caos elétrico: técnicos da Aneel detonam Dilma.

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Um documento elaborado pelos servidores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) usa palavras como "desordem" e "soluções heterodoxas" para descrever a gestão do atual governo no setor elétrico. Em tom bastante crítico, o relatório fala ainda em "ausência de previsibilidade" e "regras instáveis ou ambíguas" como fatores que já podem estar travando investimentos privados.

As expressões constam de documento, obtido pelo Valor, que serviu de base para a formulação de 19 propostas encaminhadas pela Associação dos Servidores da Aneel às campanhas dos principais candidatos à Presidência da República. O parecer que subsidia as propostas evidencia a preocupação da base técnica da agência - especialistas em regulação e analistas administrativos - com os rumos tomados pelo setor. Não expressa a visão de diretores ou superintendentes, mas demonstra o incômodo de gente que lida com processos do dia a dia da Aneel, como ações de fiscalização e revisões tarifárias.

Após uma descrição minuciosa da evolução de leis e regulamentos que balizaram o setor elétrico no século passado, o documento entra na análise de mudanças implementadas a partir de 2003, quando a presidente Dilma Rousseff passou a comandar o Ministério de Minas e Energia. "Várias medidas desde então implementadas na condução do setor nos levam, em significativa medida, ao passado", afirma o relatório.

A primeira crítica é direcionada aos "atos normativos excepcionais" que têm sido adotados, em detrimento de propostas com trâmite legislativo, para mudar regras. "A mais alta esfera do Poder Executivo sucumbe ao impulso de avocar competências e controlar instituições", diz o texto. Na continuação, ressalta que os investimentos ficam comprometidos quando essas mudanças são feitas "sem discussão aprofundada ou com foco no curto prazo".

Um dos alvos é a MP 579, depois transformada na Lei 12.783, que permitiu a renovação das concessões de usinas hidrelétricas e linhas de transmissão. O pacote, lançado em setembro de 2012, viabilizou a redução média de 20% nas contas de luz. Duas críticas relacionadas à medida provisória aparecem no documento. Uma diz respeito à alternativa de prorrogar as concessões em vez de fazer licitação pelo maior lance. Se esse caminho tivesse sido escolhido, os recursos obtidos nos leilões poderiam ser direcionados ao abatimento de encargos por consumidores, em uma metodologia que os técnicos citam como "mais equitativa".

A outra crítica tem como alvo a indefinição em torno das concessões de quatro dezenas de distribuidoras que expiram em 2015. Apesar da proximidade do vencimento, o governo nunca deixou claro quais são seus planos. "Absolutamente nenhum critério foi discutido ou sequer sinalizado para o mercado. Assim, é razoável inferir que, face à imprevisibilidade, pode haver significativos represamentos dos investimentos pelos concessionários atuais."

A MP 579 não é o único ato governamental mencionado no documento. Em março de 2013, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) editou a resolução 3, que determinava o rateio transitório de custos adicionais do setor elétrico entre consumidores, geradores e comercializadores. "O resultado, até junho de 2014, era 56 ações judiciais, das quais 54 com decisões liminares em vigor sustando parcialmente seus efeitos", diz o texto.

Também não foi poupada pelos técnicos da Aneel a decisão do governo de evitar revisões extraordinárias de tarifas por causa do acionamento intensivo das usinas térmicas e da descontratação de energia pelas distribuidoras. "Optou-se por efetivar soluções heterodoxas em que são aportados recursos do Tesouro, emitidos títulos da dívida pública mobiliária federal e vultosas operações de mútuo realizadas pela CCEE, associação civil que não possui renda ou patrimônio."(Valor Econômico)

Dilma envergonha o Brasil e choca o mundo ao apoiar os terroristas do Estado Islâmico.

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Dilma Rousseff usou o palanque da ONU como estúdio de seu programa eleitoral, no qual aparecerá como estadista enquanto elenca o que vende como conquistas dos anos do PT no governo. Pode-se gostar disso ou não, mas está na regra. O ponto fora da curva na viagem a Nova York foi o ataque às intervenções militares que incluiu o caso sírio.

Ainda que tenha modulado no discurso a crítica mais direta aos Estados Unidos por sua ação contra o EI (Estado Islâmico), feita na terça (23), o contexto da fala de Dilma é o de legitimação, mesmo involuntária, do grupo radical.

A Síria, em evidência justamente pela intervenção criticada nas falas da presidente, foi citada ao lado da crise na Ucrânia e do conflito Israel-Palestina -- onde há lados definidos e reconhecidos. A ação americana, apoiada por vários países e com o beneplácito informal da ONU, é facilmente criticável por tender à inocuidade militar.

Mas nem os adversários de Washington, a começar por uma Moscou que vê ingerência na soberania de seus aliados sírios com a ação, consideram que o EI seja algo com que se possa negociar como se fosse um ente nacional. São radicais que, como seus reféns sabem, cortam cabeças quando não recebem resgates para financiar seu reino de terror sobre civis.

Quando dominou 90% do Afeganistão nos anos 90, os fundamentalistas do Taleban seguiam agenda política definida por rivalidades territoriais tribais. Emulavam um Estado, com instituições. Já o EI, com exuberâncias irracionais, deu um passo além.

A experiência recente desencoraja a eficácia da força, como ressalvou Dilma ao contemporizar sua fala em entrevista após o discurso, na qual adotou o pacifismo genérico fiel à tradição do Itamaraty. Mas se diálogo é premissa para paz, é preciso existir interlocutores. A decapitação do refém francês na Argélia, por um grupo inspirado pelo EI e coincidentemente divulgada no dia da fala de Dilma, mostra que não nos encontramos neste estágio. (Igor Gielow, Folha de São Paulo)

Antonio Carlos Ribeiro de Carvalho

"O orçamento deve ser  equilibrado, o Tesouro Público deve ser reposto, a dívida pública deve ser reduzida, a arrogância dos funcionários públicos deve ser moderada e controlada, e a ajuda a outros países deve ser eliminada, para que Roma não vá à falência.
As pessoas devem novamente  aprender a trabalhar, em vez de viver às custas do Estado".
Autor: Marco Tulio Cicero - Ano 55 AC.


terça-feira, 16 de setembro de 2014

DOAÇÕES DE CAMPANHAS X FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA

Doações para campanhas somam R$ 1 bilhão

Os 19 maiores financiadores de campanha respondem por metade do valor doado até agora por empresas e indivíduos na eleição deste ano. As contas de partidos, comitês e candidaturas em todo o País receberam desses 19 grupos privados R$ 522 milhões do total de R$ 1,040 bilhão vindo de contribuições de pessoas físicas e jurídicas até agora.

Esses valores são todos de origem privada e calculados após levantamento que elimina distorções ou eventuais erros cometidos pelas candidaturas. Somando-se o que vem do Fundo Partidário, cuja origem são recursos públicos, o dinheiro que circulou até agora nas campanhas supera R$ 1,138 bilhão. E isso é só o começo. O montante de R$ 1,040 bilhão refere-se ao que foi declarado por candidatos a presidente, governador, senador e deputado federal e estadual ou distrital até 6 de setembro. Como se trata de uma prestação de contas parcial, não é possível comparar com o que foi arrecadado na eleição de quatro anos atrás.

A concentração das doações é significativa. São quase 29 mil doadores até agora, mas 2 de cada 3 reais arrecadados pelas campanhas vieram dos 100 maiores doadores. Sozinho, o maior deles, o Grupo JBS, doou até agora R$ 113 milhões, ou 11% do total doado. Dona de marcas como Friboi, Swift e Bertin, o grupo tem outras empresas que também doaram, como Seara e Flora Higiene-Limpeza.

O PT foi o partido que mais recebeu da JBS: R$ 28,8 milhões - ou 1 de cada 4 reais doado pela empresa. O PSD ficou em segundo lugar, com R$ 16 milhões, e o PMDB, em terceiro, com R$ 14 milhões. Entre todos os candidatos, a maior beneficiada pelas doações da JBS foi a presidente Dilma Rousseff.

O setor de alimentação tem uma outra grande doadora. O grupo Ambev - dono de marcas como Brahma, Antarctica e Skol - aparece em quarto lugar no ranking, com R$ 41,5 milhões doados. O dinheiro foi recebido principalmente por candidatos e comitês do PMDB (R$ 12 milhões), PT (R$ 11 milhões) e PSDB (R$ 8 milhões). O setor financeiro tem duas das 10 maiores doadoras. O grupo Bradesco está em sexto, somando R$ 30 milhões em contribuições vindas de empresas como Bradesco Vida e Previdência, Bradesco Saúde e Bradesco Capitalização, entre outras. O conglomerado deu, até agora, R$ 9,4 milhões para o PSD, R$ 8,7 milhões para o PT, R$ 6,7 milhões para o PMDB e R$ 5,2 milhões para o PSDB.

O banco BTG Pactual e sua administradora de recursos doaram R$ 17 milhões e estão em décimo lugar na classificação geral. PT e PMDB foram os beneficiários de quase 80% desse dinheiro.

O protagonismo desses dois bancos e a atuação de outras empresas do setor que costumam colaborar financeiramente com as campanhas políticas não chega a superar o destaque das empreiteiras na lista de doações para partidos, comitês e candidaturas. Juntas, as construtoras contribuíram com quase R$ 300 milhões, ou 30% do total arrecadado até agora.

Dos dez maiores doadores da atual campanha, cinco são grupos empresariais que tiveram origem no ramo da construção. São os casos da OAS (2.º maior), Andrade Gutierrez (5.º lugar), UTC Engenharia (7.º), Queiroz Galvão (8.º) e Odebrecht (9.º). Os valores foram agregados por grupo econômico e incluem subsidiárias de outros setores, como energia.

Segunda colocada no ranking dos maiores contribuintes com os políticos, a Construtora OAS acumula R$ 66,8 milhões em doações. O PT ficou com quase metade desse dinheiro, ou R$ 32 milhões. O restante foi dividido entre PMDB, PSDB e PSB, entre outras legendas.

A Andrade Gutierrez doou R$ 33 milhões, divididos quase que exclusivamente entre PT (R$ 16 milhões) e PSDB (R$ 13 milhões). A UTC deu R$ 29 milhões (R$ 13 milhões para petistas), a Queiroz Galvão doou R$ 25 milhões (PMDB recebeu R$ 7 milhões), e o grupo Odebrecht, R$ 23 milhões, principalmente para PT, PSDB e DEM. O terceiro maior doador é do setor de mineração. O grupo Vale doou cerca de R$ 53 milhões até agora, por meio de uma série de empresas. Dois partidos se destacam entre os beneficiários de suas doações: PMDB (R$ 20,6 milhões) e PT (R$ 14,5 milhões). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
15/09/2014
Estadão Conteúdo

Comentário1: O PT e Dilma são os que mais receberam doações de empresas, bancos, empreiteiras, mineradoras, e exportadores de alimentos, mas vejam que os petistas foram para a Cinelândia, na manhã de segunda-feira, dia 15 de setembro, para manifestação de ataques à Marina Silva gritando frase combinada: “fora Marina e leve o Itaú junto!”. Será que estes sindicatos encabrestados pelo PT e pelo governo federal não enxergam além de um palmo do nariz? Será que se deve dar o troco e sair gritando: “fora Dilma e leve junto os bancos Bradesco e Pactual”? Ou será que a Dilma e o Lula são tão “cara-de-pau” a ponto de não ver que isto é pura hipocrisia?
Na verdade é esta a principal razão dos partidos aliados em não desejarem, e até impedir, a reforma política e eleitoral no País, principalmente PT e PMDB que sempre foram os maiores beneficiados pelas doações de campanhas, que desaguam no  caixa 2 e podem a dar margem a um novo mensalão.
O Brasil vai de mal a pior, e as esperanças acabaram de minguar quando vemos na presidência do STF um Ministro colocado pelos governistas, e um presidente do TSE também colocado pelos mesmos governistas e que foi inclusive advogado e defensor do partido PT e filiados. Isenção e transparência era o mínimo que se poderia esperar aliado a moral e a ética. Que País é este?


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

OFICIAIS DA PM DO RJ PRESOS COMO MEMBROS DE QUADRILHA

Coronel e major do COE são presos em operação no Rio

O coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira e o major Carlos Alexandre de Jesus Lucas foram detidos na manhã...

O coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira e o major Carlos Alexandre de Jesus Lucas foram detidos na manhã desta segunda-feira, 15, em operação contra uma quadrilha de policiais acusados de corrupção. Eles eram, respectivamente, comandante e subcomandante do Comando de Operações Especiais (COE) ao qual estão subordinados o Batalhão de Operações Especiais (Bope), Grupamento Aeromarítimo (GAM), e o Batalhão de Choque (BPChoq).

O coronel Fontenelle era o terceiro na hierarquia da Polícia Militar e foi preso em casa. A quadrilha atuava principalmente no bairro de Bangu, na zona oeste do Rio. Também foram presos os majores Nilton João dos Prazeres Neto (chefe da 3ª Seção) e Edson Alexandre Pinto de Góes (coordenador de Operações), além dos capitães Rodrigo Leitão da Silva (chefe da 1ª Seção) e Walter Colchone Netto (chefe do Serviço Reservado) - todos lotados no 14º Batalhão (Bangu).

De acordo com as investigações da SSINTE, os policiais cobravam propina de comerciantes, empresários, ambulantes, mototaxistas e motoristas de cooperativas de lotações e de empresas transportadoras de carga na área do 14º BPM. Eles são acusados de "prejudicar o policiamento ostensivo em Bangu, deixando de servir à população, ignorando o combate a transporte irregular de pessoas por vans em situação irregular, mototaxistas, inclusive com motocicletas em situação irregular, sejam elas roubadas, furtadas ou com chassi adulterado", diz a nota enviada pela Secretaria de Segurança.

Os acusados também agiam em empresas irregulares de transporte de mercadorias e na venda varejista de produtos piratas. O pagamento era divido entre os integrantes da quadrilha. Depois de pagar pelo serviço, a pessoa lesada recebia uma espécie de autorização oficiosa para continuar com suas atividades, sejam elas quais fossem. A propinas cobradas pela quadrilha variavam de R$ 30 a R$ 2.600 e eram cobradas diária, semanal ou mensalmente, "como garantia de não reprimir qualquer ação criminosa, seja a atuação de mototaxistas, motoristas de lotações não autorizados, o transporte de cargas em situação irregular ou a venda de produtos piratas no comércio popular de Bangu", afirma o MPRJ.

Segundo o MPRJ, entre 2012 e o segundo semestre de 2013, os seis acusados e outras 80 pessoas, entre os quais policiais do 14º BPM, da 34ª DP (Bangu), da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), além de PMs reformados, praticavam diversos crimes de concussão (extorsão cometida por servidor público) na área de atuação do 14º BPM.

A denúncia, baseada em depoimentos de testemunhas, documentos e diálogos telefônicos interceptados com autorização judicial que compõem mais de 20 volumes de inquérito, aponta que "o 14º BPM foi transformado em um verdadeiro ''balcão de negócios'', numa verdadeira ''sociedade empresária S/A'', em que os ''lucros'' eram provenientes de arrecadação de propinas por parte de diversas equipes policiais responsáveis pelo policiamento ostensivo, sendo que a principal parte dos ''lucros'' (propinas) era repassada para a denominada ''Administração'', ou seja, para os oficiais militares integrantes do ''Estado-Maior'', que detinham o controle do 14º BPM, o controle das estratégias, o controle das equipes subalternas e o poder hierárquico".

Os acusados responderão na 1ª Vara Criminal de Bangu por associação criminosa armada, que não está prevista no Código Penal Militar. A pena é de dois a seis anos de reclusão. Os integrantes da quadrilha também serão responsabilizados pelo Ministério Público pelos diversos crimes de concussão, que serão apurados pela Auditoria de Justiça Militar estadual.

Operação

O objetivo da ação, batizada de Operação Compadre II, é cumprir 25 mandados de prisão, sendo 24 contra PMs e um contra policial civil, e 53 de busca e apreensão. Participam da ação agentes da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança (Seseg) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio (Gaeco/MPRJ). Também participam a Corregedoria da Polícia Militar e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO/IE).

A Operação é um desdobramento da Operação Compadre, deflagrada em abril de 2013, quando 78 mandados de prisão foram expedidos, 53 deles contra policiais militares, para a desarticulação de uma quadrilha que cobrava propina de feirantes e comerciantes com mercadorias ilícitas, em Bangu.