Restinga_Zacarias_Maricá_RJ_Brasil

Restinga_Zacarias_Maricá_RJ_Brasil
Av Central e Av Litoranea

Páginas

terça-feira, 9 de setembro de 2008

ENTREVISTA COM FAUSTO WOLFF


ENTREVISTA COM O ESCRITOR, JORNALISTA E COLUNISTA DO JB, FAUSTO WOLFF :

Fausto Wolff é um dos raros colunistas da imprensa brasileira que dignificam a profissão. Em suas palavras, "vejo o jornalismo com os olhos de quem está no meio-fio da calçada". Por isso mesmo sempre foi pressionado pelos poderosos de plantão. Hoje, cada artigo seu no Jornal do Brasil deixa a dúvida sobre a publicação do seguinte (ele escreve às terças, quintas e domingos), tal a contundência empregada. O que podemos fazer para exercer a contra-pressão é escrever para cadernob@jb.com.br e manifestar nosso apoio a este grande escritor do nosso tempo.

Marcelo Salles - Parece que o Ziraldo levou para o JB o mesmo pessoal que fazia o Pasquim 21.

- Eu estou de relações cortadas com o Ziraldo depois de quase quarenta anos de amizade que aparentemente tinha mão única. Ia da minha direção a ele. Só posso dizer que ele é o rei da classe média. Com os nomes que levou para lá - alguns excelentes e outros para fazer média, o Caderno B seria sempre bom, mas jamais uma revolução cultural. Embora seja um gênio como artista gráfico, gosta do humor classe média que não enxerga nada além do seu umbigo e dos modismos do seu mundo-umbigo. Humor, exatamente por ter mais liberdade, só tem sentido se for revolucionário e radical, se revelar o que ninguém viu antes. A reação dos leitores em relação à minha coluna foi uma surpresa para o Ziraldo e um pouco para mim. A grande imprensa não estava acostumada a um colunista como eu - que depois de trabalhar em todos os jornais do Rio, foi estigmatizado e permaneceu trinta anos na imprensa alternativa. Os leitores responderam positivamente - recebo mais de dez cartas por dia. Depois de uma semana elas passaram a não ser publicadas até que a seção de cartas passou a funcionar de duas em duas semanas, se tanto.

Marcelo Salles - Por que você acha que se tornou o colunista mais comentado do Brasil do dia para a noite?

- Do dia para a noite e mais cinqüenta anos de experiência, errando e tentando, errando e tentando. Acho que os leitores viram que atrás daquele texto havia um homem, alguém que comungava de suas dores e alegrias, que paga aluguel, faz dívidas, joga nos cavalos. Não viram um cagador de regras que vê a vida a partir da classe-média alta à qual ele pertence e como tal aceita todos os seus modismos. Eu sou o sujeito que já foi corneado, já sofri perdas irrecuperáveis, já vi a morte frente a frente, tomei porres famosos, fui amado, já brochei, já estive na cadeia e, o que é mais importante, tenho uma firme posição político-ideológica.

Marcelo Salles - Por que você não trabalhava na grande imprensa?

- A grande imprensa não cumpria a sua parte. Primeiro diziam-me que não havia censura e depois me censuravam. Quando Sarney entrou para o governo e começou seu desgoverno quis fingir-se de democrata e convidou alguns jornalistas como Jânio de Freitas e eu para falarem sobre política. Jânio foi embora quando o programa acabou. Eu continuei em outro programa, mas era censuradíssimo. Passei a falar sobre política internacional. Mais censura. Passei a falar sobre literatura. Foi quando o Collor, psicopata, entrou e mandou que congelassem o meu salário. Depois de alguns meses, graças à inflação, eu estava ganhando 1 dólar por mês. Ao entrar alguns anos antes ganhava 1.500 dólares. Continuei trabalhando, entrei na justiça há mais de dez anos e o processo transitou em julgado. Há dez anos que a Advocacia Geral da União não paga o meu precatório. Hoje seriam algumas centenas de milhares de reais. Eu poderia me aposentar e escrever a obra-prima da literatura universal que só seria reconhecida como tal dentro de duzentos anos. Trabalhei ainda na Bandeirantes e no Última Hora mas depois de algum tempo a minha sinceridade em relação ao ouvinte e meu compromisso com a verdade se tornavam pesados demais para a direção. Algum poderoso reclamava e lá estava eu na rua. Na Bandeirantes, que anunciava não ter censura, uma repórter perguntou ao Zé Augusto Ribeiro o que ele achava e ele: "Posso garantir que enquanto o Fausto Wolff trabalhar aqui não haverá censura".

"Os leitores sentem falta de um jornal que não insulte sua inteligência"

Marcelo Salles - E o Jornal do Brasil?

- Cansei de declarar em rádios e tvs que se um dia encontrassem um artigo meu na grande imprensa, um de nós teria mudado. O JB havia feito um contrato com o Ziraldo para passar-lhe a edição do Caderno B. Um ano antes, Ziraldo me dizia: "Não assuma compromisso algum, pois você é o sujeito que melhor escreve no Brasil e é o meu trunfo para o caderno B". Pouco antes tive uma isquemia e o Ziraldo ligou não para saber se eu estava bem, mas se eu ainda tinha condições de escrever. Eu acreditei e continuo acreditando cada vez mais no projeto. Eu não mudei, mas o JB mudou para melhor. Isso significa que poderá voltar a ser o melhor jornal do Brasil, recuperar todos os leitores que perdeu para O Globo. Os leitores sentem falta de um jornal que não insulte sua inteligência.

Marcelo Salles - E o Tanure?

- Um dos editores - cujo nome não vou citar - pediu-me para maneirar uma vez. Foi uma questão entre cavalheiros. Não mudei e escrevi outro artigo. O jornal - não é antes de tudo, mas certamente é também um estabelecimento comercial. Não faz sentido ele ter prejuízo porque um colunista decidiu usar um vocábulo em vez de outro. Tanure, desde o nosso primeiro encontro demonstrou ser um gentleman e um homem de palavra. Jamais me dei bem com patrões. Ele, porém, é um executivo, um intelectual que quer fazer um bom jornal. Agora que contratou Augusto Nunes, um dos maiores profissionais da imprensa, não há porque não fazê-lo.

Marcelo Salles - Quais temas foram censurados?

- Num artigo eu opinava sobre o próprio jornal e noutro defendia a causa palestina. Vendo a coisa toda agora, talvez eu tenha pegado pesado demais.

Marcelo Salles - E a imprensa sionista?

- Isso é uma maldição. Perseguem-me desde que escrevi um livro chamado Palestinos, Judeus da III Guerra Mundial, no qual defendo o direito de os palestinos terem sua terra e não a favela onde hoje são obrigados a viver sob constantes ataques israelenses. Este foi outro motivo de eu ter permanecido tanto tempo fora da grande imprensa. Logo eu, cujo segundo romance, O Campo de Batalha Sou Eu, posfaciado por Alberto Dines, foi o primeiro no Brasil a ter um protagonista judeu. A esquerda israelense quer viver em paz com a Palestina. A direita israelense e os judeus que vivem fora de Israel é que não querem. Tratam o conflito como se fosse um jogo de futebol no qual torcem pelo seu time. Em guerra se torce por quem tem razão e a razão está ao lado dos palestinos. Não aceito o insulto de anti-semita, pois não sou contra etnia alguma. Uma comissão de sionistas esteve no JB pedindo a minha cabeça. Como coincidiu de a direção do jornal decidir diminuir o número de páginas no Caderno B, tive de parar com o [Nataniel] Jebão e escrever minha coluna apenas três vezes por semana. Li na Internet que os sionistas pensam que isso se deu por causa deles, mas foi pura coincidência. Alguns dos meus melhores amigos são judeus e anti-sionistas. Pergunto-me o que meus ídolos Jesus Cristo, Marx, Freud e Einstein, todos judeus, diriam de uma figura como Ariel Sharon.

Marcelo Salles - Tem uma anedota sua de um jovem jornalista que chega à Redação, conversa com o dono do jornal e diz que tem o sonho de fazer um jornalismo humanista. O dono o incentiva, admira sua intenção, mas quando o jornalista vai embora ele liga para a portaria e diz: "Nunca mais deixe esse filho da p... voltar". Os donos da mídia, hoje, são assim?

- Já falei do Tanure. O outro dono com o qual me dei bem foi o Samuel Wainer, que nunca me censurou. Minha opinião sobre este assunto é a seguinte: o grande jornal não pode simplesmente expressar a opinião do seu dono. Acabaria acontecendo o que acontece na televisão. Quem patrocina o programa - Casas Bahia, digamos - determina a cultura do povo. Creio que a obrigação do jornalista com o patrão é de fazer para ele um jornal bem feito e que lhe dê lucro. O sistema é capitalista e essas são as regras do jogo. Quanto à posição política do jornal, esta deve ser determinada por um conselho de redação onde a participação patronal seja mínima, a dos jornalistas média e a do público leitor a máxima. Tivesse eu um jornal daria duas páginas aos leitores. Os conselhos de redação já existem em alguns dos principais jornais do mundo há muito tempo: Frankfurt Algemeine, L'Unitá, Paese Sera, The Independent, Politiken, Le Monde, entre outros. No Brasil a situação é tão patética que o governo acha que a TV Educativa é dele e impõe e proíbe o que bem entende em vez de dar aos empregados a possibilidade de fazerem a melhor TV do Brasil. Esquecem-se que a TV é uma concessão do povo e que, portanto, cabe ao povo decidir o que quer ver na sua rede. Quando estive na Itália a primeira vez e fiz um estágio na RAI fiquei impressionado ao ver Giancarlo Pajjeta, veterano deputado comunista, desancar o governo democrata cristão. A resposta foi óbvia: numa democracia todos os espaços políticos têm espaço. Se a TV Educativa não fosse um cabide de empregos poderia ser a melhor, pois elementos capazes ela tem.

"Somos um rapaz mulato desdentado com 16 anos em frente a uma loja de discos cantando uma música americana que ele não sabe o que quer dizer"

Marcelo Salles - O que você esperava do novo Caderno B?

- Uma revolução. Uma espécie de Village Voice com tempero carioca. Ziraldo encheu o jornal com seus amigos. O B praticamente só tinha colunistas quando deveria ter bons críticos de artes plásticas, cinema, teatro, tv, ballet, literatura, poesia, música, grandes reportagens e principalmente uma linha de defesa do cinema e da literatura nacionais. Uma campanha a favor de um teatro e um cinema subvencionados pelo Estado para fazer frente ao lixo hollywoodiano. Lutar pelos autores nacionais que sofrem para editar bons livros enquanto que qualquer best-seller americano ou europeu ganha páginas e páginas de propaganda. Deveríamos resgatar a música brasileira, que já foi a melhor do mundo quando imposta pelo povo aos meios de comunicação, e não ao contrário como ocorre hoje. Naquela época o carnaval era uma revolução anual com milhões de pessoas cantando novas músicas de protesto social todos os anos. A cada carnaval o povo aprendia mais de cinqüenta novas músicas e as cantava em uníssono do Amazonas ao Rio Grande do Sul. "Você conhece o pedreiro Waldemar? Não conhece, pois eu vou lhe apresentar. De madrugada apanha o trem da circular, faz tanta casa e não tem casa pra morar". O jornal deveria lutar para que os protagonistas das escolas de samba voltassem a ser o povo e não os turistas. Deste modo o protagonista do jornal voltaria a ser a notícia e o seu maior compromisso, o leitor. Hoje, realmente, mais do que ter bananas, nós somos bananas. Temo que se amanhã os marines invadirem o Brasil as moças e rapazes da classe média vão pedir autógrafos. Ziraldo colocou vários cronistas jovens (alguns até bons), mas que só sabem dizer "eu". Creio que, a não ser em casos excepcionais, um jornalista só deveria dizer "eu" depois de dez anos de redação. A direção decidiu diminuir o número de páginas porque os colunistas viviam se chocando e atrapalhando grandes talentos como o Aldir Blanc, o Nani, o Reinaldo Jardim e alguns outros.

Marcelo Salles - Você também fala muito de você.

- Aprendi isso com a literatura. Uso-me como matéria prima para que o público melhor possa julgar. Antes disso, porém, eu vivi. O diabo não é esperto porque é velho. É velho porque é esperto. Tenho 65 anos, oito casamentos, filhos, netos, vinte livros, três guerras. As dores e alegrias são muitas. Porque usar as experiências alheias se as minhas senti na alma e no corpo? Com raras exceções, os jovens colunistas em vez de desmascarem uma realidade mentirosa de superfície deixam-se envolver por seus modismos, pois não conhecem outra realidade. A exceção fica por conta dos cartunistas como o Alan Sieber, que é jovem, mas já tem mais de trinta anos. Seus livros de quadrinhos fazem de uma realidade aparentemente banal (para quem não é ferido por ela) verdadeiras tragédias. Você ri chorando. As grandes exceções, naturalmente, são Jaguar, Millôr, Ziraldo (apesar de tudo), Angeli, Glauco, os irmãos Caruso, que já nasceram geniais.

Marcelo Salles - O que você tem contra modismos?

- Há bons modismos que ficam. Mulher e futebol, embora estejam querendo acabar com esses dois modismos. Basta ver o grande numero de filmes sustentando o homossexualismo como o ideal. Já o futebol ficou difícil quando já se sabe o resultado de antemão. Mas, falando sério: não gosto de modismos porque eles são mentirosos e tentam fazer do ser humano - a máquina mais sofisticada do universo - um bufão, um palhaço, um boi sem vontade própria. Eu vejo o jornalismo com a visão de quem está no meio-fio da calçada, como a empregada doméstica. Sou um intelectual e por isso mesmo simplifico. Se amanhã escrever um artigo sobre Joyce ou Kafka, vou fazê-lo de modo a ser entendido por qualquer pessoa inteligente. Para isso é preciso harmonizar a linguagem jornalística com a literária. Morro de rir quando vejo um cronista começar o texto dizendo: "Acabo de voltar do Japão onde recebi o prêmio". Precisamos devolver o jornalismo ao povo e para isso ele (povo) precisa ser respeitado. O bom jornalista informa ao povo o que faz o poder e não o contrário.

"Nossos jornais falam de uma realidade de 15%. Os outros são loucos, que vêem a TV Globo. Esses não têm mais salvação"

Marcelo Salles - Mas, deixando o JB de lado, eu digo os jornalões em geral, os donos hoje estão mesmo assim?

- Essas coisas infelizmente não vão ser resolvidas porque há uma geração que hoje tem 40, 50 anos e que não consegue ver nada além do dinheiro. Alguém precisa lhes dizer que não são imortais. São os executivos neoliberais ideologicamente mortos. Eles nem partem do princípio de que se pode fazer um grande jornal dizendo a verdade. A manchete do Globo de ontem foi "Hamas toma o poder na Palestina" e não, como seria correto, "Hamas vence eleições na Palestina". Quando o legislativo, o executivo, o judiciário e a imprensa são sócios, você tem uma ditadura, e é isso que nós temos com raras exceções.

Marcelo Salles - Você costuma dizer que em 64 a imprensa ficou sócia do poder com o golpe.

- O golpe cristalizou essa sociedade, mas ela já vinha desde 54 quando Getúlio foi assassinado. Revigorou-se com a Aliança Para o Progresso, de Kennedy, e com o contrato Time-Life, que permitia que uma companhia jornalística estrangeira ditasse a linha editorial de um canal de TV. O resto foi repetição. Já poderíamos ter imprensa independente se Ziraldo, apesar dos meus protestos, não houvesse feito a melhor revista do Brasil e a chamasse de Bundas. Poderia ter acontecido com Pasquim 21 se Ziraldo, que se acha um homem de negócios, garantisse contratos de propaganda de pelo menos um ano com o governo Lula, uma vez que fizemos a campanha do PT. O único órgão de imprensa que fechou foi Pasquim 21, o que mais brigou pelo PT.

Marcelo Salles - O que você me diz daquela história de o PT estar fazendo esse governo agora para arrecadar recursos e depois efetivamente fazer um governo de esquerda...

- Ah, isso é bom, isso é um negócio muito interessante: primeiro eu vou arranjar dinheiro, primeiro minha mulher vai ficar rica, meu filho vai ser prefeito... Isso é uma coisa nojenta! Esse pessoal, deputados, senadores, são todos office-boys das grandes transnacionais. Eu hoje tenho absoluto nojo e desprezo pela quase totalidade dos políticos.

"O PT surgiu para acabar com o Partido Comunista"

Mariana Vidal - Você acha que hoje nós temos uma esquerda no país? Uma oposição de esquerda?

- Eu falei com o pessoal do Partido Comunista do Brasil e eles me convidaram para ser candidato a Presidente da República, eu acho até que seria engraçado. Não, eu acho que hoje não temos mais esquerda. Acho que a grande armação brasileira foi o PT. Brizola tinha razão, trata-se da UDN de tamancos. Ainda assim votei no Lula por falta de opção. Logo que ele começou a fazer bobagens escrevi um artigo: "Se estiver sendo pressionado, vá à televisão e diga ao povo o que está acontecendo". Desisti no Fome Zero, aquela demagogia idiota de levar ministro ao Nordeste e dizer: "Ministro, olha, essa é a fome. Fome, esse é o ministro fulano de tal. Agora que vocês se conhecem nos veremos nas próximas eleições".

Mariana Vidal - Votaria de novo?

- Não. Hoje tenho certeza de que o PT surgiu para acabar com o Partido Comunista, com os comunistas no Brasil. Aproveitou-se de que a burguesia esclarecida não podia mais acreditar na Arena. Por outro lado, tinham medo do comunismo e de Brizola. Ela tem muito medo do Brizola. Porque ele não só propunha como fazia; ele fez os Cieps, e seu erro foi dizer que tinha feito 500 quando fez 200, ainda que 30 já seriam uma maravilha! O Brizola nacionalizou a Bond & Share e tinha a educação e a cultura como metas. Lia pouco, tinha o dedo podre, não sabia muito sobre marxismo, mas era um homem profundamente digno e honesto. Isso a direita, que quer o povo alienado, não podia aceitar. Os burgueses optaram pelo PT, que não era de direita aparentemente, mas também não era de esquerda. O que eu não sabia é que depois de Collor e de FHC o candidato do Consenso de Washington era Lula e não Serra, talvez por este ser um desastre ambulante. Comecei a pensar o seguinte: Quem são os fundadores do PT? Logo vi que era a burguesia intelectualizada que não quer ser comunista, ao mesmo tempo não quer se comprometer muito com a esquerda, mas não é de direita. E assim acaba com o comunismo sério. E não estou falando do PPS, que não ousa dizer seu nome, nem do PCdoB, que tem o presidente da Câmara. Pensei: "Esse pessoal vem do Chile, vem de Paris, tudo filhinho de papai, tudo montado numa bela grana, querendo fazer um partido de esquerda light. Mas para fazer um partido assim precisavam de um ícone, de uma marca registrada, de uma coisa como a Coca-Cola, eles precisavam de um operário. Quem é o que aparece mais, o que fala mais? Ah, é o fulano de tal! Então pegaram o operário como se ele fosse o novo Jesus ou o novo Lênin. Hoje você vê que o Lula é uma pessoa absolutamente despreparada para qualquer coisa, ele não sabe nada de nada, ele é um ator que foi colocado ali para decorar um papel. Agora que o largaram sozinho, ele fica dizendo besteiras: "Garanto a você que não existe ninguém mais ético que eu".

Marcelo Salles - Em 64 a estratégia era fazer uma invasão cultural e depois manter uma ditadura durante um tempo?

- A invasão cultural vem se dando desde 64, é verdade, mas foi duplicada a partir do Sarney. Agora é que nós não temos mais músicas, não temos mais escolas, não temos mais jornalismo, nós não temos nada, nós somos um rapaz mulato desdentado com 16 anos em frente a uma loja de discos cantando uma música americana que ele não sabe o que quer dizer. Esse é o retrato do Brasil.

Mariana Vidal - Você acredita na redemocratização da mídia no Brasil? Você acha que é possível reverter essa invasão cultural?

- Não, enquanto não valer a pena. Pode ser que valha a pena e creio que é isso que pretende o Tanure. Da última vez que estive com ele, falou-me da criação de um Conselho de Redação que desse maior importância ao leitor. Houve um caso na África do Sul de um jornalista amigo do Stephan Bico, grande revolucionário contra o apartheid. O Bico estava solto enquanto o Mandela estava preso. Este jornalista, Donald Woods, vivia tranqüilamente achando que estava num país normal, porque os filhos dele iam à escola para brancos, tinha uma empregada negra que adorava as crianças. Os empregados moravam em favelas distantes e iam trabalhar na casa dos ricos. Isso era perfeitamente normal, como é no Brasil, não é mesmo? Ele sabia, como a gente sabe que acontecem coisas inacreditáveis em Nova Iguaçu; que todos os dias morrem crianças assassinadas na Rocinha, mas quem é que está dando bola para isso? Ninguém! Até que o Bico vai ao jornal falar com ele: "Como é que é, rapaz, seu jornal está matando gente". Woods perguntou: "Como"? O Bico explicou e ele começou a ver. Seria a mesma coisa que você levar um jornalista para o Morro do Rato Molhado. A verdade é que Woods começou a ver a realidade do país dele. Os nossos jornais aqui falam de uma realidade de 15%. E os outros são loucos que vêem a TV Globo, que vêem novela, esses coitados são loucos, eles não têm mais solução. Então esse jornalista, que depois teve que fugir da África do Sul para a Inglaterra, começou a falar dos direitos dos negros, a tratar os negros como seres humanos, coisa que não acontecia. Daí os anunciantes retiraram toda a publicidade, mas os negros, que eram maioria, começaram a comprar o jornal, que passou a ter uma tiragem extraordinária, o que fez os capitalistas anunciarem novamente, porque comércio é comércio, porque quem consumia eram os pobres. Tornou-se o jornal mais popular da África do Sul. E o mais vendido. É esse o tipo de jornalismo que eu quero fazer, onde o jornal seja o advogado de quem não tem advogado. O advogado barato que você compra na banca. Agora, isso não está acontecendo no JB, mas tenho esperanças que virá a acontecer. Continua acontecendo... Eu ficarei muito chateado se me despedirem do JB, porque apesar de alguns percalços e angústias tem sido uma experiência muito boa. Eu detesto esse adjetivo adorado por entrevistadoras de TV: gratificante; mas é o que melhor define o que sinto. Eu nunca deixei de dizer que eu era comunista, a primeira coisa que eu fiz no JB foi informar. No meu primeiro artigo escrevi: "O que é que um jornal tem que dizer? A verdade! A verdade precisa sempre estar sob a luz dos refletores".

Marcelo Salles - O que é, para você, ser de esquerda? E o que é ser de direita?

- Ser de esquerda é você se colocar ao lado do homem e das suas necessidades. É você se colocar, não ao lado de uma realidade que te impõem, e sim de uma verdade que essa realidade esconde. Ser de esquerda é, entre o lucro e a dignidade, ficar com a dignidade. Ser de esquerda é não achar que o dinheiro é o fim e o objetivo de todas as coisas. Ser de esquerda é achar que o objetivo da nossa vida é o homem em si e, finalmente, para usar uma frase de efeito, ser de esquerda é lutar até nos descobrirmos deuses, e assim não precisarmos mais de deus algum.

"Ser de esquerda é lutar até nos descobrirmos deuses, e assim não precisarmos mais de deus algum"

Marcelo Salles - E a direita?

- Olha, a direita é uma doença inculcada... O primeiro vencedor foi o macaco na época das cavernas que sentou um tapa nos outros três fraquinhos e "olha, esse canto aqui é meu e ninguém tasca". Está na tradição, na família e na propriedade, no caso do Brasil, nem tradição, nem família, nem propriedade. "Por que é que esses 500 quilômetros de terra são seus?" "São meus porque meu pai passou eles para mim". "E quem passou isso para o teu pai?" "Foi meu avô". "E quem passou para o teu avô?" "Meu avô tomou eles na marra". Então a revolução é você lutar pelas coisas, é você dizer "eu não acredito nessa lei e vou trabalhar contra ela". Agora, é claro que nós estamos perdendo e vamos perder cada vez mais se nós não atentarmos para a educação e para a cultura, porque a educação e a cultura são as únicas coisas que podem mudar. A filosofia comunista, ao contrário do que se pensa, só pode se transformar numa revolução se ela vier de dentro para fora. Por que você tem que se convencer de que não precisa usar as outras pessoas para poder ser feliz. Não precisa de dois automóveis, nem dez amantes, nem vinte isso ou aquilo. Como disse Proudhome: "a propriedade privada é um crime". E é realmente um crime. Então, ser de direita é ser um louco, ser de direita é ser um canalha, um psicopata perigoso, e a gente tem que tomar muito cuidado com eles. Melhor seria botá-los todos na cadeia.

Marcelo Salles - Em relação à educação aqui no Rio, o Brizola tentou fazer isso com os CIEPs e, até hoje, ele tem um estigma muito forte, principalmente na Tijuca, de "amigo dos bandidos".

- Ele não permitiu que a polícia, essa polícia que está como policial porque não passou no vestibular para bandido, entrasse no morro e matasse todo mundo e foi a época que você teve menos crimes. E o Brizola fez a coisa certa, sem os CIEPs não tem solução; se os CIEPs tivessem funcionado em 1982... Vamos deixar por 200 CIEPs com 1000 crianças cada, seriam 200.000 crianças; essas crianças não estariam hoje vendendo chiclete nas ruas. Aí entrou esse canalha do Moreira Franco e disse que acabaria com o crime em meio ano; e a primeira coisa que fez foi acabar com os CIEPs. Olha, se você educa uma criança, se você pressiona essa criança, se leva essa criança para o crime todo dia e no dia em que essa criança se rebela você vai tratá-la como cachorro, é claro que ela vai morder. Seria uma beleza pegar todas essa crianças que estão na rua, e que são muito mais inteligentes que as crianças burguesas, são muito mais corajosas, muito mais talentosas e fazer escolas especiais para elas. Dessas escolas sairiam os grandes homens, os futuros dirigentes do país. Nós estamos vivendo na Idade da Pedra em matéria de humanismo. Pagamos cinco mil reais para manter o filho numa escola primária e não pagamos 400 reais para a empregada que vai cuidar dos nossos filhos.

Marcelo Salles - Parece que as pessoas têm vergonha de se assumirem comunistas. Será que não é porque o comunismo é mal entendido no Brasil?

- Mal entendido, mal lido... A direita fez as pessoas pensarem que comunismo é burocracia, que comunismo é stalinismo. Comunismo é uma filosofia humanista que ainda não deu certo. Mesmo se você pensar que na Rússia os patrões falavam francês entre si, alemão com os empregados e russo com os cachorros e porcos, houve uma grande evolução estagnada pelo neoliberalismo. Se compararmos a Rússia pré-perestroika à Rússia de 1917 veremos que ela realizou a maior obra de engenharia social do mundo. Quanto a Stalin, acho que nada desculpa você tirar uma vida humana, mas nada, nada. Não acredito que os fins justifiquem os meios. Claro que isso não me impede de querer a pena de morte para genocidas, ou seja, para esses canalhas que mandam milhões de dólares para fora do país e com isso matam milhões de crianças de fome.

Mônica Tolipan - O ocidente gastou mais dinheiro em propaganda contra o comunismo do que qualquer outra coisa. Quando eu era menina minha mãe me levava para o outro lado da rua quando passava um vizinho que diziam ser comunista.

- O Globo publicava histórias em quadrinhos que mostravam guerrilheiros cubanos degolando crianças. O país inteiro amanheceu com um pôster nos muros onde se via um ponto de interrogação vermelho e sob ele: "E o resto é silêncio". Os jornais brasileiros não publicavam notícias das agências do leste e ainda hoje, se você fizer uma comparação dos países do leste europeu com os países da América do Sul, vai ver que, com exceção da Polônia, você não tem um analfabeto.

Mariana Vidal - Com a chegada agora do Evo Morales e de uma socialista no Chile, qual sua expectativa em relação à América Latina?

- A minha expectativa é de que enfim se possa fazer um Mercosul. O Brasil, idiota, sempre foi dominado pelos portugueses, depois pelos franceses, depois pelos ingleses e agora pelos americanos. Sempre deu as costas para a América do Sul. É hora de se começar um intercâmbio político, militar, cultural, econômico que faça mudar as coisas, ou seja, que realmente concretize o sonho de Bolívar de uma América Latina livre. Nós no Brasil não conhecemos a América do Sul, não temos idéia do que é a América do Sul. Eu gosto muito do Chávez, eu gosto muito do Morales, índios, nativos, retomando o país. Gosto da moça chilena [Michele Bachelet]. Acabarão compreendendo, como Fidel, que a coisa é simples: "de cada um segundo as suas possibilidades, a cada um segundo as suas necessidades". Não precisa dizer mais nada. Basta você acreditar que todo o ser humano é igual a você; você olha uma mão e vê cinco dedos. Quantos engenheiros e arquitetos você precisaria para bolar uma maravilha como essa? Você tem mais ligações nervosas, neurônios no cérebro humano que em todos os computadores do mundo e, no entanto, essa porra só serve para levar porrada da polícia.

Thaís Tibiriçá - A questão da cultura que você falou, o lançamento do seu romance agora, o "Olímpia" e o mercado editorial, em que o livro mais vendido é "O monge executivo"...

- A tendência é essa mesmo. Se você quer estabelecer um sistema capitalista, e você quer estabelecê-lo sem limitações, é fundamental que o povo não pense, que a maioria não pense. No Brasil nós conseguimos isso, nós temos favelas. Por quê? Porque o povo não pensa. Porque se ele pensar, vai chegar à conclusão: "mas por que eu estou comprando essa porcaria?". Isso é pecado mortal para o sistema. "Por que estou comprando essa porcaria, por que não vou ali no vizinho, não peço emprestado, não troco, não faço qualquer outra coisa?". Por que é que tenho que comprar essa merda desse tênis para o meu filho? Nós temos uma nação de escravos! Até a classe média, ela é toda escrava.

Mônica Tolipan - É muito americano isso. Se você tem um bom emprego, você está salvo na vida. Você faz qualquer coisa para se manter no emprego e perde o caráter.

- A direita quer que você acredite que a vida é um inferno. Quer que todos sejamos filhos do medo para obedecermos sem pensar.

"Se você quer estabelcer um sistema capitalista, é fundamental que o povo não pense"

Mônica Tolipan - Não precisa ser um pesadelo.

- Não é um pesadelo. Para qualquer lado que você olhe, só vê beleza. Você só vê porcaria quando é feita pelo homem, como aquela lixeira em Queimados. Os peixes boiando, as praias poluídas, a selva desmatada, tudo feito pelo homem. A natureza está sempre bonita, o azul é bonito, o verde é bonito, o amarelo é bonito, fazer amor é bonito, mulher é bonito, o homem é bonito, tudo é bonito... A direita é que é anti-tudo.

Marcelo Salles - Você escreveu certa vez que os escritores foram vencidos pela mídia.

- A arte foi e é verdade. A não ser que eles façam parte da mídia, quais são os escritores que mais vendem? Bons ou ruins são os que têm colunas em grandes jornais ou programas de TV. Os meus livros provavelmente vão vender mais por causa do Jornal do Brasil; se eu for pro Globo, então, sou capaz de arranjar dinheiro para comprar o apartamento em que vivo. Mas isso não vai acontecer porque venho de longe, como dizia o Brizola. Pedi demissão da TV Globo em 1965 e nunca mais passei na frente. Nunca dei uma entrevista para TV Globo.

Marcelo Salles - Você uma vez escreveu uma história de um poeta a quem o produtor pedia um texto, parece que de teatro, fazia o texto e deixava na mesa do produtor, aí o produtor não gostava e mandava ele reescrever. Ele reescrevia mudando um pouco e deixava na mesa de novo. Até que ele reescreveu pela última vez e deixou de novo com um bilhete "Pior não dá para ficar".

- Ah, foi o Antônio Maria que fez isso na TV Tupi: "Pior não sei fazer". Qualquer canal de televisão trata o telespectador como gado. Os canais fechados pouco menos.

Marcelo Salles - É verdade que você brigou no elevador com o Adolfo Bloch?

- Não. Não foi no elevador, eu nem briguei com ele, dei um tapa e hoje me arrependo, embora ele merecesse.

Marcelo Salles - Sei que você deve estar cansado de contar essa história, mas eu não sei os detalhes.

- Eu morava em Roma, e o Ney Sroulevich, meu querido amigo que já faleceu, ligou para mim de Paris. A revista Manchete, cuja sucursal ele dirigia, tinha uma seção chamada Paredon. Eles pegavam uma figura popular brasileira e internacionalmente conhecida e faziam perguntas para as celebridades do mundo inteiro. Resolveram fazer isso com o Pelé. E Ney pediu-me que fizesse perguntas a celebridades italianas. Eu estava indo para a Grécia, atrasei minhas férias. Aí eu fiz uma relação - Pasolini, Moravia, Riva, Tognazzi, uns dez mais ou menos. Pedi-lhe 500 dólares pelo trabalho e ele concordou, mas a casa só pagaria se eu fosse cobrar no Rio. Na época eu escrevia para o Pasquim e tinha que entrar com passaporte falso no Brasil. E, porque o Pasquim não estava me pagando, estava sem dinheiro. Aí fui à Manchete cobrar. Realmente estavam lá na administração: 500 dólares - Paredon com Pelé. E eu já estava muito puto com essa história de olhar pro chão, olhar pro lado. Era uma época brava, 1970, 71. Eu queria pegar aquele dinheiro e me mandar. Aí o Adolfo passou, eu era novo, tinha uns 30 anos, e disse: "Dá para você assinar para eu receber?" Ele olhou para mim como se eu fosse louco. Disse: "500 dólares para uma entrevista? Você está muito louco! Eu pago 100". Aí eu dei um tapa nele e fui embora da Manchete e do Brasil.

Mariana Vidal - Saiu uma pesquisa recentemente sobre o hábito de leitura do brasileiro. O resultado é que os brasileiros lêem muito pouco, inclusive brasileiros de nível superior. Muitas pessoas falaram que só leram aqueles livros indicados pelos professores para conseguir o diploma.

- Parece que ler é castigo. Agora, no Rio Grande do Sul, o prefeito de Cachoeira disse que seus funcionários têm que ler um livro por semana e têm que dar o comentário. É castigo.

Mariana Vidal - Mesmo sabendo disso, o que leva um escritor a continuar escrevendo?

- Eu sou um escritor e tenho que fazer isso. Porque eu não conseguiria viver sem fazer isso. Eu não poderia viver sem escrever. É uma coisa quase metafísica, é uma coisa superior a mim. A Mônica sabe que entre um livro e outro eu fico muito nervoso. Eu acho que nós todos temos que deixar um testemunho da nossa época para facilitar a vida de quem vem. O que seria minha vida sem Balzac, Tolstoi, Kafka, Joyce, Jorge Amado, Érico Veríssimo, Castro Alves, Drummond. Estes são os grandes heróis do mundo. Os grandes heróis do mundo não são os generais que destroem, mas os filósofos que constroem. Já imaginaram como o mundo seria mais triste apenas com depoimentos de militares?
"A senhora leu o último poema do Geisel"?

Marcelo Salles - Você vê alguma forma de se reverter esse quadro?

- Há várias formas de reverter. Vocês estão revertendo a situação. No momento em que vocês fazem um jornal como esse, qualquer pessoa bem intencionada, profissional, verá que estão fazendo um trabalho sério. Tão sério que vocês estão aqui. Vocês pegaram o Jânio de Freitas na Folha de S. Paulo, pegaram o [Eduardo] Galeano. Essas coisas importam muito. Chamaram a minha atenção, chamaram a atenção de muitos outros. Outra coisa importante e possível é fazer um jornal de bairro, um jornal comunitário. Realmente levar isto às últimas conseqüências. Quando o pessoal do bairro sentir que aquilo não é um negócio só para colocar anúncio e poeminha, e vir que você está preocupado realmente com aquela vala suja, a reação do público será imediata. Outra coisa: você pode fazer até um Jornal Nacional. Os grandes sindicatos, em vez de mil house organs, façam um grande jornal nacional e nacionalista. Uma coisa que eu sugeri ao Banco Central, quando eles vieram pedir que eu fizesse um jornal para eles: olha, o jornal do Banco Central vai ser uma bobagem, eu quero fazer um jornal em que vocês todos ponham dinheiro do Banco Central, Petrobrás, Caixa Econômica, tudo. Aí a gente ia fazer um jornal, tinha até dado o nome: FORTE.

Mariana Vidal - O Banco Central?

- Não, o sindicato dos funcionários do Banco Central. Imagine, o Banco Central não vai me pedir nada, vai me dar um tiro. O Banco Central só dá dinheiro para banqueiros.

Mariana Vidal - Falando sobre as colunas, questões como a América Latina, Palestina, você escreveu sobre os indígenas, furacão Katarina. Por que essas abordagens ficam apenas restritas às colunas? Não dariam boas reportagens?

- Cada coluna minha dá uma grande reportagem. Acontece que a maioria dos repórteres viraram office-boys. Acabou a aventura, acabou a beleza que era. Antigamente a gente não ganhava nada, mas se divertia pra burro. A gente é que fazia o jornal. Hoje as redações foram ficando mais silenciosas, desculpe as mulheres, mas elas têm grande culpa nisso. As mulheres tiraram muito os lugares dos homens por ganhar menos. Elas são mais silenciosas. As redações não são mais os magníficos palcos que costumavam ser, cheias de nervos, sangue, suor, gargalhadas e lágrimas. A notícia precisa chegar viva à redação para ser transmitida vivíssima. Hoje, ela chega morta na mão do repórter, depois vai para redator e chega morta ao leitor. É preciso mais indignação, menos medo; é preciso mostrar que nem sempre aquilo que é natural não é um crime. Um menino vendendo chicletes de madrugada, por exemplo. Milhares de seres humanos esperando numa fila de hospital. Hoje um general brasileiro se suicida no Haiti e ninguém investiga.

Mariana Vidal - Você acha que essa falta de senso crítico é imposto ou é auto-censura do repórter?

- Fifty-fifty. O repórter não investiga porque parte do princípio de que não será editado quando, eventualmente, acontece o contrário. É auto-censura do repórter, claro. Essa é uma profissão que você só exerce se você a ama muito. E se você ama muito essa profissão, você precisa ser independente. Muito bem, quando você está começando, está aprendendo, vai fazendo o que os outros dizem até enxergar com seus próprios olhos e perceber que você trabalha para uma direita. Fui candidato a deputado federal pelo PDT e disse que não tinha bens materiais a declarar e não tenho.

"Os semitas aproveitaram o holocausto para pressionar o mundo a lhes dar metade da Palestina"

Marcelo Salles - Quando nós entrevistamos o Emir Sader, ele disse que ele foi afastado da Globonews por pressão dos judeus.

- Não há porque duvidar dele. Os sionistas querem fazer crer que quem apóia a Palestina é anti-semita. Meu Deus do céu, os grandes amigos meus são judeus, minha mulher também é judia por parte de pai. Uma coisa é você ser judeu, outra coisa é você ser judeu e ter isto como raça; que porra é essa de raça? Não existe raça judaica, não existe raça nenhuma. Só tem uma raça, a raça humana, e quem sabe a dos pigmeus no meio da África do Sul.

Marcelo Salles - Aprofundando um pouco essa questão, como você vê esse conflito Israel e Palestina, que parece que nunca termina?

- Os semitas aproveitaram o holocausto para pressionar o mundo a lhes dar metade da Palestina. Os palestinos, com exceção dos fanáticos sionistas, viviam com os judeus muito bem. Até que de repente surgem judeus liderados por Ariel Sharon massacrando palestinos e usando o holocausto como desculpa. O Holocausto foi provavelmente o maior crime cometido no mundo, seguido de perto pelo bombardeio de Hiroshima e Nagazaki. Mas, por que os judeus não brigam com os alemães em vez de quererem escravizar os palestinos? Se eu fosse a ONU teria estabelecido o Estado de Israel no Vale do Rhur para que os alemães jamais se esquecessem do opróbrio.

Marcelo Salles - Como foi o exílio?

- Eu nunca fui oficialmente exilado. Em 1968, antes do AI-5, eu tinha 3 colunas em 3 jornais diferentes, diárias, e atuava num programa de televisão chamado Jornal de Vanguarda. Com a censura, ainda antes do AI-5, eu comecei a falar de flores e plantas e o público sabia que eu estava sendo censurado. Eu tinha 28 anos. O diretor do programa era amigo do Magalhães Pinto, que era Ministro das Relações Exteriores. Ele informou-me de que eu estava numa lista dos primeiros a serem presos. Uma semana depois eu estava em Roma. Hoje eu tenho certeza que eles teriam me matado. Eu era um jornalista conhecido, mas não era um Millôr Fernandes, um Carlos Heitor Cony, um Hélio Fernandes, cuja ausência daria o que falar. Eu ia desaparecer. Eu estava cansado desse negócio de não poder escrever, de não poder fazer.

Marcelo Salles - Passou os dez anos em Roma?

- Não, não. Fui professor da Universidade de Copenhague, professor da Universidade de Nápoles. Morei um tempo na Grécia.

Marcelo Salles - E a volta?

- Eu voltava sempre ao Rio quando conseguia dinheiro para a passagem. Porque meu nome não é Fausto Wolff e eles estavam atrás do cara chamado Fausto Wolff. Tinha sempre alguém me esperando no aeroporto. O Millôr ou Daniel Tolipan, tio da Mônica, ou a Nelma do Pasquim. Logo eu não tive grandes problemas com a ditadura com exceção do medo de que ela me matasse. Entre um país governado por más leis e um sem leis prefiro o primeiro. A ditadura não tinha leis. Mudava as regras do jogo quando queria. O cara batia na sua casa 6h da manhã e te levava pra algum lugar. E hoje isso acontece com todo o sujeito que é pobre, com todo o João da Silva, é absolutamente a mesma coisa. A polícia sobe no morro, pega o cara e mata. O que eu tenho contra os jornais do Brasil é que eles trabalham para a minoria livre ou pseudo-minoria. E eu tenho a pretensão de escrever para todo o mundo. Quando eu voltei, sem lenço e sem documento, sem dinheiro e sem emprego, verifiquei que muitos colegas tratavam os ministros de "vocês", viviam nas festas. Eu não poderia trabalhar desse jeito, fingindo que tudo ia bem. Quando saí daqui trabalhava na Tribuna, no Jornal do Brasil e no Diário de Notícias. Ao voltar, o Diário de Notícias já tinha acabado e só restava um caminho, que era o Pasquim. E no Pasquim fiquei. Eu tinha 40 anos e morava numa pensão. Pensão mesmo, três da manhã era comum um comitê de baratas me esperando todas as noites.

Mariana Vidal - Quando você estava fora do Brasil, em algum momento pensou que deveria ter ficado e lutado?

- Puxa vida, eu não tinha porque dar colher de chá para um vagabundo qualquer me dar um tiro. Eu ainda tinha muita coisa para escrever.

Marcelo Salles - Depois do Pasquim você...

- Depois do Pasquim eu só tive um emprego público, cargo de confiança. Eu fui chamado para dirigir a Fundação Rio, o que fiz durante quatro anos. Nesse tempo, eu escrevi um livro no campus da universidade, chamado Rio de Janeiro. Eu fiz o festival do Teatro Amador, a Poesia Passageira, a poesia em ônibus, bar. Ah, e com Olga Savary fiz um livro chamado Antologia da Poesia Brasileira, dos poetas que tinham nascido depois de 1904. Eu fiz coisa para burro, sem trabalhar muito. Imaginem se eu trabalhasse. Nunca mais me chamaram para nenhum cargo público.

Mônica Tolipan - Quando eu conheci o Fausto ele estava sem emprego, começando a escrever O Homem e seu Algoz. Tinha acabado de separar.

- Eu não estava sem emprego.

Mônica Tolipan - Você estava traduzindo um livro chamado Breaking the News, que denuncia o show business em que se transformou o jornalismo americano.

- Eu traduzo do inglês, alemão, francês, italiano, espanhol. Entendo holandês, dinamarquês, grego, romeno, norueguês. Quando um cara estuda até a segunda série ginasial, ele tem que sempre mostrar que é melhor, pois ele não pode se defender com um diploma.

Marcelo Salles - Você ainda edita pela Bertrand?

- Tenho três ou quatro livros sob contrato. Estou negociando os demais com outras editoras. Eu tenho o site O Lobo - www.olobo.net - , dirigido por meu amigo Jean Scharlau.

Marcelo Salles - E o Horácio?

- O Horácio é uma espécie de agente/assessor meu. Um dos rapazes mais inteligentes que eu já conheci. Ele, Scharlau e Maria Belmoral são as grandes promessas da literatura atual na minha opinião. A Internet é muito bom. Ao mesmo tempo em que você tem um site de esquerda como o de vocês, tem um de direita muito bem escrito, o Digestivo Cultural, da linha arte pela arte. Seu editor ainda não entendeu que sem o homem não há literatura, assim como não há texto sem contexto.

Mônica Tolipan - Você está vendo acontecer uma guerra urbana e que ninguém quer ver? Entre as favelas?

- Infelizmente é a direita - tráfico - quem manda nos morros. Fosse a esquerda, o morro já seria bairro digno de seres humanos ou já teria descido. O Rio de Janeiro continua vivo, porque em 1964, 65, 66, o Partido Comunista, em vez de infiltrar-se nos exércitos e nas favelas, preferiu fazer as favelas persistirem em terreno urbano. Tinha que infiltrar gente nas forças armadas, nas universidades. Pessoalmente eu acredito que estão matando e afogando mendigos no Rio de Janeiro. Quem te garante que estes canalhas não peguem crianças de madrugada e vão para matar? Os americanos estão cada vez mais colocando as manguinhas de fora. Seguindo o exemplo de Israel, querem fazer uma cerca que separe os Estados Unidos do México.

Mariana Vidal - Se este tipo de coisa saísse na nossa grande imprensa, você acha que a população estaria preparada para pegar um jornal diário e ler isto?

- Se tudo der certo, podemos provar que o jornalismo que diz a verdade pode dar mais lucro do que o venal.

Marcelo Salles - Existe verdade? Existe uma verdade?

- Olha, basicamente a verdade é aquilo que você toca. Aquilo que você toca e pode ver. Mas há falhas sobre ver, então seria aquilo que você toca. Tocou, você sentiu. Hoje, em termos políticos, é tudo aquilo com o qual você se acostumou. A verdade, porém, deve desmascarar a realidade que o poder pretende natural. A maioria das crianças das favelas não vai à escola, mas os jornais noticiam que um grupo de faveladas da Maré está fazendo um curso de flores artificiais. Essa é a realidade que encobre a verdade, que é a seguinte: as crianças faveladas e sem teto estão sendo viciadas, estupradas todos os dias. Vinte crianças numa cama só, a mãe mudando de amante todo dia. E nada disso é verdade. A verdade é o curso de flores artificiais das faveladas.

Entrevista concedida a Mariana Vidal, Thaís Tibiriçá, Mônica Tolipan e Marcelo Salles.
http://www.fazendomedia.com/novas/entrevista150206c.htm
Fotos de Fernando Coutinho.
Fausto Wolff morreu nesta sexta-feira, 5 de setembro, aos 68 anos. O velório foi neste domingo (7), no Cemitério São João Batista, em Botafogo (RJ). Nesta longa entrevista, concedida ao Fazendo Media em 15.02.2006, Fausto diz bem mais do que anotarão os obituários:
"Os leitores sentem falta de um jornal que não insulte sua inteligência".

TESTES EM URNAS ELETRÔNICAS


Testes de Penetração em Urnas Eletrônicas

ÍNDICE

1. O que é Teste de Penetração
2. Um Teste de Penetração em 1934
3. Os não-testes nas Urnas-E Brasileiras
Detalhamento dos Casos
4. Caso Atual - A Petição Conjunta PT e PDT em 2006 - atualizado em agosto de 2008
5. Casos Anteriores - A Recusa do TSE em 2004
6. Teste de Penetração nas Urnas-E brasileiras no Paraguai
7. Teste da Black Box Voting nas Urnas Diebold americanas
8. Teste em Princenton nas Urnas Diebold americanas

1. O que é Teste de Penetração
Testes de Penetração é a denominação técnica para testes de resistência contra ataques intencionais em sistemas informatizados complexos, onde se permite que pessoas capazes possam tentar burlar as defesas de segurança do sistema.
A finalidade dos testes de penetração é descobrir falhas de segurança, ignoradas pelos projetistas, de forma a permitir a correção das falhas antes do sistema entrar em operação regular.
Existem normas técnicas internacionais e brasileiras que estabelecem os Critérios Básicos de Avaliação da Segurança em Sistemas Informatizados, como a ISO 15.408 conhecida como Common Criteria, que indicam o uso de testes de penetração como ferramenta adequada para avaliação da confiabilidade de sistemas.
Em dezembro de 2005 e em maio de 2006, foram publicados pela ONG Black Box Voting (BBV) dois relatórios do especialista em informática Harri Hursti contendo o resultado de Testes de Penetração desenvolvidos sobre as máquinas eletrônicas de votar modelos TSx fabricadas pela empresa Diebold.
Em setembro de 2006 foi o Center for Information Technology Policy da Universidade de Princenton que publicou um relatório e um vídeo também desenvolvidos sobre as urnas TSx da Diebold.
Os testes revelaram a possibilidade de se adulterar o software daquelas máquinas de votar em menos de um minuto e sem que as suas defesas lógicas detectem a adulteração.
Como são máquinas feitas pelo mesmo fabricante que as urnas-e brasileiras e similares em seus aspectos de segurança, de imediato sugerem que as máquinas brasileiras também deveriam passar por tais testes.
Porém, até o momento (agosto de 2008) o Tribunal Superior Eleitoral tem impedido o desenvolvimento de Testes de Penetração nas urnas-e brasileiras sob alegações falaciosas e com obscurantismo como se procura demonstrar com a documentação apresentada a seguir.

2. Um Teste de Penetração em 1934
A Justiça Eleitoral brasileira afirma enfaticamente, em sua propaganda oficial, a absoluta segurança de suas urnas eletrônicas. Mas, por outro lado, tem rejeitado qualquer possibilidade de se efetuar Testes de Penetração que possam confirmar sua propaganda.
Mas nem sempre a Justiça Eleitoral brasileira agiu desta forma obscurantista e autoritária.
Nos idos de 1934 (é mil novecentos e trinta e quatro, mesmo), ainda respirando os ares de sua fundação em 1932 para moralizar o processo eleitoral, que então tinha a fama de regularmente fraudado pela "Política do Café com Leite" e pelo "voto a bico de pena", registrou-se um caso que enriqueceu sua história.
No então denominado Tribunal Regional de Justiça Eleitoral de São Paulo houve uma licitação para a confecção de urnas de aço (2.000 urnas). A licitação foi ganha pelo Lyceu de Artes e Ofícios. Quando as urnas foram apresentadas houve denuncia de que era possível abrir as urnas com uma técnica pouco conhecida: a chave do tipo "micha".
O então diretor da Escola de Polícia, Moysés Marx, que acompanhara o projeto das novas urnas foi designado para proceder às investigações e criou-se uma Comissão de Investigação composta por técnicos de renome como Luis Ignácio de Anhaia Mello e outros da Escola Politécnica da USP.
A Comissão decidiu pela realização de um teste oficial sobre a segurança daquelas urnas, até então ditas "invioláveis". Hoje o teste seria chamado de "Teste de Penetração" e consistiu em se levar ao Tribunal o cidadão que dizia saber abrir a urna sem deixar vestígios e permitir-lhe demonstrar o que afirmava.
O teste teve sucesso. Uma falha de segurança foi encontrada, o que levou ao aperfeiçoamento posterior do mecanismo de tranca das urnas.
Dentro do espírito de transparência que levou à criação da Justiça Eleitoral em 1932, todo o desenrolar deste evento foi devidamente registrado, dia após dia, no Diário Oficial da época.
Eram tempos em que vigorava o Princípio de Transparência da Coisa Pública no processo eleitoral!

3. Os não-testes nas Urnas-E Brasileiras
Desde o ano 2000, os partidos políticos que se apresentam para acompanhar o desenvolvimento dos sistemas informatizados de eleição, normalmente o PT e o PDT, têm apresentado petições ao TSE solicitando permissão para efetuarem testes de penetração nas urnas eletrônicas com o intuito de verificarem ou não a existência de falhas no esquema de segurança projetado.
Em 2000 e 2002, os pedidos apresentados à Secretaria de Informática do TSE foram simplesmente ignorados e nenhuma resposta oficial foi dada. Extra-oficialmente, demonstrando total incompreensão da função de testes de penetração, dizia-se que não queriam permitir que os testes "desmoralizassem" as suas urnas eletrônicas.
Em 2004, o PT voltou a apresentar um pedido à Secretaria de Informática do TSE para que lhe fosse permitido testar o sistema de embaralhamento dos votos. Desta vez, houve resposta oficial. Negaram o pedido "por falta de previsão na regulamentação". O que não disseram é que a tal "regulamentação" fora escrita pela própria Secretaria de Informática do TSE.
Por sua vez, o PDT tentou em 2004 apresentar sua petição diretamente ao Ministro Presidente do TSE, na esperança que sua imparcialidade pudesse levar a aprovação da petição.
Vã esperança!
O Ministro Sepulveda Pertence, então presidente do TSE, remeteu a petição à Secretaria de Informática a qual respondeu que suas urnas-E eram invulneráveis como deveria saber o autor da petição. Com esta falaciosa resposta em mãos, o presidente do TSE deu sua decisão "largamente" justificada em uma linha manuscrita: "comunique-se ao interessado (que ele deveria saber que o sistema é invulnerável) e arquive-se" !
Em junho de 2006, o PT e o PDT resolveram apresentar uma petição conjunta para poder efetuar um Teste de Penetração nas urnas-e brasileiras. Até este momento (agosto de 2008) esta petição ainda não foi oficialmente respondida embora já haja a decisão de não permitir os testes como se descreve a seguir.
4. A Petição Conjunta PT e PDT em 2006 - atualizado em agosto de 2008
Em 08 de junho de 2006, o Partido dos Trabalhadores, PT, e o Partido Democrático Trabalhista, PDT, apresentaram a Petição Conjunta PET TSE nº 1896/2006, solicitando ao TSE permissão para efetuar testes de vulnerabilidades contra ataques nas urnas eletrônicas, também chamados de testes de penetração.
Em junho de 2008 o Partido da República, PR, aderiu à petição do PT e do PDT.
Para conhecer o andamento desta petição acesse o sistema PUSH do TSE para acompanhamento de processos e siga os seguintes passos:
• digite 1896
• clique em Pesquisar
• selecione a PET-1896 ou o protocolo 8708/2006
• marque o botão Todos
• clique em Visualizar

O resumo da tramitação da PET TSE 1896/06 é:
junho de 2006
é apresentada a petição inicial

maio de 2007
Diretor Geral e Secretário de Tecnologia da Informação (STI) do TSE comparecem a audiência pública na Câmara Federal e informam que os testes de penetração pelos partidos serão feitos em novembro de 2007

junho de 2007
nos autos da PET 1896/06, a STI se manifestou favorável à execução dos testes no mês de novembro de 2007

outubro de 2007
despacho do ministro relator solicita à STI definição dos critérios para a realização dos testes

maio de 2008
através do Contrato TSE 032/2008, foram contratadas a Fundação de Apoio à Capacitação de Tecnologia da Informação - FACTI - e o Centro de Pesquisas Renato Archer - CenPRA - com o objeto de elaboração e análise de testes de vulnerabilidade quanto a segurança do sistema eletrônico de votação
agosto de 2008
diante dos relatórios parciais da FACTI, que apontaram inúmeras falhas de segurança no processo eletrônico de votação, a STI/TSE decide:
• manter os relatórios totalmente secretos para impedir que o eleitor brasileiro saiba que o sistema possui vulnerabilidades;
• impedir os testes de Penetração solicitados em 2006 pelos Partidos Políticos;
• Abandonar, após as eleições de 2008, o projeto atual das urnas eletrônicas por causa dos vícios de segurança insanáveis;
• aditar o contrato com a FACTI/CenPRA para tentar desenvolver um novo projeto de urnas eletrônicas mais confiáveis para 2010;
• desinformar o público por meio de propaganda falsa: negando a existência de falhas de segurança e afirmando que o Teste de Penetração será permitido em 2008;
Em resumo, a despeito de reiteradas declarações de transparência do processo eleitoral e da invulnerabilidade do seus sistema eletrônico de votação, o andamento desta petição revela que a atual Administração Eleitoral brasileira perdeu totalmente o espírito de transparência que a norteava durante os Testes de Penetração em 1934

5. Casos Anteriores - a Recusa do TSE em 2004
Você pode baixar o arquivo .DOC com a Petição do PDT em 2004, protocolizada sob número: Protocolo TSE n 14307/2004.
Segue abaixo o fac simile das 3 páginas com a negativa oficial do TSE à petição para testes de penetração apresentada pelo PDT em 2004.
Na primeira página se pode ver o despacho manuscrito do presidente do TSE mandando dar ciência ao autor e arquivar o pedido. Na segunda página está o argumento central de que o autor devia tomar conhecimento:
"... a agremiação impugnante indicou o técnico Amílcar Brunazo Filho, o qual teve oportunidade de conhecer e verificar todos os procedimentos de segurança adotados pela Justiça Eleitoral que inviabilizam qualquer ataque e ou alteração dos sistemas eleitorais e da urna eletrônica. "
Em resumo, ao pedido para efetuar testes de penetração nas urnas eletrônicas, o presidente do TSE respondeu que o autor do pedido sabia (ou deveria saber) que é inviável qualquer tipo de ataque contra as defesas de suas urnas eletrônicas... e impediu os testes.
Diante desta atual postura autoritária e obscurantista da Justiça Eleitoral há que se lamentar a perda daquele espírito democrático e transparente que a guiava em 1934.
Vejam mais em
http://votoseguro.org/

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

TRANSGÊNICOS - SE LIGA NO " T "


Transgênicos
Atenção: você consumiria um produto com esse T?

Foto: Tiago Queiroz/AE

Prestem atenção naquele ‘tezinho’ dentro de um triângulo amarelo. Ele é tímido, acanhado até. Mas representa que aquele produto foi feito a partir de matéria-prima geneticamente modificada. É isso mesmo. Só agora, após 5 anos de publicação do decreto federal obrigando essa identificação dos transgênicos, é que as empresas começaram a obedecer. Isso porque o Ministério Público ingressou com uma ação civil obrigando as indústrias simplesmente a cumprir a lei.

As indústrias se negavam a colocar o alerta nos rótulos alegando que no decreto (nº 4.680, de abril de 2003) isso só era obrigado caso o produto final tivesse mais de 1% de transgênico no conteúdo total. O MP interpretou diferente. Disse que 1% no texto do decreto se referia a porcentagem de transgênico em qualquer dos itens da matéria-prima.

O juiz que analisou a ação disse que não interessa se é 1% disso ou daquilo. O consumidor tem o direito de decidir se deve consumir ou não produtos cujo conteúdo ainda é alvo de polêmica científica. E ponto final.

Dessa vez, a Justiça teve juízo.
Autor: Marco Bahé - 16/01/2008
Leiam mais no blog:
Acerto de Contas - Blog

BLAIRO MAGGI - O DEVASTADOR DE FLORESTAS


Blairo Maggi recebeu do Pânico e do Greenpeace o Prêmio Motosserra de Ouro, depois de sua performance como destruidor da floresta amazônica em seu Estado.

Ao contrário do Amazonas, que acredita na preservação da floresta como forma de riqueza, no Mato Grosso e no Pará a bandalheira corre solta.

Autor: Pierre Lucena - 25/04/2008
Leiam mais no blog:
Acerto de Contas - Blog

GOVERNADOR MOTOSSERRA DE OURO


MANDA PRENDER
"Desmatar é remédio para crise de comida", diz Governador vencedor do “Motosserra de Ouro”

O Governador Blairo Maggi, vencedor do Prêmio Motosserra de Ouro, do Greenpeace e desmatador contumaz, resolveu abrir o jogo na Folha de São Paulo, e defendeu abertamente o desmatamento.

Segundo o Motosserra, esse vai ser o remédio para a crise de alimentos. É um mecanismo inevitável para enfrentar a crise global de alimentos.

Resta perguntar ao “gênio” o que fará depois que desmatar tudo. Vai plantar na lua?

terça-feira, 2 de setembro de 2008


PLANO DE METAS DE GOVERNO
(se eu for candidato...)
(mas... podem copiar)
* “Na vida nada se cria, tudo se copia” -
by “Chacrinha”.
(Obs.: qualquer semelhança é mera coincidência)

I - Geral

° Priorizar a educação, causa de salvação nacional, incluindo alimentação, acolhimento e assistência a todas as crianças, escolarização em tempo integral;
° Trabalho digno e assistência à saúde;
° Salário justo para servidores municipais;
° Defesa do patrimônio público e das riquezas naturais;
° Reorganizar e revitalizar a agricultura em torno da pequena e média propriedade, e a pesca no contexto de nossas lagoas, dando fomento a produção de alimentos;
° Incremento na causa da defesa dos direitos da mulher e do idoso;
° Defender a dignidade da função pública, sob a inspiração da moral e da ética, com o objetivo de servir ao cidadão e prestigiar o servidor público municipal;
° Defesa da natureza, do ambiente sustentável, das lagoas, da restinga, das cachoeiras, das nascentes, dos rios, das serras, do planejamento visando crescimento sem agressões e desenvolvimento auto-sustentável no município. (tirados dos ideais nascidos em 1999 - o Estatuto do Partido é simples, preciso e conciso - basta desenvolver).
Continua . . .


Nota: Todos poderão (deverão) apresentar propostas de:
a) Anteprojeto Substitutivo;
b) emenda aditiva;
c) emenda modificativa;
d) substitutiva;
e) supressiva;
- enviar no comentário, ou por e-mail;
Agradecemos a participação.

Edição 4

Participantes: (desde a edição 1)
1) PDT - Estatuto; 2) Marcus Stanley; 3) Dr. Carolino Santos; 4) Lucia Helena; 5) Dr. Felipe Auni; 6) Monique Siqueira; 7) Bruno Cardoso;

ESPECÍFICOS

II - PRIORIZAR A EDUCAÇÃO

° EDUCAÇÃO PúBLICA

1. Implantação do “Plano de Escolarização em Tempo Integral” com uma Escola Municipal em cada distrito;
2. Assistência Médica e Odontológica em todas as Unidades Escolares Municipais;
3. Implantação do “Plano de Preparação para Esportes Olímpicos” vinculado às Escolas Municipais;
4. Implantação de “Cursos nas Escolas” englobando música, artesanato, dança, artes em geral, plantio de mudas, podas e revitalização de praças, parques e jardins, ambiente sustentável e reciclagem, visando alunos da Rede Pública Municipal;
5. Implantação de “Cursos Profissionalizantes” e “Supletivos”; Convênios com entidades como SESC, SESI, SENAI, CEFET, FAETEC;
6. Implantação de “Cursos Superiores” por meio de convênios com Universidades reconhecidas;
7. Implantação de “Cursos de Aperfeiçoamento e Especialização” visando Professores da Rede Pública Municipal e Servidores Públicos Municipais;
8. Implantação do “Plano de Valorização do Professor Municipal”; (desde a revisão salarial até incentivo as atualizações do conhecimento envolvendo todo o Corpo Docente);
9. Implantação do “Plano de Desenvolvimento da Internet no Município”, visando não só a inclusão digital, como também de criação de pontos de acesso público; inclusão digital não é colocar à disposição meia dúzia de “notebooks” populares, pois isto é hipocrisia e populismo; sem uma Internet segura e rápida com acesso gratuito não se fará a verdadeira “inclusão digital”; a rede pública de Internet é o caminho, e se possível, se o demagogo Governo Federal deixar e ajudar, o sistema “wi-max” deve ser implantado;
10. Construção de “Creches Públicas Municipais” em cada distrito;
11. Construção de “Casas da Melhor Idade” em cada distrito visando idosos desamparados e precisando de cuidados especiais;
12. Implantação do “Sistema de Controle Geral da Merenda Escolar”; reduzir e aniquilar com a corrupção na merenda;
13. Implantação do Projeto Pró-Leite nas escolas e comunidades; (servir e distribuir leite de soja);

III - Incremento na causa da defesa dos direitos da mulher e do idoso

° SAÚDE PÚBLICA E PREVIDÊNCIA SOCIAL

1. Implantação de “Postos de Saúde 24 horas”, com atendimento de emergência, equipe médica especializada, ambulâncias, nas localidades de Ponta Negra, Itaipuaçú, Barra de Maricá, Inoã, e São José;
2. Criação do “Hospital de Atendimento à Mulher” no 1° distrito;
3. Criação do “Hospital Geriátrico São José” em S. José de Imbassaí;
4. Criação do “Hospital Materno-Infantil em Inoã, 3° distrito;
5. Implantação de “Unidades Ambulatoriais”, tanto no HCML, quanto nos demais hospitais e postos de saúde;
6. Implantação do “Projeto Medicina Preventiva”;
a. Subprojeto - “De olho em você” (Centro de Oftalmologia);
b. Subprojeto - “Saúde dos Dentes” (Centro de Odontologia);
7. Implantação do “Projeto Planejamento Familiar”;
8. Implantação do “Plano de Saúde Suplementar Compartilhado”, visando Servidores Públicos Municipais de Carreira Ativos e Inativos;
9. Criação do Portal da Previdência para atender aos inativos da municipalidade;
10. ISSM - Instituto de Seguridade Social de Maricá - Gestão de Transparência - Presidência exercida por Servidor Público Municipal de Carreira, ativo ou inativo, com diretoria paritária, e instituição do pregão eletrônico nas licitações;
11. Implantação do Projeto de Distribuição de Leite;
12. Criação do “Sistema de Controle de Animais”, mediante implantação de “chips” e registro obrigatório, mormente em cachorros, eqüinos e bovinos, dentre outros, permitindo o monitoramento, a identificação de proprietários de animais abandonados, perdidos ou roubados, bem como a responsabilização pela falta de posse e guarda devida, por omissão e desleixo, por descumprimento de normas de vacinação, por causar acidentes nas vias públicas;
13. ver urbanização e saneamento; esgoto sanitário;

° IV - ADMINISTRAÇÃO GERAL

° ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
1. Redução de alíquotas de impostos e taxas;
2. Agilização dos serviços com procedimentos céleres;
3. Parcelamento de dívidas, ajuizadas ou não, mediante atuação direta da Procuradoria Geral do Município;
4. Agilização de pagamentos;
5. Implantação de “Postos de Atendimento Local” visando atender aos contribuintes nos próprios distritos com incremento de modernização administrativa, informatização e participação de Procuradores Municipais;
6. Implantação do “Sistema Central de Licitação”, visando centralizar todas as modalidades de licitações, constituindo Comissão Central de cinco membros, com rodízio periódico de membros, com substituição obrigatória de um membro a cada semestre e troca de funções, com ampla divulgação pela “web” dos atos e movimentação, e pregão eletrônico, com farta transparência;
7. Auditoria em órgãos da administração direta e indireta;

° ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL

1. Trabalho digno e salário justo, mas vinculado a:
a. Reforma da Estrutura Organizacional;
b. Modernização Administrativa;
c. Criação de poucos (necessários) e extinção de muitos (cabides) cargos comissionados;
d. Novas adequações das atribuições de cargos, e das competências de órgãos;
e. Redefinição e adequação de carga horária;
f. Constituição de Comissão Permanente de Apuração de Acumulação Ilícita de Cargos;
g. Atendimento a norma de implantação do Plano de Cargos e de Carreiras e enquadramento dos servidores nas devidas e legais referências;
2. Criar ferramental jurídico/legal para combater e desestimular a corrupção;
3. Instituição do Plano de Saúde Complementar do Servidor Público Municipal;

° V - TRABALHO, HABITAÇÃO, INDÚSTRIA, COMÉRCIO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA.

1. Mutirão da Casa Própria - “Projeto Comunitário”, “Projeto Servidor Público”, “Projeto Casa Geminada - Construção Compartilhada”;
2. Implantação do Pólo Industrial, para indústrias não poluentes, de pequeno e médio porte, com incentivos fiscais;
3. Capacitação de mão-de-obra prioritariamente para os setores de construção civil, comércio, e indústria;
4. Fomentar a criação de cooperativas específicas para: a) construção de moradias; b) agricultura; c) pesca; d) artesanato; e) serviços vinculados ao turismo;
5. Projeto Emprego Aqui; (gerar oportunidades nos setores primário, secundário e terciário - primário: produtos agrícolas; - secundário: captação de investimentos em indústrias de pequeno, médio e grande porte; - terciário: sólidos investimentos no turismo convencional e no ecoturismo);
6. Implantação do Projeto Mãe-Crecheira;
7. Implantação de programas de incentivos fiscais para a instalação de empresas;
8. Projetos visando atrair recursos do Banco Mundial, BNDES, dos Governos Federal e Estadual;

° VI - TRANSPORTE, SERVIÇOS CONCEDIDOS E VIAS PÚBLICAS

1. Criar a Rodoviária-Shopping no Centro da Cidade;
2. Criar as Rodoviárias de Apoio nas periferias da Cidade e distritos; rodoviária compartilhada; terminais rodoviários compartilhados;
3. Implantação de pequenas linhas circulares (micro-ônibus) entre bairros e entre distritos, linhas integradas e transporte interligado;
4. Recadastramento e regulamentação da frota de táxis e transportes alternativos; permitir o uso de “táxi-lotada” para percursos inferiores a 10 km entre origem e destino; instalação de taxímetros nos veículos de paradas fixas no Centro da Cidade;
5. Melhoramento das vias públicas primárias e secundárias, com asfaltamento e alargamento; rodovias municipais com acostamento;
6. Construção de pontos de coletivos e abrigos para passageiros;
7. Anéis rodoviários que comporão com as linhas circulares um “Novo Sistema de Transporte Municipal”;
8. Construção de trevos e anéis de retornos nos entroncamentos de vias municipais a fim de eliminar pontos de riscos para motoristas e pedestres, como exemplo:
a. Av. Ivan Mundim com a Rua Beira Lagoa de Araçatiba;
b. Final da Av. Ivan Mundim com a Av. João Saldanha e entrada da Zacarias; (trevo)
c. Estrada de Itaipuaçú com entrada para Itaocaia Valley;
d. Estrada de Itaipuaçú com entrada para a Av. 1;
e. Estrada de Ponta Negra com entrada para Jaconé;
9. Trânsito: transformar algumas vias de mão dupla em via de mão única; inverter sentido de mão única em algumas vias;
10. Guarda Municipal: não permitir que a GM trabalhe armada; acabar com a máxima popular até hoje difundida: “Visite Maricá e ganhe uma multa”; priorizar a orientação e a advertência ao invés de primeiro multar e deixar rolar o erro e a irregularidade; salário digno não é participação em multas; gratificação de produtividade aquilatada por dedicação, zelo e trabalho;
11. Ponte antiga sobre o rio Mombuca: reforço e alargamento - a permitir maior fluxo de veículos e separação para uso exclusivo de pedestres;
12. Através de convênios com o Governo do Estado limpeza dos rios e canais, com a desocupação ilegal, irregular e indevida, das margens e acessos de infra-estrutura;
13. Urbanização e adequação de uso das margens de rios, canais e lagoas;

° VII - TURISMO, ESPORTE E LAZER

1. Implantar “Centros de Informações Turísticas” ao longo da Rodovia Estadual nos encontros com as vias municipais de acesso às praias, lagoas e pontos turísticos, e nos bairros ao longo das lagoas e das praias em pontos estratégicos e de grande movimentação;
2. Melhorar e ampliar toda a sinalização turística ao longo das vias públicas;
3. Melhorar e ampliar as vias públicas de acesso aos locais turísticos, dotando de sinalização, iluminação e placas com históricos e datas ilustrativas;
4. Em todas as vias ao entorno das lagoas e de prédios históricos proceder o calçamento por paralelepípedos ao invés de asfalto;
5. Tombar, “sem derrubar”, prédios antigos, históricos, e de valor arquitetônico de época, além praças, sítios, dentre outros que contribuam para a memória do município, e criar a Fundação Patrimônio Público Municipal onde os bens tombados devem ser registrados, controlados e mantidos sob severa proteção e fiscalização e destinar verbas para a manutenção e restauração;
6. Desenvolver projetos para a prática de “eco-turismo”, de trilhas de caminhadas, de pontos de escaladas;
7. Desenvolver projetos voltados para a vocação das lagoas, como torneios e campeonatos de vela e motor e remo;
8. Decretar como vias de acesso turístico, de tratamento especial, as vias entre a Rodovia Estadual RJ-106 e as praias: a) Ponta Negra; b) Bambuí e Cordeirinho; c) Centro e Boqueirão - Barra - Zacarias; d) Estrada dos Macacos - S. José - Praia do Francês; e) Estrada dos Cajueiros e Rua 70;
f) Inoã - Itaipuaçú - Jardim Atlântico;
9. Decretar como vias de acesso turístico: a) via de ligação ao Município vizinho Saquarema através de Jaconé; b) via de ligação com Niterói - Serrinha do Recanto de Itaipuaçú; c) via de ligação com Itaboraí - Ubatiba e Serra do Lagarto;
fomentar consórcios com municípios vizinhos visando atingir os objetivos e interesses comuns com maior rapidez e eficiência junto ao Governo do Estado;
10. Criar programa de incentivo a indústria do entretenimento;
11. Implantar o Projeto Guia Mirim;

° VIII - CULTURA E ARTE

1. Constituição da Fundação Cultural e Artística de Maricá;
2. Desenvolver projetos em parceria com outros órgãos visando fomentar a inclusão artística e cultural dos munícipes, com cursos, exposições, seminários;
3. Implantar “Salas de Projeções”, e “Teatros”; construir “Casas de Cultura” nos distritos onde possa difundir peças teatrais e apresentar filmes que contribuam para o debate cultural e estudos;
4. Fomentar cursos de pintura, fotografia, artesanato, reciclagem de material para fins artísticos;
5. Realizar Feiras e Exposições de cunho artístico, temporárias ou permanentes;
6. Construir o Teatro Municipal (adaptável para cinema);


° IX - URBANIZAÇÃO E SANEAMENTO

1. Alargamento de vias públicas;
2. Revitalização de calçadas; adequação ao idoso e portadores de deficiência física;
3. Dotar as vias de galerias de águas pluviais;
4. Fiscalizar e impedir o lançamento de esgoto sanitário nas galerias de águas pluviais; evitar o lançamento de águas pluviais diretamente na lagoa a fim de evitar e coibir o assoreamento;
5. Dragagem permanente de rios e canais;
6. Revitalização e criação de praças;
7. Asfaltamento das vias públicas primárias e de acesso aos corredores turísticos;
8. Exigir calçamento, galerias de águas pluviais e meio fio de todos os loteamentos sob pena de embargos de obras e aplicação de multas, além de medidas judiciais e administrativas de coerção de obrigação de fazer;
9. Agir implacavelmente sobre os que desobedecem as normas e determinações de recuos e de afastamentos em obras de construção e edificação;
10. Exigir, nas obras de edificação, a construção de fossa e sumidouro adequados a área construída, além da construção de filtro que atenda as especificações dos órgãos de meio ambiente;
11. Exigir de todos os loteamentos e condomínios a instalação prévia de pequenas e médias estações de tratamento de esgoto, na proporção do tamanho do parcelamento do solo, do número de lotes e de pessoas estimadas a serem servidas; implantar pequenas e médias estações de tratamento por bairros ou regiões em convênio com Estado e União;
12. construção e alargamento de pontes em vias públicas municipais;
13. Criar as Secretarias: “Secretaria Municipal de Política Habitacional e Saneamento Básico - SEMPAB”, “Secretaria Municipal de Política de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas - SEMDESUR”, “Secretaria Municipal de Urbanismo e Construção Civil - SEMURB”;
14. Extinguir Secretarias e demais órgãos desnecessários a evitar conflitos de competências e objetivos em decorrência da criação de modernas e novas secretarias e órgãos; a SEMADES caberá resgatar a autonomia e importância, além de receber verbas específicas do setor; a SEMURB caberá a fiscalização do setor além da coordenação dos planos e projetos; a SEMDESUR caberá o planejamento e ordenamento urbano; a SEMPAB deverá funcionar em consonância com o Gov. Federal e preponderantemente com o Ministério das Cidades;
15. Criação do “PROMEU-Maricá” - Projeto Municipal de Estruturação Urbana de Maricá;
16. Criação do “PUB-Maricá” - Plano Urbanístico Básico de Maricá;
17. Utilizar somente “asfalTo”, e nunca “asfalSo”, nas vias pavimentadas;
18. Revisão e atualização dos Códigos de Posturas e de Obras do Município;

X - Defesa do patrimônio público e das riquezas naturais

° MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

1. Implantação de “Agenda Ambiental”;
2. Investimento em “Gestão Ambiental”;
3. Implantação gradual de “Coleta de Lixo Seletiva”;
4. Recriar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; (SEMADES) - (resgatar a autonomia do importante setor dentro do Governo e dar um basta na perda de verbas federais)
5. Fomentar ações de preservação e recuperação da restinga, das serras, dos parques, das reservas ecológicas;
6. Exonerar todos os “irresponsáveis” ocupantes de cargos comissionados da Superintendência do Meio Ambiente que autorizaram cortes e podas de árvores sem a devida observância de normas, cautelas, zelo, e contraprestação de replantio, inclusive fomentando o uso indiscriminado e descontrolado da “MOTOSSERRA” que foi adquirida pela Prefeitura e entregue em mãos de particulares como que “terceirizando o serviço”;
7. Maior controle nas podas das árvores em vias e locais públicos, e serviço orientado e supervisionado por técnicos especializados, a fim de evitar a “morte das árvores” a exemplo do que estava ocorrendo sistematicamente transformando a Cidade e desumanizando o ambiente; fim da “Cidade Careca”, desflorestada;
8. Criar normas mais rígidas quanto as podas e cortes de árvores (sem essa máxima inventada de que “casuarinas”, “amendoeiras” e “eucaliptos”, contra essas tudo pode!);
9. Uma norma: “cada obra responsável por construção de prédio ou reforma que derrubar uma árvore, em contraprestação e punição, será exigido o plantio do quíntuplo de árvores e de espécies iguais e diversificadas, em local designado pelo órgão do meio ambiente com a devida orientação, supervisão e fiscalização, desde o plantio e até a manutenção pelo prazo mínimo exigido;
10. Aplicação de multas sucessivas até o cumprimento integral das normas e do “termo de ajuste ambiental”;
11. Compromisso com o ambiente como parte dos planos de urbanismo e projetos de urbanização e paisagismo;
12. Combater a poluição visual - limitar e disciplinar o uso de “outdoors”, placas de publicidade, faixas de propagandas; limitar tamanho de letreiros; manter a Cidade limpa e livre da poluição visual, inclusive quanto a distribuição de prospectos, propaganda de mão, santinhos; manter os postes e árvores limpos, livres de placas, cartazes, de colagens de propaganda; não permitir o uso de áreas “non aedificandi e de proteção ambiental” para uso de publicidade;
13. Reflorestamento das encostas, matas ciliares, e mananciais;
14. Implantar hortas comunitárias nas Escolas da Rede Municipal, e em terrenos baldios das zonas periféricas;

° XI - PROCURADORIA GERAL E CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS

1. Proibir a terceirização de serviços considerados essenciais em todos os órgãos, mormente na Procuradoria Geral quanto a serviços internos e externos, inclusive cobrança amigável ou judicial de dívida ativa;
2. Nova alocação para o CPD, espaço físico adequado não só quanto a total segurança mas idem em relação a acesso por funcionários e desenvolvimento do trabalho e alocação dos equipamentos e acessórios, centralização de dados e informações, maior controle e guarda, “backup” sucessivos de dados; controle interno e externo mais eficaz;
3. Desvinculação de locação ou contratação entre hardware e software com plenos direitos ao Município;
4. Capacitação de servidores;

XII - Reorganizar e revitalizar a agricultura, a pecuária, e a pesca

° Pesca
1. Controle e fiscalização da pesca nas lagoas e canais;
2. Impedir a colocação de redes de pesca embaixo de pontes e ao longo de canais;
3. Proceder a abertura da barra periodicamente como era feito a décadas passadas a permitir interligação com o mar e renovação das águas;
4. Acionar o Estado para a retirada do “entulho de ferro”, o maior monumento de ferro abandonado do mundo, a única ponte do mundo concebida para que as águas passassem por cima da ponte, e não por baixo, obra iniciada pelo artista plástico (quer dizer: ferreiro) Marcelo Alencar, e acariciada por muitos anos por Garotinhos; reconstrução da nova ponte/via perimetral deve ser instalada a permitir visão panorâmica para quem utiliza e o livre fluxo das águas da lagoa e do mar nas épocas apropriadas;
5. Incentivar a criação de cooperativas;

° Agricultura
1. Máquinas e equipamentos à disposição de pequenos agricultores em sistema de rodízio;
2. Anualmente realizar a “Exposição Agropecuária”;
3. Cursos de aperfeiçoamento para o setor;
4. Instalação de Escola Técnica Rural;

° Pecuária
1. Criar o “Parque de Exposições” para eventos de alto nível;
2. Dar incentivos fiscais e fomento de insumos a criação;

XIII - DEFESA CIVIL E GUARDA MUNICIPAL

1. Realização de novos concursos;
2. Aquisição de novos veículos;
3. Grupamento Ronda Escolar;
4. Plano de Cargos e Salários;

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

MINA DE TÂNTALO NA AMAZÔNIA - 2


Mina de tântalo na Amazônia
BRASÍLIA – Segundo o geólogo Nereu Heidrich, do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) no Amazonas são expressivas as ocorrências relacionadas à Província Pegmatítica de Borborema situada na região nordeste brasileira, destacando-se os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. No Estado da Bahia as ocorrências estão associadas a xistos e pegmatitos da Faixa de Dobramentos Araçuaí.

“No Amazonas, além da reserva do Pitinga podem ser citadas inúmeras ocorrências no Alto e Médio Rio Negro situadas nos Municípios de Barcelos e São Gabriel da Cachoeira. Menciona-se ainda, na região Norte, ocorrências em Roraima, Rondônia e no Amapá”, ele assinala.

Minas Gerais e Goiás apresentam diversas ocorrências e jazidas, sendo que muitas delas com suas reservas já esgotadas. Considerando as reservas brasileiras como sendo apenas as do Amazonas, o Brasil permanece na liderança mundial com 47,4 % das reservas mundiais, seguido pelas reservas da Austrália com 41,5 %, detida em sua maior parte pela empresa Sons of Gwalia, Ltd nas minas de Greenbushes e Wodgina.

Segundo a publicação de dezembro de 2006 da Tantalum-Niobium International Study Center – TIC a mina subterrânea de Greenbushes esta sendo fechada, supõem-se que obviamente por custo de extração elevado em relação os preços praticados atualmente no mercado. Outros países que se destacam com reservas não avaliadas ou não publicadas são: Namíbia, Zimbabue, Cazaquistão, Rússia, Etiópia e Uganda.

Ação Maçônica Internacional - AMI

Conselho Gestor internacional - terça, 19 de agosto de 2008

MINA DE TÂNTALO NA AMAZÔNIA - 1


Maior mina de tântalo do mundo fica na Amazônia

Pitinga produz 89 mil toneladas de minério estratégico para as indústrias eletroeletrônica, automotiva e de equipamentos médicos.

Minério de tântalo, riqueza nacional, sai da Amazônia
ROCÍO LUNA
MONTEZUMA CRUZ
montezuma@agenciaamazonia.com.br
Este endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo

BRASÍLIA – Fica em Pitinga, no município de Presidente Figueiredo (AM), a maior mina de tântalo conhecida no mundo. Produz 89 mil toneladas (t) de óxido de tântalo de alta pureza. Esse minério estratégico vem atendendo atualmente à crescente demanda, em torno de 10% por ano. Segundo relatório do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o consumo mundial de óxido de tântalo já alcança mais de 2,6 mil toneladas. Considerando-se que cada tonelada desse óxido contém 820 quilos de tântalo, o consumo mundial corresponde a mais de 2,13 t.

Situada a 130 quilômetros de Manaus, Pitinga pertence ao grupo Paranapanema, controlador da Mineração Taboca, que lavra e concentra minério de estanho, nióbio e tântalo. Cerca de 60% do uso total do tântalo é na forma de pó metálico, para a fabricação de capacitores que regulam o fluxo de eletricidade nos circuitos integrados da indústria eletrônica, principalmente em telefones celulares, laptop, câmeras e vídeos. Indústrias automobilística e equipamentos médicos são outras grandes consumidoras.

Esse minério é também usado em superligas para fabricação de produtos laminados e fios, resistentes à corrosão e a altas temperaturas; em lâminas de turbinas para indústria aeronáutica. Na condição de carbeto (TaC) é usado em ferramentas de corte.

Paranapanema ampliou equipamentos em Pitinga para explorar rocha bruta /CNEN

Segundo a Mineral Commodity Summaries (2007) os números referentes ao mercado americano mostram leve crescimento no consumo interno de tântalo de três anos para cá. Em 2006 houve um consumo aparente de 695 t. Cerca de 30% deste valor foram obtidos por reciclagem de sucatas. A mesma publicação mostra que as importações de concentrados caíram mais de 20% e as importações de outros produtos de tântalo decresceram em mais de 3%. Principais fornecedores: Austrália, Canadá, China e Japão. As exportações americanas tiveram como principais clientes o Brasil, Bélgica, China e Holanda.

O valor do tântalo consumido nos Estados Unidos em 2006 foi estimado em US$ 164 milhões. Em 2006 a produção de Pitinga apresentou um decréscimo de 8,9 %. Passou de 214 t de Ta2O5 produzidas em 2005, para 195 t, resultante da produção de concentrado de columbita-tantalita que totalizou 4.874 t.

Estimando-se uma produção garimpeira clandestina de aproximadamente 20 t para o ano, obteve-se 215 t, que representa um decréscimo de 18,6% em relação ao ano anterior. Mesmo com esta queda de produção o Brasil ainda manteve com folga a sua segunda colocação, conquistando17% do mercado mundial em 2006.

Toda a produção de concentrado de columbita - tantalita dessa mina foi destinada à elaboração da liga FeNbTa, que totalizou no ano 1.761 t. Mas o Brasil importa produtos industrializados de tântalo, principalmente condensadores que somaram 65 t ao preço de US$ 22,8 milhões. Principais fornecedores: Taiwan, Hong Kong, Coréia do Sul, Suécia e Estados Unidos. Para os bens primários de minérios de nióbio, tântalo ou vanádio, segundo boletim da Secretaria de Comércio Exterior, o ano de 2006 apresentou a quantidade de 301 t, que somaram US$ 1,9 milhão.

Esses minérios foram fornecidos pelos Estados Unidos e África do Sul. Os números englobam em um só código os minérios de nióbio, tântalo e vanádio. Assim, esses valores devem ser tomados com ressalvas. Os valores médios de importação destes três bens minerais no período de 2004 a 2006 foram de 1.869 t , a um custo médio anual de US$ 59.3 milhões, valor que cresceu em relação ao período de 2003 a 2005 que somou US$ 40,2 milhões.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

MINISTRO CARLOS LUPI EM MARICÁ


Na visita do Ministro Carlos Lupi ficaram marcantes algumas ausências e presenças. Ausências notadas e das mais comentadas as de Bidi (que anda meio afastado do seio do PDT e tem base eleitoral em Cordeirinho, Bambuí e Ponta Negra); Jorge Castor (PMDB) que afirmou terá mais de 3.500 votos e se concretizando será candidato a prefeito na próxima; a maioria dos coligados do PMDB; mas, dentre os presentes, surpreendeu a força e apoio dos militantes trazidos pelos candidatos Paulo Maurício e Professor Land (este com campanha mais forte nos mesmos redutos e bairros de Bidi, e ambos do PDT; na verdade a maioria dos candidatos do PDT compareceu;

A CHEGADA DO MINISTRO CARLOS LUPI AO ENCONTRO

MINISTRO CARLOS LUPI VISITOU MARICÁ


O Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi (Presidente Nacional do PDT-licenciado), visitou Maricá no último Domingo, dia 17 de agosto, sendo recepcionado no Salão do Esporte Clube Maricá pelo Presidente Municipal do PDT, Médico Carolino Santos, e candidato a Prefeito, além do Presidente da Câmara, Vereador Paulo Maurício, do ex-Deputado José Maurício, do candidato a Vice-Prefeito (PHS) na chapa de Carolino, Engenheiro Sergio Santos, MUG (Presidente do PMDB), Jairo Moro (PMDB), de todos os membros do Diretório do PDT-Maricá, dos candidatos a vereador pelo PDT e alguns da coligação.
Atuais vereadores na coligação e candidatos a reeleição tiveram as ausências notadas e bastante comentadas, a exemplo de Jorge Castor dentre tais.
O Prefeito Ricardo Queiroz não compareceu e nem mandou representante.
Quanto aos ausentes o Ministro alertou e cobrou a presença com veemência. Carlos Lupi lembrou o início de sua vida política, seu primeiro encontro com Leonel Brizola, e sua tragetória até chegar ao Ministério que colocou ao inteiro dispor de Carolino quando eleito, dando como certa a eleição deste para Prefeito de Maricá, assim como Jorge Roberto também vencerá em Niterói.

VISITEM O SITE CarroEsporte.com.br


VISITEM O SITE http://www.carroesporte.com.br/
VALE CONHECER TUDO SOBRE CARROS, PEÇAS, MOTORES, ENCONTROS, CLUBES, ETC...
DICAS DE MANUTENÇÃO "PASSO A PASSO"
UMA DICA: TUDO SOBRE TRANSMISSÃO - NÃO PERCAM!!!

sábado, 16 de agosto de 2008

MINISTRO CARLOS LUPI VISITA MARICÁ


MINISTRO DO TRABALHO E EMPREGO VISITA MARICÁ

O Ministro do Trabalho, Carlos Lupi (Presidente licenciado do PDT), visitará Maricá no dia 17 de agosto de 2008, e será recepcionado pela direção do PDT-local no Esporte Clube Maricá, bem como pelas autoridades municipais.

A chegada do Ministro Lupi está prevista para às 14h na sede do Clube, sito a Rua Álvares de Castro, Centro.

A visita do Ministro a Maricá ganha peso pois alavanca a candidatura do correligionário e Presidente do PDT-Maricá, o Médico Carolino Santos, cuja candidatura cresce e se fortalece a cada dia. Tanto Carolino, quanto seu vice Engenheiro Sergio Santos (PHS), além do Presidente da Câmara, Vereador Paulo Maurício (PDT), aguardam ansiosamente a visita e lideram a propagação de convites para o evento que, espera-se, contará com a presença maciça da militância do PDT e a participação popular, principalmente para conhecer os programas do Ministério no que se relaciona a emprego - PROGER - PNMPO - Microcrédito - PROEMPREGO - PROGER Turismo - e mais:

A quem se destinam os recursos do PROGER

1. às pessoas que hoje estão trabalhando de maneira informal, em pequenos negócios familiares, como por exemplo as que fazem serviços de marcenaria, fabricam roupas, comidas, doces caseiros, artesanato etc., aos profissionais recém-formados, aos mini e pequenos produtores rurais, aos pescadores artesanais (com fins comerciais), aos seringueiros que se dediquem à exploração extrativista da seringueira na Região Amazônica, dentre outros;

2. às pequenas e microempresas;

3. às cooperativas e associações de produção, formadas por micro ou pequenos empreendedores, urbanos e rurais;

4. aos professores da rede pública e privada de ensino, para aquisição de equipamento de informática;

5. às pessoas físicas, para aquisição de material para construção ou para aquisição de unidade habitacional.

Assim como o Presidente Lula está em visita a inúmeros Estados e Municípios divulgando programas e projetos de Governo e, de forma indireta, tentando fortalecer os candidatos de seu partido e os de sua base aliada, os Ministros também ficaram liberados da mesma forma, como é o caso do Ministro do Trabalho e de outros. Em Maricá os candidatos dos demais partidos concorrentes e seus líderes aliados nas coligações não gostaram da idéia de trazer o Ministro justamente no momento em que a candidatura de Carolino Santos cresce fortemente com pouco tempo em campanha contra o tempo do outro candidato que estacionou e saiu na frente há pelo menos quatro anos de dianteira por ser pré-candidato assumido desde que derrotado na última eleição.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

15 DE AGOSTO - CONSAGRADO A N. S. DO AMPARO


HOJE É DIA DE NOSSA SENHORA DO AMPARO
PADROEIRA DE MARICÁ - RJ
SALVE 15 DE AGOSTO !!!
SALVE MARICÁ !!!
QUE NOSSA SENHORA ILUMINE OS POLÍTICOS !!!

MINISTÉRIO DE TRABALHO E EMPREGO - MICROCRÉDITO


Mesa redonda reúne atores do Programa de Microcrédito

Ministério do Trabalho e Emprego intermedia reunião entre os operadores do Microcrédito Produtivo Orientado com objetivo de expor as dificuldades no acesso ao crédito e, a partir daí, propor soluções

Foto: Renato Alves

Reuniao do pnmpo sobre microcredito.

Microcrédito

Reunião dos atores do PNMPO na sede do Ministério do Trabalho e Emprego

Brasília, 17/07/2008 - Os operadores do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) estiveram reunidos hoje (17) no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, para discutir as principais dificuldades enfrentadas pelas Instituições de Microcrédito Produtivo Orientado no acesso ao crédito oferecido pelos bancos comerciais e de desenvolvimento aos microempreendedores.

Segundo o coordenador do PNMPO, Max Coelho, a intenção do encontro é propor soluções para os problemas levantandos e estreitar o relacionamento entre os atores envolvidos. "Esse tipo de encontro promove um conhecimento mútuo entre as instituições, evita o isolamento e, conseqüentemente fortalece o setor", enfatiza Coelho.

A principal dificuldade de acesso ao funding (recurso), segundo representantes das Instituições de Microcrédito, é a análise do risco. "É praticamente impossível um cliente não apresentar risco, já que as Instituições de Microcrédito são, em sua maioria, entidades novas e sem fins lucrativos. Do ponto de vista técnico, nós representamos algum risco, mas do ponto de vista social seria importante que os avaliadores entendessem nossa metodologia", destaca o presidente da Associação das Organizações de Microcrédito de Santa Catarina (AMCRED-SC), Luiz Carlos Floriani.

Ricardo Assumpção Mesquita, gerente de Produto da Caixa Econômica Federal, avalia que as Instituições de Microcrédito precisam ter um bom modelo de governança, regras contábeis eficientes e boa qualificação dos dirigentes e agentes de crédito para que não haja impedimento na avaliação de risco. "Não olhamos apenas a capacidade financeira", completa Mesquita.

Instituições de Microcrédito - São consideradas Instituições de Microcrédito Produtivo Orientado as agências de fomento, as cooperativas, as sociedades de crédito ao microempreendedor e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) cadastradas no MTE.

Instituições Financeiras - Atualmente as principais - e oficiais - Instituições Financeiras que utilizam os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) são o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Nordeste, o Banco da Amazônia, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).

III Seminário do PNMPO - A reunião é, na verdade, uma continuidade ao III Seminário do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) realizado nos dias 15 e 16 de julho. Saiba mais, clicando aqui.

Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317 - 6537/2430 - acs@mte.gov.br

Notícia

Microcrédito como instrumento de combate à pobreza

Ministério do Trabalho e Emprego promove nesta terça-feira o III Seminário do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado. O evento, que termina amanhã (16), discute o microcrédito como instrumento de geração de trabalho e renda

Foto: Renato Alves

Abertura do seminario do programa microcredito produtivo orientado.

Secretário-executivo do MTE, André Figueiredo, durante discurso no III Seminário do Programa Microcredito Produtivo Orientado

Brasília, 15/07/2008 - Debater as políticas e os desafios do setor de microfinanças, bem como fortalecê-lo e apresentar soluções são os principais objetivos do 'III Seminário do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO)', que teve início nesta terça-feira (15) e se estende até amanhã (16). O evento é uma iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e reúne instituições financeiras e agências de fomento ligadas ao Programa.

Durante os dois dias, os participantes discutirão o microcrédito como instrumento de valorização do trabalho humano e de combate à pobreza, a integração do Programa com outras políticas públicas, a formalização de empreendimentos, a ampliação e conseqüente fortalecimento da rede e os desafios e perspectivas do setor.
Segundo o secretário-executivo do MTE, André Figueiredo, o Programa apresenta atualmente vários desafios, entre eles está a inclusão de mais beneficiários, a captação de recursos para serem emprestados aos tomadores finais, bem como a estipulação de uma taxa de juros que facilite o empréstimo.

"A realização do seminário vai dar novos encaminhamentos a essas questões e criar subsídios para criação de uma proposta que será levada ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde apresentaremos o PNMPO como instrumento a ser incluído em algum tipo de atividade produtiva no Programa Bolsa Família", destaca Figueiredo.

De acordo com o Coordenador do PNMPO, Max Coelho, o tema 'Ampliação da rede' esteve presente nas duas primeiras edições do seminário. "Sempre discutiremos o fortalecimento da rede, pois esta é uma necessidade constante. Para isso, estamos desenvolvendo um um projeto com o Plano Setorial de Qualificação (Planseq) do MTE, onde estão qualificados 3,4 mil agentes de crédito e empreendedores, além de um conjunto de outras ações de qualificação", enfatiza Max.

Banco de Dados - O MTE está preparando o primeiro banco de dados do setor, onde - de quatro em quatro meses - as instituições serão estimuladas a preencher um cadastro e enviar as informações para o MTE. Isso proporcionará um monitoramento permanente a respeito do trabalho realizado e também do que ainda precisa ser feito para ampliar a rede.

O III Seminário do PNMPO conta com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e está sendo realizado no auditório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em Brasília. Estão participando representantes do Banco Central, Banco Interamericano de Desenvolvimento, Cooperação Andina de Fomento, Associação Nacional do Cooperativismo de Crédito da Economia Familiar e Solidária, Associação Brasileira dos Dirigentes de Entidades Gestoras e Operadoras de Crédito, Crédito Popular e Entidades Similares, Associação Brasileira da Sociedade de Crédito ao Microempreendedor, Associação Brasileiras de Entidades Financeiras de Desenvolvimento

Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317 - 6537/2430 - acs@mte.gov.br

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A DIFERENÇA ENTRE PODAR E MATAR ÁRVORES!


A diferença entre podar e matar árvores!!!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

PLANO DE METAS DE GOVERNO - EDIÇÃO 3


PLANO DE METAS DE GOVERNO
(se eu for candidato...)
(mas... podem copiar)
* “Na vida nada se cria, tudo se copia” -
by “Chacrinha”.
(Obs.: qualquer semelhança é mera coincidência)

I - Geral

° Priorizar a educação, causa de salvação nacional, incluindo alimentação, acolhimento e assistência a todas as crianças, escolarização em tempo integral;
° Trabalho digno e assistência à saúde;
° Salário justo para servidores municipais;
° Defesa do patrimônio público e das riquezas naturais;
° Reorganizar e revitalizar a agricultura em torno da pequena e média propriedade, e a pesca no contexto de nossas lagoas, dando fomento a produção de alimentos;
° Incremento na causa da defesa dos direitos da mulher e do idoso;
° Defender a dignidade da função pública, sob a inspiração da moral e da ética, com o objetivo de servir ao cidadão e prestigiar o servidor público municipal;
° Defesa da natureza, do ambiente sustentável, das lagoas, da restinga, das cachoeiras, das nascentes, dos rios, das serras, do planejamento visando crescimento sem agressões e desenvolvimento auto-sustentável no município. (tirados dos ideais nascidos em 1999 - o Estatuto do Partido é simples, preciso e conciso - basta desenvolver).
Continua . . .


Nota: Todos poderão (deverão) apresentar propostas de:
a) Anteprojeto Substitutivo;
b) emenda aditiva;
c) emenda modificativa;
d) substitutiva;
e) supressiva;
- enviar no comentário, ou por e-mail;
Agradecemos a participação.

ESPECÍFICOS

II - PRIORIZAR A EDUCAÇÃO

° EDUCAÇÃO PúBLICA

1. Implantação do “Plano de Escolarização em Tempo Integral” com uma Escola Municipal em cada distrito;
2. Assistência Médica e Odontológica em todas as Unidades Escolares Municipais;
3. Implantação do “Plano de Preparação para Esportes Olímpicos” vinculado às Escolas Municipais;
4. Implantação de “Cursos nas Escolas” englobando música, artesanato, dança, artes em geral, plantio de mudas, podas e revitalização de praças, parques e jardins, ambiente sustentável e reciclagem, visando alunos da Rede Pública Municipal;
5. Implantação de “Cursos Profissionalizantes” e “Supletivos”;
6. Implantação de “Cursos Superiores” por meio de convênios com Universidades reconhecidas;
7. Implantação de “Cursos de Aperfeiçoamento e Especialização” visando Professores da Rede Pública Municipal e Servidores Públicos Municipais;
8. Implantação do “Plano de Valorização do Professor Municipal”;
9. Implantação do “Plano de Desenvolvimento da Internet no Município”, visando não só a inclusão digital, como também de criação de pontos de acesso público; inclusão digital não é colocar à disposição meia dúzia de “notebooks” populares, pois isto é hipocrisia e populismo; sem uma Internet segura e rápida com acesso gratuito não se fará a verdadeira “inclusão digital”; a rede pública de Internet é o caminho, e se possível, se o demagogo Governo Federal deixar e ajudar, o sistema “wi-max” deve ser implantado;
10. Construção de “Creches Públicas Municipais” em cada distrito;
11. Construção de “Casas da Melhor Idade” em cada distrito visando idosos desamparados e precisando de cuidados especiais;
12. Implantação do “Sistema de Controle Geral da Merenda Escolar”; reduzir e aniquilar com a corrupção na merenda;

III - Incremento na causa da defesa dos direitos da mulher e do idoso

° SAÚDE PÚBLICA E PREVIDÊNCIA SOCIAL

1. Implantação de “Postos de Saúde 24 horas”, com atendimento de emergência, equipe médica especializada, ambulâncias, nas localidades de Ponta Negra, Itaipuaçú, Barra de Maricá, Inoã, e São José;
2. Criação do “Hospital de Atendimento à Mulher” no 1° distrito;
3. Criação do “Hospital Geriátrico São José” em S. José de Imbassaí;
4. Criação do “Hospital Materno-Infantil em Inoã, 3° distrito;
5. Implantação de “Unidades Ambulatoriais”, tanto no HCML, quanto nos demais hospitais e postos de saúde;
6. Implantação do “Projeto Medicina Preventiva”;
a. Subprojeto - “De olho em você” (Centro de Oftalmologia);
b. Subprojeto - “Saúde dos Dentes” (Centro de Odontologia);
7. Implantação do “Projeto Planejamento Familiar”;
8. Implantação do “Plano de Saúde Suplementar Compartilhado”, visando Servidores Públicos Municipais de Carreira Ativos e Inativos;
9. Criação do Portal da Previdência para atender aos inativos da municipalidade;
10. ISSM - Instituto de Seguridade Social de Maricá - Gestão de Transparência - Presidência exercida por Servidor Público Municipal de Carreira, ativo ou inativo, com diretoria paritária, e instituição do pregão eletrônico nas licitações;
11. Implantação do Projeto de Distribuição de Leite;
12. Criação do “Sistema de Controle de Animais”, mediante implantação de “chips” e registro obrigatório, mormente em cachorros, eqüinos e bovinos, dentre outros, permitindo o monitoramento, a identificação de proprietários de animais abandonados, perdidos ou roubados, bem como a responsabilização pela falta de posse e guarda devida, por omissão e desleixo, por descumprimento de normas de vacinação, por causar acidentes nas vias públicas;
13. ver urbanização e saneamento; esgoto sanitário;

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

X - DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO - MEIO AMBIENTE


X - Defesa do patrimônio público e das riquezas naturais

° MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

1. Implantação de “Agenda Ambiental”;
2. Investimento em “Gestão Ambiental”;
3. Implantação gradual de “Coleta de Lixo Seletiva”;
4. Recriar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; (SEMADES) - (resgatar a autonomia do importante setor dentro do Governo e dar um basta na perda de verbas federais)
5. Fomentar ações de preservação e recuperação da restinga, das serras, dos parques, das reservas ecológicas;
6. Exonerar todos os “irresponsáveis” ocupantes de cargos comissionados da Superintendência do Meio Ambiente que autorizaram cortes e podas de árvores sem a devida observância de normas, cautelas, zelo, e contraprestação de replantio, inclusive fomentando o uso indiscriminado e descontrolado da “MOTOSSERRA” que foi adquirida pela Prefeitura e entregue em mãos de particulares como que “terceirizando o serviço”;
7. Maior controle nas podas das árvores em vias e locais públicos, e serviço orientado e supervisionado por técnicos especializados, a fim de evitar a “morte das árvores” a exemplo do que estava ocorrendo sistematicamente transformando a Cidade e desumanizando o ambiente; fim da “Cidade Careca”, desflorestada;
8. Criar normas mais rígidas quanto as podas e cortes de árvores (sem essa máxima inventada de que “casuarinas”, “amendoeiras” e “eucaliptos”, contra essas tudo pode!);
9. Uma norma: “cada obra responsável por construção de prédio ou reforma que derrubar uma árvore, em contraprestação e punição, será exigido o plantio do quintuplo de árvores e de espécies iguais e diversificadas, em local designado pelo órgão do meio ambiente com a devida orientação, supervisão e fiscalização, desde o plantio e até a manutenção pelo prazo mínimo exigido;
10. Aplicação de multas sucessivas até o cumprimento integral das normas e do “termo de ajuste ambiental”;
11. Compromisso com o ambiente como parte dos planos de urbanismo e projetos de urbanização e paisagismo;