MARICÁ - PESQUISA E REALIDADE
Em
06 de outubro ainda estava valendo a pesquisa divulgada no dia anterior e que
foi a mesma citada pelo candidato Marcelo Delaroli em palanque no comício de
encerramento na Praça Orlando Barros Pimentel.
Em
resumo tínhamos a seguinte pesquisa eleitoral:
Marcelo
Delaroli = 38.30
Quaquá
= 32.30
Ricardo
Queiroz = 15.50
Os
resultados nas eleições foram:
Quaquá
= 42.48
Delaroli
= 37.82
Queiroz
= 14,50
Em
análise temos que Quaquá subiu 10.18 em 48 horas, Delaroli desceu 0,48, e
Queiroz desceu exatamente 1 ponto percentual.
O
quê ou quem fez a diferença?
Encontramos,
com todo o respeito a quem tenha opinião diversa e aos analistas políticos de
plantão, o diferencial na campanha desenvolvida pelo Quaquá em torno de seus candidatos
a vereadores que não ficaram ao relento como deixaram os demais partidos de
outros candidatos.
As
coligações apresentaram resultados surpreendentes, senão vejamos:
Com
Quaquá - PT+PPL= 18.432 votos (5 vereadores)
PTB+PRP
= 6.621 votos (2 vereadores)
Total
= .........................25.053 votos (7
vereadores)
Com
Delaroli - DEM = 1.035 votos (nenhum vereador)
PR+PSB+PSDB
= 4.553 votos (nenhum vereador)
Total
= .........................5.588 votos
Queiroz
- PMDB+PRB+PCdoB = 10.145 votos (3 vereadores)
PDT+PSC
= 3.113 votos (nenhum vereador)
Total
= .........................3.258 votos
Coligação
independente:
PRTB+PTdoB
= 5.389 (1 vereador do PTdoB)
Por
partido temos a votação:
PT = 11.103 (partido do governo)
PPL = 7.329 (partido novo)
PTB = 4.732 (partido estopim do
mensalão)
PRP = 1.889
.........................................................................
DEM = 1.035 (partido do Delaroli)
PR = 1.315 (partido do Garotinho)
PSB = 2.122 (partido do Uilton
Viana)
PSDB = 1.116 (partido do Alberto
da maricaense)
………………...................................................
PMDB = 7.862 (partido do Cabral,
Melo, Pezão, Piciani, Moreira, do Jorge Castor)
PRB = 2.208
PCdoB = 75
PDT = 1.704 (partido do Carolino,
Brizola, Lupi)
PSC = 1.409
.......................................................................
PRTB = 3.820
PTdoB = 1.569
.......................................................................
Mulheres
mais votadas:
1)
Márcia Pinheiro = PRB = 682 votos
2)
Mônica Fialho = PTB = 483 votos
Por que mulher não vota em
mulher?
Reflitam!
........................................................................
Quaquá
jogou pesado em cima dos candidatos a vereadores do PPL e do PT, e nem tanto
deu ajuda aos do PTB e do PRP. E foi item decisivo. No mano a mano com Delaroli
perderia pois mesmo com suposto empate técnico o item rejeição era crucial
certo que se mantinham em pólos opostos, Quaquá com altíssima rejeição e
Marcelo com quase zero.
Marcelo
Delaroli não mentiu quando divulgou a pesquisa citada no início, os resultados
das urnas mostram de forma cristalina consonância.
Os
votos que foram dados ao Marcelo devem ser atribuídos em maior peso a sua
própria pessoa e menos ao seu partido e partidos coligados, nem seu vice foi o
esperado.
Os
vereadores de Marcelo Delaroli tiveram desempenho bastante fraco e que
prejudicou diretamente também ao Vereador Alberto da Maricaense com 1.116 votos,
e se o Marcelo vencesse não elegeria um só vereador.
Queiroz
fez o jogo do governador-PMDB e se manteve na disputa mesmo sabendo da
vertiginosa queda nas pesquisas e confirmada nas urnas. PMDB e PT ligados no
governo federal e estadual, e no município por conta de ações individuais de
políticos articuladores como o Deputado Paulo Melo, Moreira Franco, Robson
Dutra, Bidi, Jorge Castor (este sendo do PMDB trabalhou todo o tempo ao lado do
Quaquá e do candidato eleito Chiquinho do PT).
Do
ex-prefeito Uilton Viana temos que sua ajuda ao Delaroli não foi expressiva
como se esperava, basta ver o desempenho dos votos dos candidatos de seu
partido, inclusive de seu filho atual vereador. Ao todo seu partido só obteve
2.122 votos sendo o candidato mais votado Ismael Breve com 649 votos.
A
escolha de vereadores na maioria dos partidos teve a atenção deixada para
segundo plano, e no caso dos vinculados ao “estamos juntos” que ficaram
separados, o tempo perdido foi severo nos resultados. Coligações mal arquitetadas,
desorientadas, desarticuladas, criaram o clima de desconfiança, incerteza,
abandono moral e material, entre os candidatos. Deixaram o trabalho para ser
executado em cima da hora, próximo demais às eleições.