ENRIQUECIMENTO ILÍCITO E SONEGAÇÃO
FISCAL - ATÉ QUANDO?
Delegado é alvo de denúncias de
enriquecimento ilícito e sonegação fiscal
MPF pede que Cláudio Ferraz,
coordenador especial de Transporte Alternativo da Prefeitura, seja investigado.
Rio - O procurador da República
no Rio de Janeiro, Orlando Monteiro Espíndola da Cunha, solicitou que sejam investigadas denúncias de
enriquecimento ilícito e sonegação fiscal contra o delegado Cláudio Ferraz,
coordenador especial de Transporte Alternativo da Prefeitura do Rio e um dos
cotados para a assumir a Chefia de Polícia Civil. Ofícios com as suspeitas
foram encaminhados à Receita Federal, ao Ministério Público Estadual, à
Corregedoria Geral Unificada e à Corregedoria Interna da Polícia Civil.
“Recebemos as informações e
enviamos aos órgãos competentes para investigação eventual da situação de
patrimônio e incompatibilidade”, informou Cunha. Há cerca de um mês, ‘dossiê’
que aponta supostas irregularidades na evolução patrimonial de Ferraz foi
entregue ao Ministério Público Federal.
Cláudio Ferraz nega as acusações
e diz que vai enviar à Procuradoria documentos que provam sua inocência
Entre as denúncias estão a
aquisição, nos últimos anos, de seis imóveis (entre eles fazenda, apartamentos
e terrenos na Ilha do Governador, Recreio dos Bandeirantes e em Minas Gerais);
a herança de posto de gasolina que não existia; a administração de empresas de
compra e venda de metais preciosos, além de sonegação de impostos nas
negociações e pagamentos abaixo dos valores de mercado. O delegado afirma que a
aquisição dos imóveis é antiga.
Foram anexados ainda ao ‘dossiê’
documentos que levantariam a hipótese de envolvimento do delegado com grileiros
(exploradores de terra) e milicianos, durante a época em que ele comandava a
Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais
(Draco-IE). À frente por quatro anos da especializada, Ferraz ficou conhecido
pelo combate às milícias.
Ferraz garante que também
encaminhará à Procuradoria Geral da República documentos que comprovam sua
inocência e informou que o término dos processos de aquisição é recente, mas o
início é bem antigo.
“Esses imóveis passaram para o
meu nome em 2009 e 2010, mas o processo de aquisição tinha sido feito há muito
tempo. Alguns são de 1993”, disse Ferraz. Sobre as suspeitas de envolvimento
com milicianos, o delegado foi enfático. “Não respondo a nada e sequer fui
chamado para prestar esclarecimentos na Justiça Federal ou Polícia Federal”,
argumentou.
Imóvel teria origem em partilha
de bens
Dos seis imóveis tratados como
suspeitos no ‘dossiê’ contra Cláudio Ferraz, estão uma fazenda e uma área no
Terreirão, Recreio dos Bandeirantes, território dominado por milícia. Pelas
acusações, Ferraz pagou de imposto de transmissão à Prefeitura do Rio pelo
terreno de 707 metros quadrados R$ 2.908,73, o equivalente a 2% do valor
calculado pelo município de R$ 145.436,08. Imóvel semelhante no local custaria
R$ 1,3 milhão.
“Se há erro tributário, é outro
papo. Além do mais, esses imóveis não foram adquiridos recentemente, como
acusam”, alegou. Ele sustenta que a área foi adquirida em 1994, como crédito de
dívida referente a cinema em Marechal Hermes de sua família. A execução foi
feita em processo de partilha de bens que tramita na 4ª Vara Cível do Fórum
Regional de Madureira.
A dona da área do Terreirão é
Sylvia Carvalho da Silva Pinto, apontada nos como envolvida em grilagem na Zona
Oeste. Pela fazenda, Ferraz teria pago R$ 40 mil. “Há erros nos documentos.
Mostram áreas que não pertencem, são de vizinhos, como plantões de café e
cabeça de gado”, explicou.
Sindicato fará votação
As acusações contra o delegado
coincidem com a escolha de um novo nome para a Chefia de Polícia Civil. A
delegada Martha Rocha comunicou que deixará o cargo em breve para seguir
carreira política. Ferraz é o preferido e teria aceito o convite. Mas o vazamento
do dossiê pode ‘forçar’ mudança na escolha.
Martha sairá na próxima
sexta-feira. Por conta disso, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Rio de
Janeiro (Sindelpol) convocou para hoje e amanhã uma eleição interna para
indicar um novo chefe da instituição. A votação poderá ser presencial ou via
online.
O sindicato pretende encaminhar
ao Governo do Estado do Rio e à Secretaria de Segurança Pública uma lista com
cinco nomes mais votados, de onde espera que o novo nome seja escolhido. “Tal
medida demonstrará que o governo deseja uma Polícia Civil mais autônoma, sem
interferências políticas, voltada para a excelência no atendimento à população
e ao combate sistemático à corrupção e à criminalidade” diz Leonardo Affonso
Dantas, presidente do Sindelpol.
28/01/2014
ADRIANA CRUZ E FELIPE FREIRE
Comentário: Até quando só alguns
serão alvo de “dossiês” ou de ação da Procuradoria da República, do
MPF, dos MPEs, da Polícia
Federal, da Receita Federal ? A nível municipal temos muitos e vários
municípios, onde eles se criam e ganham tamanho, força e poder, para chegar a
altos cargos a nível estadual ou federal. Uns querem deixar de ser deputado
para ser vice, outro belo exemplo temos em Marilá
com um castor que começou roendo
vidros na secretaria de educação (delegado prestou depoimento) e ganhou o tal
tamanho que não parou mais, estando a frente de vários governos, várias
secretarias, colocando laranjas e buchas de canhão (os chiquinhos da vida), e
receptores castorzinhos, amigo da N. S. do Amparo (não devoto), só toma uísque
com mais de 20 anos e fuma charutos cubanos, e diz de boca cheia: se fui pobre
um dia esquecí, hoje tenho alergia a pobre. Justiça não é para todos. A
injustiça está massacrando o cidadão honesto, o trabalhador assalariado, o
eleitor sonhador.*
* enviado por e-mail.
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