A FACE OCULTA DA MENTE
Meus Irmãos,
Ao continuarmos nossa pesquisa sobre este vasto e misterioso universo da mente humana necessário se faz que tomemos o máximo cuidado para que não dos deixemos levar pelo atraente caminho das religiões e do misticismo. Transmissão de pensamento, adivinhação, conhecimento do futuro, telepatia, sempre foram tratados como sendo da esfera do sobrenatural, do além, das bruxas, dos magos ou dos espíritos, mas até que ponto o chamado sobrenatural poderia ser explicado como sendo uma potencialidade extraordinária, porém absolutamente humana. Em que ponto a física quântica e as religiões se encontram? O que hoje nos parece um mistério do sobrenatural não poderá, dentro de alguns poucos séculos, ser tido como uma natural capacidade do homem?
Pensemos em alguns fatos cuja história demonstra o quanto de exagero e de sobrenatural havia. Ao tempo de Jesus um epiléptico era tido por todos como possuído pelo demônio e a hanseníase nada mais era do que a expiação do pecador. Os espanhóis invadiram a América Latina sem qualquer resistência dos Incas porque estes acreditavam que os europeus eram deuses. Os povos da América pré-colombiana desconheciam as armas de fogo e os cavalos. Ao apresentar sua teoria de que era a Terra que girava e torno do sol e não o contrário, Galileu quase foi queimado em praça pública. Nos anos 60, telefone celular, forno de micro-ondas, apartamentos inteligentes, robótica, tudo isso fazia parte dos filmes e desenhos de ficção científica, além do fato de que boa parte da população, acreditava que Marte era povoada por uma civilização hostil que estava prestes a invadir a Terra. Hoje tudo isso pode parecer engraçado, mas há dois mil anos, há 500 anos, ou até mesmo há apenas 50 anos, aquelas pessoas não achavam graça de nada disso, e temiam, do fundo da alma, o desconhecido. Será que daqui há 200 anos ou menos, nossos tataranetos não estarão pensando: “Nossa, como eles eram ignorantes!”
O sobrenatural sempre foi um tema apaixonante para humanidade e sua explicação, diferente segundo as diversas épocas e ambientes. Só em meados do séc. XX o tema começou a ser tratado com o rigor próprio da pesquisa científica.
Nem tudo porém, pode ser explicado pela ciência, ao menos neste início do séc. XXI. Existem ainda fenômenos paranormais que assustam e surpreendem até os mais céticos. É necessário pois, à vista do atual desenvolvimento da pesquisa humana, separarmos o que já pôde ser explicado, do que ainda requer explicação. Hoje, a Parapsicologia ajuda a nos libertar das lendas, mitos, exageros e crendices que muitas vezes somos levados a acreditar. Confessadamente, é o brasileiro um povo extremamente místico que tem verdadeiro fascínio em transformar tudo o que tem explicação lógica em algo sobrenatural. Sentímo-nos muitas vezes frustrados quando algo que julgávamos paranormal vem a ser comprovado como truque, fraude, ou simplesmente equívoco.
O que muitas vezes não nos damos conta é que o nosso inconsciente tem possibilidades fabulosas que beiram a paranormalidade e isto, em si mesmo, já é uma fato incrível, fantástico, extraordinário, como anunciava um antigo programa de rádio e TV.
Mas o que é a tão falada Parapsicologia? Em primeiro lugar necessário se faz esclarecer que, embora os parapsicólogos (que é um curso de extensão da psicologia) defendam ardorosamente seu critério científico, para a maior parte dos psicólogos e dos próprios cientistas, a parapsicologia não passa de pseudociência e não ciência propriamente dita, isto considerando, o método científico ortodoxo de experimentação laboratorial. O que não é de surpreender, a teoria da relatividade de Einstein também foi considerada pseudociência um século atrás.
O termo parapsicologia vem do grego “para” (além de), “psiquê” (mente), “logos” (ciência), ou seja, o estudo de tudo aquilo que cerca a mente humana e que está além da psicologia ortodoxa. Tem por objeto o estudo das potencialidades do inconsciente. Segundo a parapsicologia, a capacidade de falar línguas teoricamente desconhecidas, ler cartas fechadas em envelopes, adivinhar os pensamentos de um interlocutor, e até mesmo a psicografia, são algumas das extraordinárias capacidades do cérebro humano.
Comecemos pela memória. Enquanto nossa memória ordinária guarda apenas 10% de tudo que armazenamos durante a vida, o inconsciente capta e guarda 100% das impressões que recebe. É assim que, muitas vezes ao encontrarmos alguém que julgamos ser um mero desconhecido ao qual somos apresentados pela primeira vez, temos aquele sensação de: “tenho a impressão de conhecer você de algum lugar!” Experiências nas décadas de 50 e 60 demonstraram que, na maior parte das vezes, estes indivíduos estiveram, em alguma ocasião, inseridos no mesmo ambiente que nós. Um evento, uma festa ou uma Estação do Metrô. Alguém cuja roupa nos chamou a atenção, ou que falava em um tom mais alto com outra pessoa no celular. Nosso inconsciente registrou tal fato, nossa memória ordinária não. Por mais que nos torturemos tentando lembrar de onde conhecemos aquela pessoa, este fato não está, em princípio, disponível para nós. Somente através da hipnose seria possível alcançá-lo, e sabermos que um dia, quatro anos antes, nos gostamos do casaco que aquela pessoa vestia pela manhã, e que naquele momento isto nos chamou a atenção. Depois este fato caiu no buraco negro de nossa consciente, ficando porém armazenado no inconsciente.
Outro prodígio de nosso cérebro é o de se adaptar às necessidades profissionais ou às circunstâncias que acidentes temporários ou definitivos, de nascença ou não, tenham sido impostas ao nosso corpo.
Há pessoas que fazem leitura labial. Alguns são surdos e a leitura labial é uma importante ferramente de adaptação social, ou são pessoas que se dedicam a se exercitar neste sentido. Receberam esse dom de Deus ou pelo exercício, adquiriram tal capacidade? Para uns a necessidade os forçou a aprender tal leitura, para outros o empenho e muito treinamento os fizeram desenvolver tal habilidade. Cegos que conseguem se locomover por ambientes onde nunca estiveram fazendo-o se esbarrar em qualquer móvel. De certa forma sentindo a vibração dos objetos presentes e se desviando deles. O que falar dos someteres, profissionais que conseguem distinguir de olhos vendados, e em apenas poucos goles, a procedência de um vinho com o requinte de dar a data de produção do mesmo. Dom ou treinamento? Mesmo sem qualquer treinamento, quantas vezes ao sentirmos um determinado aroma, nos transportamos no tempo a uma determinada situação. Cito um exemplo próprio. Certa vez percebi que sempre que sentia o cheiro de talco, imediatamente me sentia sonolento e com uma enorme vontade de me deitar. Quando parei para pensar a respeito me lembrei que minha mãe sempre teve o hábito de tomar banho antes de dormir, e após o mesmo passar talco pelo corpo (uma prática feminina muito comum nos anos 60). Antes de dormir porém ela sempre vinha ao meu quarto para aquele último beijo de boa noite, e impregnava o ambiente com o aroma do talco. Por isso, décadas depois, meu inconsciente ainda associa o cheiro do talco com a hora de dormir, um reflexo quase condicionado. E o que dizer de indivíduos que perdem um braço em um acidente e constantemente sentem uma vontade torturante de coçar o membro que já não existe. Nosso cérebro tem capacidades muito acima do nosso conhecimento comum e este fato levou muitas pessoas a pesquisarem e realizarem milhares de experimentos entre os anos 60 e 70. Durante a Guerra Fria, foi a União Soviética, inclusive, quem mais realizou pesquisas a respeito. Seu objetivo, hoje sabemos, era a utilização da telepatia na espionagem.
Mas que capacidade é essa que temos de ir além dos limites normais de nossa supersensibilidade?
Devido à grande quantidade de charlatães que utilizam a boa fé das pessoas, perde-se muito tempo estudando falsos prodígios e eventos passíveis de serem considerados atividade paranormal. Sendo ciência ou pseudociência, a parapsicologia apresenta-se como o melhor caminho para atingirmos nosso objetivo principal, a expansão de nossas potencialidade mentais, através do estudo e do exercício.
Assim, convém pesquisarmos de forma lúcida e apresentando argumentações e contra-argumentações, conceitos utilizados pela parapsicologia como: telecinesia, radioestesia, hiperestesia, telepatia, psicografia, entre outros.
Pela complexidade e extensão do tema nos deteremos nesta prancha apenas à chamada “telecinesia”, deixando os conceitos seguintes para pranchas posteriores.
Telecinesia é a suposta capacidade de movimentação de objetos à distância, sem qualquer contato físico. Embora a existência de tal capacidade seja frequentemente contestada, e charlatães como o famoso UriGueller só venham a desacreditar ainda mais a existência de tal fenômeno, em princípio, sua explicação estaria dentro do ramo da paranormalidade, ou seja, além do que se supõe normal, porém cientificamente explicável.
Considerando que tudo no mundo é feito de energia e que os átomos são feitos de energia, nosso corpo é portanto, o resultado de energia concentrada. Teoricamente, para obtermos o controle de objetos através da nossa livre vontade, bastaria que conseguíssemos interagir com a energia do meio ambiente ao redor e do próprio objeto em questão. Se através da produção de calor (que é energia) conseguimos dar a forma que quisermos a uma placa de chumbo, derretendo-a e depois esfriando-a. Conseguiria nossa mente desmaterializar um objeto, ou fazê-lo se mover sobre o tampo de uma mesa que oferecesse pouca resistência à locomoção do objeto? E se através da manipulação de energia, conseguíssemos driblar a força da gravidade ao ponto de fazer este objeto levitar? Experiências recentes na robótica estão utilizando a força do pensamento para movimentar braços e pernas mecânicas. Recentemente o programa Fantástico apresentou as experiência de pessoas comuns que através do pensamento e com auxílio mecânico computadorizado davam ordens, para que seu corpo fosse suspenso por cordas no palco de um teatro. Utilizaram para isso apenas a ordem dada pelo cérebro a um computador que, este sim, movimentou as cordas que suspendiam o corpo. Há apenas dez anos atrás isto seria impensável, hoje, é uma notícia quase banal em um programa de TV.
Se for possível, pela força do pensamento movimentar objetos e driblar a força da gravidade, talvez seja mais coerente acreditar que antigas culturas tenham conseguido a manipulação deste fenômeno. Isto poderia explicar o transporte pelo deserto das gigantescas pedras que produziram as pirâmides, haja visto que o deserto não possui pedras e que estas foram trazidas de algum lugar desconhecido. Desvendaria também o mistério dos gigantes de pedra da Ilha de Páscoa, que muito acreditam terem sido transportados por naves interplanetárias. Talvez a explicação para tais fenômenos, embora extraordinários, esteja bem mais próximo de nós do que em culturas de outros planetas.
A ciência insiste em que não existem comprovações cabais sobre tais eventos. A parapsicologia afirma que eles existem, porém, acontecem de forma espontânea, inconsciente e incontrolável. A robótica está demonstrando que ambas pode estar erradas
É possível que, durante a evolução humana, em um certo momento, tenhamos começado a interagir com nosso meio, evoluindo e desenvolvendo o poder de controlar a energia. Porém, por algum motivo, deixamos de utilizar esta habilidade, mas ela está conosco desde então.
Quanto do conhecimento humano acumulado através da história não ficou perdido no meio do caminho como o incêndio á biblioteca de Alexandria. Quanto do conhecimento egípcio não foi continuamente destruído por invasões bárbaras. Quanto do conhecimento celta terá sido destruído pelos cristãos e quanto de conhecimento a Biblioteca do Vaticano guarda para si. Teria sido a civilização de Atlântida apenas um mito?
Talvez não fossem os deuses astronautas como afirmava Erick Von Daniken, mas talvez os antigos sacerdotes, de antigas culturas, tivessem adquirido um conhecimento e certas habilidades que mesmo hoje pareceriam coisa de ETs.
Ir.'. José Reynaldo Santos.'.
Junho / 2011
fantastico artigo. Aliás, conheçam a conscienciologia para entender mais desses assuntos, me elucidou bastante sobre tudo isso q era uma grande incógnita (pulga atras da orelha) para mim.
ResponderExcluir