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terça-feira, 13 de maio de 2014

OPERAÇÃO LAVA JATO - BRASIL - BR



OPERAÇÃO LAVA JATO - BRASIL - BR

Baianos aparecem em lista de empresas investigadas da "Operação Lava Jato"
por
Lilian Machado
Publicada em 09/05/2014

A repercussão em torno da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, tem mirado nas doações de empresas investigadas, onde a maioria dos beneficiados seriam parlamentares do Congresso Nacional.

Nessa quinta-feira (8/5), a revista Veja divulgou uma lista de 121 políticos que integram a Câmara e o Senado, sendo que oito baianos apareceram na relação por terem recebido das companhias recursos de campanha. A publicação conseguiu os registros das doações Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

As empresas seriam fornecedoras da Petrobras e estão sob suspeita por terem comprovadamente depositado recursos na MO Consultoria, empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, ou são acusadas de contribuir para o esquema de coleta de recursos tocado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

Entre os parlamentares baianos citados estão o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB), que teria recebido R$ 100 mil, o deputado Arthur Maia (PMDB), Roberto Britto (PP), José Rocha (PR) e Luiz Alberto (PT), o senador Walter Pinheiro (PT) e os pré-candidatos ao governo baiano, o deputado federal Rui Costa (PT), com R$ 2 mil, e a senadora Lídice da Mata (PSB) - R$ 200 mil.

A pesquisa menciona 96 deputados federais e 25 senadores foram beneficiados por repasses feitos por fornecedores da Petrobras sob suspeita.

A citação gerou reações da senadora Lídice da Mata, que classificou a divulgação como “sensacionalista”. 

“Deu um tom de escândalo onde não há escândalo. São doações normais de campanha. Majoritariamente, minhas doações são as mesmas da campanha do governador Jaques Wagner (PT). Não há nada de irregular, mas fazem um sensacionalismo irresponsável”, criticou Lídice, informando que estuda com seus advogados abrir um processo contra a revista.

A situação foi minimizada pelo deputado federal e presidente do PR baiano, José Rocha. “Isso é uma doação normal. Se a empresa trabalhava com a Petrobras ou não eu não sabia ou não importa”, disse. Segundo ele, enquanto não houver o financiamento público de campanha, “essas contribuições darão margem para especulações”.  


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Juiz da ‘Operação Lava Jato’ virou o terror dos políticos
quinta-feira, 08/05/2014 -
CLÁUDIO HUMBERTO

O juiz que chefia as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, já recusou pelo menos duas vezes a própria promoção a desembargador federal, única maneira de retirá-lo do caso. Técnico, rigoroso, incorruptível e competente, Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, é hoje o homem mais temido por políticos influentes e poderosos empresários fornecedores da Petrobras.

Aviso à praça – O juiz Sérgio Moro orgulha os amigos no Paraná, que avisam: se dependesse dele, não sobrariam corruptos impunes no País.

Nuvens pesadas – Nos bastidores do Congresso, ontem, à boa miúda, falou-se mais nos desdobramentos da Operação Lava Jato do que na CPI da Petrobras.

Pânico no Congresso – Raro encontrar político importante que não esteja em pânico com a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Clima péssimo – Outra prova do clima ruim entre Lula e Dilma: para irritá-la, basta citar o nome do advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente. (Coluna de Cláudio Humberto)

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Grandes empresas tentam soltar ex-diretor da Petrobras
quarta-feira, 07/05/2014 -

CLÁUDIO HUMBERTO

Grandes empreiteiras, fornecedoras da Petrobras, se uniram em “pool” para oferecer ao ex-diretor Paulo Roberto Costa os melhores (e mais caros) criminalistas, num esforço desesperado para colocá-lo em liberdade. Os presidentes das empresas estão preocupados com a possibilidade de o ex-diretor, famoso pelo “pavio curto”, contar tudo o que sabe sobre os supostos esquemas de corrupção na estatal.

Dura lex, sed lex – O processo da Operação Lava Jato será o primeiro sob a nova Lei Anticorrupção, que prevê prisão para donos de empresas envolvidas.

Vapt, vupt – Pela gravidade das acusações, Paulo Roberto Costa deve ser mantido preso até o julgamento, que poderá ocorrer ainda neste semestre.

Cana na certa – Especialistas consideram forte a possibilidade de Paulo Roberto Costa ser condenado em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade.

Desdobramento – Com as novas descobertas do caso, durante a Operação Lava Jato, a Polícia Federal se debruça sobre desdobramentos da investigação. (Coluna de Cláudio Humberto)

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Petrobras: Venda de poços na África a banqueiro amigo vai à CPI
terça-feira, 06/05/2014 -
CLÁUDIO HUMBERTO

Será alvo da CPI a venda amiga dos poços de petróleo da Petrobras na África para o BTG, banco de André Esteves, quando ainda era “amigo de infância” do ex-presidente Lula e de Antônio Palocci, em 2012. A oposição quer saber como ativos na Nigéria, Tanzânia, Angola, Benin, Gabão e Namíbia, avaliados em US$ 7 bilhões por Jorge Zelada, ex-diretor da área internacional, foram dados ao BTG por US$ 1,5 bilhão.

Preços alterados – O valor dos ativos da Petrobras na África foram reestimados depois da posse de Graça Foster na presidência da estatal, em 2012.

Pechincha amiga – Avaliados em US$ 7 bilhões, os poços africanos caíram para US$ 4,5 bi, US$ 3,16 bi, até o BTG levar o negócio pela bagatela de US$1,5 bi.

Impressionante – Com a CPI, a oposição quer entender como em menos de 1 ano o BTG obteve retorno de US$ 150 milhões na África, a título de dividendos (Coluna de Cláudio Humberto)

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Fornecedores da Petrobras sob suspeita financiaram campanha de 121 parlamentares em atividade

Na Câmara, 96 dos deputados eleitos receberam dinheiro de empresas investigadas. Senado tem 25 integrantes com contribuições de campanha feitas por companhias ligadas ao doleiro Alberto Youssef
Daniel Haidar, do Rio de Janeiro

Dos deputados e senadores da atual legislatura, pelo menos 121 receberam dinheiro oficialmente como doação de campanha de empresas investigadas pela operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Um levantamento feito pelo site de VEJA nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que 96 dos parlamentares da Câmara e 25 do Senado estão na lista de beneficiados por repasses feitos por fornecedores da Petrobras. As doações foram feitas como manda o figurino, e não há até o momento qualquer suspeita sobre quem recebeu o dinheiro.

As empresas doadoras passaram a ser investigadas pela Lava-Jato porque depositaram recursos para a M.O. Consultoria - empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef - ou porque foram cobradas a fazer doações pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O grupo de congressistas eleitos atualmente em atividade recebeu, ao todo, 29,7 milhões de reais de um conjunto de 18 grupos empresariais sob suspeita.

Como mostrou reportagem do site de VEJA, os fornecedores da Petrobras agora investigados doaram, oficialmente, 856 milhões de reais a partidos e candidatos entre 2006 e 2012. Entre os parlamentares em atuação no Congresso, o PT desponta com 12,6 milhões de reais recebidos, seguido por PP (4,4 milhões) e PMDB (2,6 milhões). Parlamentares da oposição, como DEM e PSDB, também foram beneficiados com 2,1 milhões de reais e 2 milhões, respectivamente.

Os beneficiados pelos grupos suspeitos formam uma bancada multipartidária. E, para especialistas, isso cria riscos para o sucesso de investigações de qualquer CPI no Congresso que pretenda investigar irregularidades na Petrobras. “Não significa que todos vão defender os interesses desses grupos, mas, em qualquer decisão que se tome, tem que ser analisado se os parlamentares não servem aos interesses de financiadores. Isso só pode ser verificado na atuação concreta”, alertou o diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo.

Suspeita de ter liberado mais de 7,9 milhões de reais em propinas a Costa e Youssef, a Camargo Corrêa financiou 31 deputados federais e oito senadores em atuação no Congresso. Entre os suspeitos, é o grupo com maior quantidade de parlamentares financiados no poder. No Senado, foram beneficiados parlamentares como o líder do PT, Humberto Costa, e futuros candidatos petistas a governos estaduais, como Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR). Cada um recebeu 1 milhão de reais para tocar a campanha.

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Na Câmara, o conglomerado financiou também a candidatura do líder do PMDB e comandante dos rebeldes na base do governo, Eduardo Cunha (RJ), com 500.000 reais. Oposicionistas como Beto Albuquerque, líder do PSB, e Mara Gabrilli (PSDB) também levaram recursos da empreiteira.

No Senado, Gleisi e Lindbergh são os parlamentares com maior volume recebido desse grupo de empresas. Cada um recebeu de cinco fornecedores envolvidos na operação. Só da OAS, que depositou 1,6 milhão de reais em contas da empresa de fachada comandada por Youssef, Gleisi recebeu um milhão de reais em doações oficiais na eleição de 2010, enquanto Lindbergh angariou 200.000 reais. A OAS financiou, no total, 24 deputados federais e sete senadores em exercício. É o segundo grupo em quantidade de parlamentares financiados.

Outra empresa diretamente ligada à empresa fantasma de Youssef é a Arcoenge, que depositou 491.000 reais em contas operadas pelo doleiro, e ajudou a eleger três deputados federais e um senador. Entre os beneficiados estão o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), o oposicionista Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o senador Magno Malta (PR-ES). Vicentinho ganhou 116.000 reais do grupo, Malta embolsou 100.000 e, Lorenzoni, 50.000 reais.

Conheça a lista de parlamentares que receberam doações do grupo:


Nome..............Sigla..UF..Cargo...Doações recebidas
1.ALEXANDRE LEITE..DEM..SP..DEP.FED...R$420.000,00
2.BETINHO ROSADO..PP..RN..DEP.FED...R$60.000,00
3.GUILHERME CAMPOS..PSD..SP..DEP.FED...R$450.000,00
4.IRAJA ABREU..PSD..TO..DEP.FED...R$250.000,00
5.JORGE TADEU MUDALEN..DEM..SP..DEP.FED...R$400.000,00
6.JULIO CAMPOS..DEM..MT..DEP.FED...R$20.000,00
7.JULIO CESAR..PSD..PI..DEP.FED...R$50.000,00
8.JUNJI ABE..PSD..SP..DEP.FED...R$100.000,00
9.LAEL VARELLA..DEM..MG..DEP.FED...R$50.000,00
10.ONOFRE SANTO AGOSTINI..PSD..SC..DEP.FED...R$15.000,00
11.ONYX LORENZONI..DEM..RS..DEP.FED...R$100.000,00
12.PAUDERNEY AVELINO..DEM..AM..DEP.FED...R$250.000,00
13.RODRIGO GARCIA..DEM..SP..DEP.FED...R$466.000,00
14.RODRIGO MAIA..DEM..RJ..DEP.FED...R$300.000,00
15.JANDIRA FEGHALI..PCdo B..RJ..DEP.FED...R$260.000,00
16.ADEMIR CAMILO..PROS..MG..DEP.FED...R$100.000,00
17.PAULO PEREIRA DA SILVA..SDD..SP..DEP.FED...R$80.000,00
18.SEBASTIAO BALA ROCHA..SDD..AP..DEP.FED...R$20.000,00
19.ANIBAL GOMES..PMDB..CE..DEP.FED...R$270.000,00
20.ARTHUR OLIVEIRA MAIA..SDD..BA..DEP.FED...R$200.000,00
21.CELSO MALDANER..PMDB..SC..DEP.FED...R$20.000,00
22.EDUARDO CUNHA..PMDB..RJ..DEP.FED...R$500.000,00
23.FABIO TRAD..PMDB..MS..DEP.FED...R$100.000,00
24.GERALDO R. PEREIRA..PMDB..MS..DEP.FED...R$100.000,00
25.HENRIQUE EDUARDO ALVES..PMDB..RN..DEP.FED...R$150.000,00
26.LEANDRO VILELA..PMDB..GO..DEP.FED...R$100.000,00
27.MANOEL JUNIOR..PMDB..PB..DEP.FED...R$50.000,00
28.PEDRO PAULO..PMDB..RJ..DEP.FED...R$100.000,00
29.RAUL HENRY..PMDB..PE..DEP.FED...R$65.000,00
30.ROSE DE FREITAS..PMDB..ES..DEP.FED...R$20.000,00
31.THIAGO PEIXOTO..PSD..GO..DEP.FED...R$240.000,00
32.ALINE CORREA..PP..SP..DEP.FED...R$863.000,00
33.JOSE OTAVIO GERMANO..PP..RS..DEP.FED...R$620.000,00
34.JULIO LOPES..PP..RJ..DEP.FED...R$350.000,00
35.LUIZ FERNANDO FARIA..PP..MG..DEP.FED...R$600.000,00
36.NELSON MEURER..PP..PR..DEP.FED...R$500.000,00
37.REBECCA GARCIA..PP..AM..DEP.FED...R$250.000,00
38.ROBERTO BRITTO..PP..BA..DEP.FED...R$150.000,00
39.ROBERTO TEIXEIRA..PP..PE..DEP.FED...R$500.000,00
40.ARNALDO JARDIM..PPS..SP..DEP.FED...R$350.000,00
41.ROBERTO FREIRE..PPS..SP..DEP.FED...R$250.000,00
42.STEPAN NERCESSIAN..PPS..RJ..DEP.FED…R$30.000,00
43.AELTON FREITAS..PR..MG..DEP.FED...R$100.000,00
44.ARACELY DE PAULA..PR..MG..DEP.FED...R$200.000,00
45.BERNARDO S. DE VASCONCELLOS..PR..MG..DEP.FED...R$100.000,00
46.HENRIQUE OLIVEIRA..SDD..AM..DEP.FED...R$100.000,00
47.JOSE ROCHA..PR..BA..DEP.FED...R$90.000,00
48.LUCIANO CASTRO..PR..RR..DEP.FED...R$50.000,00
49.SANDRO MABEL..PMDB..GO..DEP.FED...R$100.000,00
50.ABELARDO CAMARINHA..PSB..SP..DEP.FED...R$100.000,00
51.ANTONIO BALHMANN..PROS..CE..DEP.FED...R$230.000,00
52.BETO ALBUQUERQUE..PSB..RS..DEP.FED...R$40.000,00
53.DOMINGOS NETO..PROS..CE..DEP.FED...R$200.000,00
54.FERNANDO COELHO FILHO..PSB..PE..DEP.FED...R$65.000,00
55.CARLOS EDUARDO CADOCA..PC do B..PE..DEP.FED...R$50.000,00
56.MARCELO AGUIAR..DEM..SP..DEP.FED...R$100.000,00
57.ANTONIO IMBASSAHY..PSDB..BA..DEP.FED...R$100.000,00
58.BRUNA FURLAN..PSDB..SP..DEP.FED...R$400.000,00
59.EDUARDO GOMES..SDD..TO..DEP.FED...R$350.000,00
60.FERNANDO FRANCISCHINI..SDD..PR..DEP.FED...R$10.000,00
61.MARA GABRILLI..PSDB..SP..DEP.FED...R$100.000,00
62.NELSON MARCHEZAN JR..PSDB..RS..DEP.FED…R$25.000,00
63.OTAVIO LEITE..PSDB..RJ..DEP.FED...R$100.000,00
64.PAULO ABI ACKEL..PSDB..MG..DEP.FED...R$400.000,00
65.RAIMUNDO G. DE MATOS..PSDB..CE..DEP.FED...R$30.000,00
66.REINALDO AZAMBUJA..PSDB..MS..DEP.FED...R$330.000,00
67.RODRIGO DE CASTRO..PSDB..MG..DEP.FED...R$300.000,00
68.ARLINDO CHINAGLIA..PT..SP..DEP.FED...R$400.000,00
69.BENEDITA DA SILVA..PT..RJ..DEP.FED...R$3.000,00
70.BIFFI..PT..MS..DEP.FED...R$160.000,00
71.CANDIDO VACCAREZZA..PT..SP..DEP.FED...R$675.000,00
72.CARLOS ZARATTINI..PT..SP..DEP.FED...R$480.000,00
73.DEVANIR RIBEIRO..PT..SP..DEP.FED...R$150.000,00
74.EDSON SANTOS..PT..RJ..DEP.FED...R$60.000,00
75.GABRIEL GUIMARAES..PT..MG..DEP.FED...R$100.000,00
76.IRINY LOPES..PT..ES..DEP.FED...R$15.000,00
77.JILMAR TATOO..PT..SP..DEP.FED...R$50.000,00
78.JOAO PAULO LIMA..PT..PE..DEP.FED...R$65.000,00
79.JORGE BITTAR..PT..RJ..DEP.FED...R$75.000,00
80.LUCI CHOINACKI..PT..SC..DEP.FED...R$30.000,00
81.LUIZ ALBERTO..PT..BA..DEP.FED...R$150.000,00
82.LUIZ SERGIO..PT..RJ..DEP.FED...R$200.000,00
83.MAGELA..PT..DF..DEP.FED...R$100.000,00
84.MARCO MAIA..PT..RS..DEP.FED...R$80.000,00
85.NEWTON LIMA..PT..SP..DEP.FED…R$100.000,00
86.ODAIR CUNHA..PT..MG..DEP.FED...R$320.000,00
87.PAULO TEIXEIRA..PT..SP..DEP.FED...R$123.000,00
88.PEDRO EUGENIO..PT..PE..DEP.FED...R$125.000,00
89.RUI COSTA..PT..BA..DEP.FED...R$2.000,00
90.VICENTE CANDIDO..PT..SP..DEP.FED...R$130.000,00
91.VICENTINHO..PT..SP..DEP.FED...R$116.000,00
92.ZE GERALDO..PT..PA..DEP.FED...R$50.000,00
93.ZECA DIRCEU..PT..PR..DEP.FED...R$150.000,00
94.JORGE CORTE REAL..PTB..PE..DEP.FED...R$60.000,00
95.JOVAIR ARANTES..PTB..GO..DEP.FED...R$150.000,00
96.SILVIO COSTA..PSC..PE..DEP.FED...R$75.000,00
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1.INACIO ARRUDA..PC do B..CE..SENADOR...R$100.000,00
2.VANESSA GRAZZIOTIN..PC do B..AM..SENADOR...R$500.000,00
3.CRISTOVAM BUARQUE..PDT..DF..SENADOR...R$50.000,00
4.JAYME CAMPOS..DEM..MT..SENADOR...R$25.000,00
5.EUNICIO OLIVEIRA..PMDB..CE..SENADOR...R$1.000.000,00
6.JOSE SARNEY..PMDB..AP..SENADOR...R$50.000,00
7.LUIZ HENRIQUE..PMDB..SC..SENADOR...R$40.000,00
8.ANA AMELIA..PP..RS..SENADOR..R$50.000,00
9.BENEDITO DE LIRA..PP..AL..SENADOR...R$400.000,00
10.CIRO NOGUEIRA..PP..PI..SENADOR...R$150.000,00
11.MAGNO MALTA..PR..ES..SENADOR...R$200.000,00
12.MARCELO CRIVELLA..PRB..RJ..SENADOR...R$100.000,00
13.LIDICE DA MATA..PSB..BA..SENADOR...R$200.000,00
14.CICERO LUCENA..PSDB..PB..SENADOR...R$25.000,00
15.FLEXA RIBEIRO..PSDB..PA..SENADOR...R$150.000,00
16.ANGELA PORTELA..PT..RR..SENADOR...R$1.000.000,00
17.GLEISI HOFFMANN..PT..PR..SENADOR...R$2.420.000,00
18.HUMBERTO COSTA..PT..PE..SENADOR...R$1.530.000,00
19.JOSE PIMENTEL..PT..CE..SENADOR...R$1.000.000,00
20.LINDBERGH FARIAS..PT..RJ..SENADOR...R$2.300.000,00
21.PAULO PAIM..PT..RS..SENADOR...R$2.000,00
22.WALTER PINHEIRO..PT..BA..SENADOR...R$200.000,00
23.WELLINGTON DIAS..PT..PI..SENADOR...R$250.000,00
24.ARMANDO MONTEIRO..PTB..PE..SENADOR...R$300.000,00
25.EPITACIO CAFETEIRA..PTB..MA..SENADOR...R$50.000,00

As doações para campanha:

Grupo-GR...Parlamentares
                  financiados.....Cargo...Total em doações      

ARCOENGE...3...DEP.FED...R$ 266.000,00
ARCOENGE...1...SENADOR...R$ 100.000,00
GR. ALUSA...7...DEP.FED...R$ 1.160.000,00
GR. ALUSA...3...SENADOR...R$ 420.000,00
GR. ANDRADE GUTIERREZ...1...DEP.FED... R$ 10.000,00
GR. ANDRADE GUTIERREZ...1...SENADOR...R$ 100.000,00
GR. CAMARGO CORREA...31...DEP.FED...R$ 6.245.000,00
GR. CAMARGO CORREA...8...SENADOR...R$ 5.900.000,00
GR. EGESA...14...DEP.FED...R$ 1.350.000,00
GR. EIT...8...DEP.FED…R$ 784.000,00
GR. ENGEVIX...11...DEP.FED...R$ 475.000,00
GR. ENGEVIX...2...SENADOR...R$ 90.000,00
GR. GALVAO...11...DEP.FED...R$ 600.000,00
GR. GALVAO...4...SENADOR...R$ 630.000,00
GR. HOPE...1...DEP.FED...R$ 30.000,00
GR. IESA...1...SENADOR...R$ 200.000,00
GR. JARAGUA...4...DEP.FED...R$ 600.000,00
GR. MENDES JUNIOR...7...DEP.FEDERAL...R$ 552.000,00
GR. MENDES JUNIOR...1...SENADOR...R$ 50.000,00
GR. OAS...24...DEP.FED...R$ 2.043.000,00
GR. OAS...7...SENADOR...R$ 3.200.000,00
GR. QUEIROZ GALVAO...12...DEP.FED...R$ 1.862.000,00
GR. QUEIROZ GALVAO...1...SENADOR...R$ 2.000,00
GR. TOME...1...DEP.FED...R$ 30.000,00
GR. TOYO SETAL...2...DEP.FED...R$ 43.000,00
GR. UTC...14...DEP.FED...R$ 1.963.000,00
GR. UTC...3...SENADOR...R$ 1.150.000,00
RAUL ANDRES ORTUZAR RAMIREZ...1...DEP.FED...R$ 10.000,00
WILSON DA COSTA RITTO FILHO...1...DEP.FED...R$ 10.000,00
(sócio do grupo Hope)  
  

Nota:
Número de Deputados Federais beneficiados = 96
Número de Senadores = 25
Partido que mais recebeu = PT = valor =
Estados que mais receberam =
SP = R$ 6.303.000,00
RJ = R$ 4.378.000,00
PR = R$ 3.080.000,00
PE = R$ 2.835.000,00
CE = R$ 2.830.000,00
AM = R$ 1.100.000,00
RR = R$ 1.050.000,00
Estados que menos receberam =
MT = R$ 45.000,00
MA = R$ 50.000,00
AP = R$ 70.000,00
PB = R$ 75.000,00
Empresa que mais doou = GR. CAMARGO CORREA = R$ 12.145.000,00
Maior valor de doação = GR. CAMARGO CORREA...31.DEP.FED = R$ 6.245.000,00
Menor valor de doação = RUI COSTA..PT..BA..DEP.FED = R$ 2.000,00
Números por partido: quantidade =
PT = 33
PMDB = 15
PSC = 01
PCdoB = 04
PROS = 03
SDD = 06
PTB = 04
PSDB = 11
PSB = 04
PPS = 03
PSD = 06
DEM = 10
PP = 12
PR = 06
PDT =  01
Empresas que mais doaram =
1ª= GR. CAMARGO CORREA.
2ª= GR. OAS -

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Operação Lava Jato

03/05/2014
Lava Jato – Fornecedores da Petrobras sob suspeita doaram R$ 856 milhões a campanhas de 2006 a 2012

Leiam o que vai na VEJA.com. Volto ao assunto mais tarde.
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Por Daniel Haidar, na VEJA.com:

Ao mapear o caminho percorrido pelos mais de 10 bilhões de reais lavados pelo grupo comandado pelo doleiro Alberto Youssef, a operação Lava Jato, da Polícia Federal, encontrou um duto que abastecia diretamente políticos, partidos e campanhas eleitorais. Policiais e procuradores de Justiça já sabem que, para manter a influência e garantir contratos para “amigos”, o doleiro e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, destinavam grandes somas de dinheiro a autoridades. Um levantamento feito pelo site de VEJA, a partir dos registros oficiais de doações de campanha, revela que, de 2006 a 2012, as empresas e seus diretores agora investigados por participação no esquema destinaram pelo menos 856 milhões de reais para financiar candidaturas. O PT lidera com ampla vantagem o ranking de doações do grupo, com 266,4 milhões de reais recebidos. Em seguida, estão PSDB (158,1 milhões), PMDB (149,8 milhões), PSB (70,7 milhões), DEM (43,9 milhões) e PP (34,2 milhões).

A investigação começou a cruzar empresas, siglas, candidatos beneficiados e contratos com a estatal. Um dos negócios esmiuçados pela investigação é a construção da refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, Pernambuco. Costa e Youssef já viraram réus em processo por desvio de verbas da refinaria. Dados bancários e fiscais obtidos pela polícia revelaram que o Consórcio Nacional Camargo Corrêa (CNCC), responsável pela construção do empreendimento, pagou comissões para a subcontratada Sanko Sider. Parte do dinheiro, no entanto, foi parar na MO Consultoria – uma das empresas de fachada do doleiro. Pelo menos 26 milhões de reais foram desviados entre 2009 e 2013 para a firma de Youssef. A Sanko Sider, que forneceria tubos para a obra, fez doações para o PT pelo menos em 2006 – ano em que doou 6.000 reais para a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. Esta foi a única doação oficial registrada pela empresa desde então.

Já se sabe também que outros doadores de campanhas, como OAS, Galvão Engenharia, Jaraguá Equipamentos e Arcoenge depositaram recursos diretamente em contas da MO Consultoria. Só a OAS repassou 1,6 milhão de reais para a empresa de fachada, bem menos, no entanto, do que efetivamente registrou em doações legais a campanhas políticas desde 2006 (131,3 milhão de reais).

Entre as empresas que Costa anotou como alvo de cobranças de doações, a Andrade Gutierrez foi a que mais fez contribuições oficiais. De 2006 a 2012, o conglomerado distribuiu 189,5 milhões de reais a políticos e partidos. Nesse período, PT, PMDB e PP ficaram com 53% do total doado. Na gestão dele, um único contrato rendeu 958 milhões de reais para a construtora Andrade Gutierrez, depois de prorrogações e aumentos de gastos com 45 aditivos.

O segundo maior doador oficial foi a Camargo Corrêa, que já tem conexão identificada com o esquema de Youssef. O conglomerado doou 176,9 milhões de reais para campanhas desde 2006. Só em 2010 foram distribuídos 56 milhões de reais – dos quais metade ficou com PT, PMDB e PP. No total, em 2010, o grupo financiou oficialmente 83 candidatos a deputado estadual, 70 candidaturas a deputado federal, 16 campanhas a governador e 25 candidatos a senador. O deputado federal Eduardo Cunha, líder do PMDB e comandante dos rebeldes na base do governo, levou sozinho 500.000 reais para sua candidatura naquele ano.

A Polícia Federal suspeita que o ex-diretor da Petrobras agia para abastecer o caixa de políticos mesmo após deixar o cargo na estatal, que ocupou de 2004 a 2012. Em um caderno, ele tinha anotado nomes de sócios e executivos de fornecedores da estatal e a situação de cada cobrança. Aparecem nessa lista empresas como a Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Hope e Toyo Setal. Em 2010, Paulo Roberto Costa fez, como pessoa física, uma doação de 10.000 reais ao Comitê Financeiro Único do PT no Rio de Janeiro.

Caixa dois

Investigadores desconfiam que os recursos angariados pelo doleiro e pelo ex-diretor da Petrobras tenham sido destinados ao caixa dois de partidos. Pelo endereço de email paulogoia@hotmail.com, Youssef indicou em 17 de agosto de 2010 uma conta bancária para que Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor da construtora Queiroz Galvão, depositasse uma série de valores para políticos e diretórios. Uma parte da lista bate com os registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Youssef cobrou 500.000 reais para o PP da Bahia; 250.000 reais para o deputado federal Roberto Teixeira (PP); 500.000 reais para o deputado federal Nelson Meurer (PP); 100.000 reais para o deputado federal Roberto Britto (PP); e 100.000 para o ex-deputado federal Pedro Henry (PP), um dos condenados no escândalo do mensalão. Na Justiça Eleitoral, estes são exatamente os valores doados pelo grupo Queiroz Galvão.

Há outras cobranças, no entanto, com valores divergentes entre o que foi proposto pelo doleiro e efetivamente registrado – o que reforça a tese de que havia também um esquema de caixa dois operado por Youssef. No caso do diretório Nacional do PP, a cobrança era de 2.540.000 reais, mas foram registrados 2.740.000. Há outros valores que, nos registros do TSE, são superiores aos do email enviado pelo doleiro, como o pedido de 250.000 reais para a deputada federal Aline Corrêa (PP), que recebeu oficialmente da empresa 350.000. Já para o PP de Pernambuco, a cobrança era de 100.000, mas foram doados formalmente 1.640.000.

Youssef também fez contato com Cristian Silva da Jaraguá Equipamentos para cobrar dados e emitir recibos de doações. De acordo com os registros do TSE, a Jaraguá doou 250.000 reais para o deputado federal Roberto Teixeira (PP), 250.000 reais para a deputada federal Aline Corrêa (PP), 100.000 reais para o deputado federal Pedro Henry (PP) e 50.000 reais para o deputado federal Roberto Britto (PP). Mas a operação Lava Jato constatou, com base em dados bancários e fiscais oficiais, que a Jaraguá fez depósitos em contas da MO Consultoria, de Youssef. A empresa pagou 1,94 milhão de reais. A polícia desconfia que esse valor foi distribuído como propina para o esquema de Youssef e Costa.

Até o momento, apenas o deputado federal André Vargas (ex-PT), amigo de Youssef, foi diretamente atingido pelas revelações da operação Lava Jato. A Polícia Federal suspeita que o doleiro e o deputado eram sócios em operações, mas o retorno financeiro auferido pelo parlamentar ainda é desconhecido. O Comitê Financeiro Único do PT no Paraná recebeu, na campanha de 2010, pelo menos 1,6 milhão de reais de fornecedores da estatal que aparecem entre os contatos do esquema. Essas empresas garantiram mais da metade da arrecadação do comitê paranaense petista e esse órgão partidário injetou cerca de 20 mil reais na campanha de Vargas. O deputado teve de renunciar à vice-presidência da Câmara e se desfiliar ao PT para minimizar os danos ao partido. Pode também ter o mandato cassado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, porque há indícios de que ele ajudou a Labogen, um laboratório de fachada de Youssef, na assinatura de um contrato milionário com o governo federal. O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se o envolvimento de Vargas com o doleiro deve ser investigado no âmbito criminal.

A atuação de Vargas para favorecer o doleiro no Ministério da Saúde respingou no ex-ministro Alexandre Padilha, pré-candidato petista ao governo de São Paulo. Subordinados de Padilha assinaram o convênio que permitiria ao laboratório de Youssef faturar até 31 milhões de reais. A operação Lava Jato revelou também que Vargas recebeu a indicação de um ex-assessor de Padilha para ser contratado como lobista da Labogen em Brasília. Em conversa com o doleiro, o deputado federal diz que a indicação para o posto partiu do ex-ministro da Saúde. E Youssef falava a interlocutores como se tivesse capacidade de influenciar a nomeação de cargos em eventual governo de Padilha, como revelou o site de VEJA.

Nos palanques de candidaturas a governos estaduais, os estragos da Lava Jato trazem mais riscos ao PT. Também no Paraná os nervos dos petistas estão à flor da pele. Vargas era cotado para chefiar a campanha da senadora Gleisi Hoffman ao governo paranaense. Ela também faz parte da bancada que recebeu recursos de fornecedores suspeitos de contribuir em doações intermediadas por Costa e Youssef. Oficialmente, Gleisi foi a candidata ao Senado que mais recebeu recursos da Camargo Corrêa, com 1 milhão de reais embolsados na última eleição. Conseguiu ainda doações de outras empreiteiras na lista de Costa. A UTC Engenharia deu 250.000 reais para a campanha da senadora e a OAS repassou 780.000 reais. Angariou ainda 100.000 reais da Contax, uma coligada da Andrade Gutierrez, para sua candidatura.
Por Reinaldo Azevedo

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Sem sigilo, Lava Jato mina o poder de Francischini

Juiz Sergio Moro, responsável pelo inquérito da Operação Lava Jato, que prendeu o doleiro Alberto Yousseff e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, tornou públicos todos os documentos da ação empreendida pela Polícia Federal; com isso, ele visa evitar vazamentos seletivos que, segundo se suspeita, vinham sendo feitos pelo deputado Fernando Francischini (SDD-PR), com foco apenas em adversários políticos; rotina dos vazamentos era organizada, com sincronização entre Veja, Folha e Globo

25 de Abril de 2014

Paraná 247 - Uma decisão tomada pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, democratiza o acesso às informações da ação empreendida pela Polícia Federal e mina o poder do deputado Fernando Francischini (SDD-PR). Moro tornou públicas as informações do inquérito – são mais de cinco mil páginas em papel e outras nove mil digitalizadas – e isso deve evitar que os vazamentos seletivos prossigam.

Suspeita-se, entre os responsáveis pela Operação Lava Jato, que Francischini, ex-delegado da PF, seja o principal responsável pelo "vazoduto" que tem instrumentalizado as manchetes de jornais, capas de revistas e longas reportagens nas TVs, que visam desgastar o governo Dilma, a Petrobras e o PT. Isso porque, logo após as prisões da Operação Lava Jato, Francischini recebeu por sete horas advogados dos doleiros presos, que lhe pediram apoio e lhe entregaram todo o inquérito, até então desconhecido da imprensa. São quase 5 mil paginas em papel  e outras 9 mil paginas digitalizadas.

Experiente no trato dessas informações, Francischini teria fatiado o inquérito, selecionando os "capítulos" mais importantes e distribuindo o material a veículos como Veja, Folha, jornal O Globo e TV Globo. O primeiro alvo foi o deputado André Vargas (PT-PR), que passou a balançar depois que um pedido de um jato emprestado ao doleiro Alberto Yousseff veio à tona. Francischini teria até montado uma lógica de distribuição de informações. Veja recebia o trecho do inquérito na quinta-feira, com o compromisso de não publicar na sua edição online. Folha e a TV Globo recebiam as informações na sexta-feira. Era a garantia de que todo os temas selecionados por ele renderiam também no fim de semana.

Coordenação

Foi assim que, no mesmo sábado, Veja e Folha saíram com a tabela de Paulo Roberto Costa sobre "soluções" de empreiteiras para operações de compras da Petrobras. Ou as insinuações em todos os jornais de que haveria indícios de relação de Alberto Yousseff com o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, e a senadora Gleisi Hoffmann, ambos adversários de Francischini no Paraná.

Foi também assim, através do "vazoduto" montado por Francischini que, ontem, minutos depois de a Justiça ter quebrado o sigilo do processo, as edições online de Veja, Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo vieram com as insinuações de envolvimento do ex-ministro Alexandre Padilha com o doleiro. Todos juntos, em menos de 30 minutos, conseguiram localizar a citação a Padilha no inquérito – o que demonstra a organização dos vazamentos.

Com a decisão do juiz Sergio Moro, o caso fica, agora, aberto ao público, evitando que os vazamentos sejam manobrados por um político oposicionista especializado em ações do tipo. Naturalmente, a imprensa familiar continuará selecionando as informações que atinjam o governo, o PT e a Petrobras, mas não poderá também ignorar se o inquérito contiver informações contra políticos de outros partidos.


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Operação Lava-Jato

Denuncias de propina envolvendo o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras.

    Data: 17/03/2014
    Valor: Até R$ 10 bilhões
    Envolvidos: Doleiro Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa

Entenda

Cinco milhões de reais em espécie, nota em cima de nota. Vinte e cinco carros, cada um avaliado em cerca de R$ 100 mil, joias e obras de arte, além de três hotéis bloqueados. Esse foi o saldo da operação deflagrada pela Polícia Federal no último dia 17 de março, batizada de Lava Jato, que prendeu 24 suspeitos de envolvimento no crime de lavagem de dinheiro, dentre eles o doleiro Alberto Youssef, suspeito de ser o comandante da quadrilha cuja movimentação pode superar R$ 10 bilhões.

Quem também foi preso pela PF foi o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, acusado por tentativa de destruição e inutilização de documentos que poderiam servir de prova nas investigações da Operação Lava Jato. Na casa do ex-diretor da estatal foram apreendidos 751.400 reais, 181.495 dólares e 10.850 euros.

A Polícia Federal investiga se Paulo Roberto Costa recebeu propina de Alberto Youssef para favorecer empresas em contratos na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Uma das principais promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff, a refinaria, orçada em R$ 2 bilhões, já custou R$ 18 bilhões aos cofres públicos e, de acordo com o Tribunal de Contas da União, há provas de superfaturamento em alguns contratos.
R$ 8 milhões em propinas

Conversas telefônicas e outros documentos apreendidos pela PF indicam a ligação entre Costa e Youssef. Em uma gravação autorizada pela Justiça, o doleiro afirma: “Com tanto dinheiro que nós demos para esse cara, ele tem coragem de dizer que foi prejudicado?”. De acordo com o delegado Márcio Anselmo, o valor das propinas pagas a Costa podem chegar a R$ 8 milhões. As quantias seriam pagamentos de comissões feitos pelas empresas MO Consultoria e GFD Investimentos, que seriam controladas por Youssef, entre julho de 2011 e julho de 2012. Costa também recebeu um carro Range Rover Evoque blindado, avaliado em R$ 300 mil.

Pasadena

Paulo Roberto Costa também é investigado pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro por irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pela Petrobras. Juntamente com a atual presidente da estatal, Graça Foster, do ex-presidente da empresa, Sérgio Gabrielli, e do ex-diretor Nestor Cerveró, Costa foi intimado a depor para esclarecer os motivos que levaram a Petrobras a pagar 360 milhões de dólares por 50% de uma empresa que, no ano anterior, fora comprada por 42,5 milhões de dólares e que já acarretou em mais de um bilhão de dólares em prejuízos em oito anos. O ex-diretor foi um dos responsáveis por elaborar o contrato de compra da refinaria e foi um dos autores do resumo técnico chancelado em 2006 pela presidente Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil de Lula e presidente do Conselho de Administração da Petrobras.


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As questões político-partidárias na Operação Lava Jato

qua, 30/04/2014 -

Por Guilherme Scalzilli

Alguma coisa parecia meio estranha na tal operação Lava Jato da Polícia Federal. Primeiro a suposta participação de um ex-delegado, atualmente deputado oposicionista, no vazamento de informações à imprensa. Depois a completa omissão do noticiário a respeito dos convênios assinados pela gestão José Serra, no ministério da Saúde, com o mal afamado laboratório Labogen, que teria centralizado as transações ilegais.

Eis que agora apareceu o rabicho político-partidário das investigações. Bem na semana em que a propaganda do PT vai ao ar, criticando o desgoverno tucano de São Paulo, surge um elo “comprometedor” do escândalo com Alexandre Padilha, o pré-candidato petista no estado. Pura coincidência, evidentemente. Afinal, é a primeira vez que o nome de Serra aparece relacionado a uma investigação da PF que atinge seus adversários em pleno ano eleitoral...

Alguém poderia até gastar neurônios debatendo a relevância da refutada indicação do tal assessor para um cargo no laboratório, sabendo o que sabemos dos bastidores da administração pública brasileira. Mas já pouco importa o grau verdadeiramente jornalístico do factóide. Estão todos em campanha: para preservar o PSDB no Palácio dos Bandeirantes vale qualquer apelação. Não há debate possível nesse festival de hipocrisias.

Os articuladores da candidatura de Padilha podem comemorar a transformação da insignificância em mote propagandístico. É, no mínimo, um sinal de que suas pretensões incomodam a direita midiática a ponto de obrigá-la a chafurdar no ridículo.

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