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segunda-feira, 14 de julho de 2014

COPA - NO BRASIL ALEMANHA É CAMPEÃ E A ARGENTINA VICE.






FOTO: A VIOLÊNCIA E A IMPUNIDADE 


Messi é eleito melhor da Copa, e torneio atinge 20 anos sem premiar campeão.

O argentino Lionel Messi não brilhou na decisão da Copa de 2014, mas foi eleito pela Fifa o melhor jogador do torneio. Com isso, o Mundial chegou a 20 anos sem premiar um jogador que conquistou o título – o último a conciliar a láurea individual e a taça foi o brasileiro Romário, em 1994.

A eleição de melhor jogador da Copa é feita por um júri técnico formado pela Fifa. A entidade anunciou depois das semifinais uma lista com os dez finalistas do prêmio: Neymar (Brasil), Messi (Argentina), Di María (Argentina), Mascherano (Argentina), Müller (Alemanha), Hummels (Alemanha), Lahm (Alemanha), Kroos (Alemanha), Robben (Holanda) e James Rodríguez (Colômbia).

* Robben, da Holanda, foi eleito pela maioria dos comentaristas de futebol como o melhor da Copa. 

A partir do anúncio da lista, a Fifa fez uma votação para definir o melhor da Copa. A eleição é fechada antes da decisão, e isso justitica tantas vitórias de jogadores que não brilham nas disputas de título. O vencedor anterior, Diego Forlán, sequer esteve na partida final da África do Sul.

A bola de ouro ao melhor da Copa é distribuída com esse nome desde 1982. A lista de vencedores tem, em ordem cronológica, Paolo Rossi (Itália-1982), Diego Maradona (Argentina-1986), Salvatore Schillaci (Itália-1990), Romário (Brasil-1994), Ronaldo (França-1998), Oliver Kahn (Alemanha-2002), Zinedine Zidane (França-2006) e Diego Forlán (Uruguai-2010).

Além de Romário e Ronaldo, dois brasileiros estiveram entre os três finalistas da  bola de ouro. Falcão foi o segundo colocado na Copa de 1982, na Espanha, e Ronaldo também ficou com o vice em 2002, na Coreia do Sul e no Japão.

Neuer é o melhor goleiro, e Pogba é o melhor jogador jovem

A Fifa também premiou neste domingo o melhor goleiro e o melhor jogador jovem da Copa de 2014. O alemão Manuel Neuer venceu a primeira categoria, e o francês Pogba ficou com o título na segunda.

O título de melhor jogador jovem deste ano foi disputado apenas por jogadores nascidos a partir de 1º de janeiro de 1993. Além de Pogba, os finalistas eram o zagueiro francês Varane e o meia holandês Memphis Depay.

Com a eleição, Pogba coroa uma rápida ascensão na seleção francesa profissional. O meio-campista também conquistou a bola de ouro de melhor jogador do Mundial sub-20 disputado em 2013.

A vitória de Pogba no prêmio interrompe um domínio alemão. Nas Copas anteriores, Podolski (2006) e Müller (2010) haviam sido escolhidos pela Fifa como os melhores jovens.

Bola de ouro e seleções campeãs:

    Campeão                                        Bola de ouro
    2014 - Alemanha                               2014 - Lionel Messi (Argentina)
    2010 - Espanha                                2010 - Diego Forlán (Uruguai)
    2006 - Itália                                      2006 - Zinedine Zidane (França)
    2002 - Brasil                                   2002 - Oliver Khan (Alemanha)
    1998 - França                                   1998 - Ronaldo (Brasil)
    1994 - Brasil                                   1994 - Romário (Brasil)
    1990 - Alemanha                              1990 - Salvatore Schillaci (Itália)
    1986 - Argentina                               1986 - Diego Maradona (Argentina)
    1982 - Itália                                      1982 - Paolo Rossi (Itália)


James Rodríguez conquista Chuteira de Ouro e Neymar fica com Chuteira de Bronze

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O meio-campista colombiano James Rodríguez se despediu da Copa do Mundo em meio às lágrimas e ao consolo de companheiros e rivais após a derrota para o Brasil, mas neste domingo teve uma pequena revanche ao ser premiado com a Chuteira de Ouro, como artilheiro do torneio.

O jogador de 23 anos do Mônaco se tornou queridinho dos torcedores e terror das defesas adversárias com a mesma rapidez. Partida a partida, os colombianos esperavam que ele liderasse as coreografias da equipe depois de cada gol, e os zagueiros tentavam desesperadamente evitá-lo.

Mas no final, seus admiradores levaram a melhor: Rodríguez terminou a Copa como artilheiro do Mundial, com seis gols em cinco partidas, e muitos acreditam que seu monumental gol por cobertura no Uruguai foi o mais bonito da Copa.

Os seis gols de Rodríguez lhe garantiram o prêmio de artilheiro, superando figuras consagradas como o alemão Thomas Mueller, Chuteira de Plata com cinco gols, e o brasileiro Neymar, Chuteira de Bronze com quatro gols e uma assistência.

Neymar disputou cinco jogos e ficou de fora dos dois últimos da seleção brasileira após fraturar uma vértebra na partida contra a Colômbia.

Além dos dois gols sobre os uruguaios nas oitavas de final, Rodríguez marcou contra a Grécia, a Costa do Marfim e o Japão na fase de grupos, e ainda o gol na derrota de 2 x 1 diante do Brasil nas quartas.

"Desde os primeiros treinos ele mostrou essa capacidade, não só para jogar bem, mas essa capacidade goleadora", afirmou o técnico Armando Yull Brenner Calderón, que viu Rodríguez pela primeira vez aos sete anos, muito antes de ele se tornar uma das figuras de destaque do Mundial.

"Era um menino que em quase todas as partidas marcava no mínimo um gol", lembrou.
Por Javier Leira

(Reportagem adicional de Julia Symmes Cobb e Luis Ampuero)


Götze vira "Super Mario" e o "Redentor do Rio" na imprensa internacional

Mario Götze virou herói mundial após marcar o gol do título da Alemanha na Copa do Mundo de 2014. O meia entrou no segundo tempo e marcou já no final da prorrogação o gol que o consagrou. E o feito do jogador rendeu diversos elogios da imprensa internacional que já o apelidou de "Super Mario" e também de "Redentor do Rio".

"Götze, deus do futebol. Somos campeões do mundo", diz em um de seus títulos o jornal alemão Bild.

"Götze redentor. Alemanha é campeã do mundo", publicou o também alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.

E até a imprensa britânica se rendeu ao feito do jogador.

O The Guardian diz que "Super Mario" levou a Alemanha à vitória e acrescenta que a Alemanha sempre lembrará ao Rio de Janeiro com alegria como ocorreu em Berna em 1954, em Munique em 1974 e em Roma em 1990, os três campeonatos ganhados pelos alemães.

Já o periódico The Daily Telegraph public que a Alemanha mereceu levantar a taça a Copa do Mundo graças a "um momento brilhante" de Mario Götze e pela resistência e inteligência dos jogadores.


Dilma volta a receber vaias e xingamentos na final da Copa do Mundo

Um dos momentos mais polêmicos da cerimônia de abertura da Copa do Mundo voltou a ocorrer no encerramento: vaias da arquibancada para a presidente Dilma Roussef, convidada para a entrega da taça ao campeão, neste domingo, no Maracanã, na final Alemanha x Argentina.

Ela havia recebido algumas vaias ainda durante o jogo vencido por 1 a 0 para os alemães, mas um lance da partida acabou desviando a atenção dos torcedores. Depois que acabou a partida, logo que sua imagem apareceu no telão, sofreu muitas vaias do público.  E ouviu um grito de "Dilma, vai tomar no c..." durante os segundos em que ficou com a taça nas mãos, antes de entregá-la ao capitão alemão, Lahm.

Dilma já havia sido vaiada e xingada em coro por parte da torcida que compareceu ao Itaquerão, no dia 12 de junho, para o Brasil x Croácia. E esse não foi a primeira vez. Na abertura da Copa das Confederações de 2013, em Brasília, já havia passado por isso.

Depois do jogo de abertura, Dilma não foi a nenhuma partida mais da Copa do Mundo. Após o jogo em São Paulo, afirmou que jamais deixaria se perturbar por agressões verbais e xingamentos "que não podem sequer ser escutados pelas crianças e pela família".

Dias antes de oficializar que participaria da entrega da taça no Maracanã, afirmou que um eventual "constrangimento" das vaias seria "ossos do ofício".

O Maracanã já havia sido palco de inúmeras vaias ao então presidente Lula na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Ouvia xingamentos a cada vez que sua imagem aparecia no telão. Isso rendeu uma quebra de protocolo e ele optou por nem fazer o discurso de abertura.

Já na Copa das Confederações, Dilma foi defendida pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, que cobrou "fair play" da torcida. Dilma passou por cima das vaias e foi seca. "Declaro oficialmente aberta a Copa das Confederações 2013."
Rodrigo Mattos
Do UOL, no Rio de Janeiro


Alemanha repete Brasil e Itália e ganha o tetra após 24 anos.

Brasil, 1970 e 1994. Itália, 1982 e 2006. Alemanha, 1990 e 2014. Vinte quatro anos de espera para brasileiros, italianos e, depois deste domingo, alemães. Como um carma, o terceiro tetracampeão mundial de futebol esperou 24 anos para levantar a taça da Copa do Mundo pela quarta vez.

A glória alemã veio depois de anos e anos de frustrações. Em 1994, com base na geração campeã na Itália, quatro anos antes, a equipe caiu nas quartas de final para a surpreendente Bulgária, liderada em campo por Hristo Stoichkov. O placar de 2 a 1 frustrou um time experiente, liderado por Lothar Matthaus e Jürgen Klinsmann.

Quatro anos depois, na França, mais uma surpresa barrou a Alemanha, repleta de veteranos - incluindo Matthaus e Klinsmann. A Croácia eliminou a equipe germânica com uma acachapante vitória por 3 a 0.

Na Coreia do Sul e Japão, com um time renovado, a Alemanha chegou à decisão. Entretanto, sem destaque Michael Ballack - suspenso em virtude de um cartão amarelo na semifinal -, a seleção comandada Rudi Voller perdeu para o Brasil por 2 a 0, com dois gols de Ronaldo.

A chance da redenção veio em 2006, com o melhor cenário possível: a Copa na própria Alemanha. Apresentando ao mundo jovens como Lahm e Schweinsteiger - agora consagrados com o título deste domingo - e um futebol envolvente, a equipe germânica parou na semifinal diante da Itália; vitória da ‘Azzurra' por 2 a 0, na prorrogação.

O futebol objetivo e de categoria evoluiu para 2010, na África do Sul. Carregando o fardo de forte candidato ao título, o time alemão parou novamente na semifinal, diante do maior algoz desta geração: a Espanha. O jogo do ‘tiki-taka' impediu a glória germânica na decisão da Euro 2008 e também no Mundial, em jogo no qual Puyol, de cabeça, decidiu.

Na última oportunidade desta geração de Lahm, Schweinsteiger e “Klose - agora o maior artilheiro da história das Copas com 16 gols” -, fora o histórico favorável dos 24 anos entre o tri e o tetra de Brasil e Itália, a Alemanha mostrou uma evolução ainda maior; influência do Bayern de Munique de Pep Guardiola.

Para manter a tradição dos 24 anos, a vitória por 1 a 0 no Maracanã, com gol de um jogador que sequer era nascido no último título alemão. Mario Gotze (1992) reescreveu a história de uma geração marcada pelos fracassos. Duas décadas e quatro anos depois, a Alemanha voltou ao topo.


Copa deixa legado menor e mais caro do que o prometido.

Governo anunciou em 2010 que investimento em 83 projetos somaria R$ 23,5 bilhões; 'Estado' mostra que custou R$ 29,2 bilhões.

SÃO PAULO - A Copa do Mundo deixa um legado de infraestrutura para o Brasil muito menor do que o prometido quatro anos atrás - e a um custo mais alto. Em 2010, o governo anunciou que o evento atrairia investimentos de R$ 23,5 bilhões em 83 projetos de mobilidade urbana, estádios, aeroportos e portos. Parte das obras ficou no caminho e só 71 projetos foram mantidos na lista.

Segundo levantamento feito pela rede de repórteres do Estado nas 12 cidades-sede, as obras entregues para a Copa e as inacabadas somam R$ 29,2 bilhões - mesmo tendo sido substituídos em várias cidades projetos mais ambiciosos, como trens e monotrilhos, por modestos corredores de ônibus. Ou seja, o País gastou mais para fazer menos e com menor qualidade.

Em setembro de 2013, o Ministério dos Esportes apresentou sua última consolidação das obras da chamada Matriz de Responsabilidade da Copa, já com a exclusão dos projetos prometidos em 2010 e abandonados. Os 71 projetos confirmados somavam então R$ 22,9 bilhões. Esse resultado significava que os governos federal, estaduais e municipais e a iniciativa privada gastariam 3% a menos do que o previsto em 2010 para fazer 15% a menos em número de obras. Os investimentos estavam distribuídos assim: 50,5% para o governo federal, 33,1% para os Estados e municípios e 16,4% para o setor privado. Entretanto, a reportagem do Estado constatou que o gasto total, hoje, é ainda maior: R$ 29,2 bilhões, ou 27% a mais do que o anunciado há quatro anos.

A construção dos estádios foi prioridade, seguida dos aeroportos. Mas na mobilidade urbana, o principal legado da Copa para os moradores das grandes cidades, o resultado foi sofrível. De 50 projetos, apenas 32 foram mantidos, o que quer dizer que um em cada dois foi abandonado. De acordo com a matriz consolidada em setembro pelo Ministério do Esporte, o País investiria R$ 7 bilhões em mobilidade urbana para receber a Copa, R$ 4,47 bilhões a menos do que o previsto em 2010.

Inacabadas:
Além disso, boa parte das obras não foi entregue a tempo para o Mundial. O levantamento do Estado nas 12 cidades-sede mostra que 74 obras de mobilidade urbana foram entregues e 46 permanecem inacabadas. O número de obras é maior do que o da lista de projetos do ministério porque as prefeituras e governos estaduais, que são as fontes dessa informação, costumam fatiar projetos em várias obras.

Os projetos de construção do VLT de Brasília e de Manaus, por exemplo, ficaram só no papel. Já o monotrilho de Cuiabá será entregue no segundo semestre de 2015. Em São Paulo, o Expresso Aeroporto, trem que ligaria o centro da cidade a Cumbica, foi cancelado em 2012. E o monotrilho do Morumbi ainda está em construção.

O abandono e a não conclusão das obras só não tiveram um impacto maior porque a maioria das cidades decretou feriado ou ponto facultativo para o funcionalismo, além de as férias escolares de julho terem sido antecipadas. Em uma cidade como São Paulo, isso equivale a trocar o deslocamento de seus 10 milhões de moradores pelo de 64 mil torcedores indo para o Itaquerão e outras 30 mil ou 40 mil pessoas concentrando-se na Fun Fest e bares ao redor no centro da cidade, bem como na Vila Madalena, na zona oeste.

O único segmento que não sofreu baixas foram os estádios. Todos os projetos previstos saíram do papel e custaram R$ 8 bilhões ao País - 98% em recursos públicos -, montante 50% acima do previsto em 2010. Mal ou bem, ainda que com parte das arquibancadas provisória, como no Itaquerão, eles ficaram prontos para a Copa, acalmando a Fifa.

Em São Paulo, o projeto original previa a reforma do Morumbi, que custaria R$ 240 milhões e mais R$ 315 milhões em obras do entorno. Com a substituição da obra pela construção do estádio do Itaquera e investimentos no seu entorno, o custo saltou para R$ 1,37 bilhão.

No caso dos aeroportos, o desempenho foi mediano - alguns ficaram prontos, outros, não, mas isso não comprometeu o embarque e desembarque dos torcedores. Obras previstas em aeroportos como Viracopos, Confins, Fortaleza e Salvador não foram concluídas antes do Mundial. "A reforma dos aeroportos era uma necessidade, independente da Copa", analisa Carlos Ebner, diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) no Brasil. "Mas a Copa era uma motivação para dar um salto de infraestrutura e deixar um legado ao País. Mas nem tudo foi feito e queremos que as obras continuem após a Copa."

Segundo ele, o caos não ocorreu porque o setor se organizou em uma operação especial e compensou os entraves de infraestrutura. Foi o que aconteceu também com o transporte urbano, beneficiado pelos feriados e linhas especiais de ônibus para os torcedores. Terminada a Copa, a vida volta ao normal.


Após vexame na reta final da Copa, Felipão deixa comando da seleção brasileira

A decisão será anunciada nesta segunda-feira por Luiz Felipe Scolari e pelo presidente da CBF José Maria Marin.

O técnico Luiz Felipe Scolari não é mais técnico da seleção brasileira de futebol, segundo informações divulgadas pela TV Globo no final da noite deste domingo. Ainda de acordo com a emissora, outros membros da comissão técnica deixam o cargo: coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, o auxiliar técnico Flávio Murtosa, o preparador de goleiros Carlos Pracidelli e o preparador físico Anselmo Sbragia.

A decisão deve ser anunciada nesta segunda-feira (14) por Luiz Felipe Scolari e pelo presidente da CBF José Maria Marin.

Contactada pela Reuters após a notícia divulgada pela Globo, a CBF não confirmou a saída de Scolari.

O assessor de imprensa pessoal de Felipão, Acaz Fellegger, informou que o treinador não havia recebido qualquer aviso da CBF sobre a decisão. Segundo ele, Felipão passou o domingo em casa, onde assistiu à final da Copa do Mundo e aguarda um contato da confederação para agendar a entrega do relatório da comissão técnica sobre a participação do Brasil na Copa do Mundo.

A seleção brasileira terminou a Copa do Mundo com três vitórias, dois empates e duas derrotas. Em sete partidas, foram 11 gols marcados e 14 sofridos.

Em sua segunda passagem pela Seleção, Felipão acumulou um retrospecto de 55 jogos, com 38 vitórias, oito empates e oito derrotas.

Antes da demissão, Felipão por vários momentos defendeu seu trabalho no comando da seleção brasileira e viu bons momentos na campanha - o time não disputava a semifinal desde 2002 - e lamentou os momentos de pane na derrota por 7 a 1 diante da Alemanha.

"Não tivemos grandes atuações durante a competição, mas vivemos momentos muito bons em alguns jogos. De qualquer forma, os objetivos estavam sendo alcançados. Tivemos aqueles seis minutos de apagão contra a Alemanha e sabemos disso", declarou.

Também dispensado, Parreira, chegou a dizer antes da Copa, que o Brasil “estava com uma mão na taça”. “A visão é a mesma. Positiva. Otimista de quem tem a cultura do pentacampeão. Nunca vi líder, comandante dizendo que vamos para a guerra e vamos perdê-la. Era uma obrigação nossa ser otimista, positivo e acreditar no nosso trabalho e na qualidade de nosso jogadores”, justificou-se Parreira, quando da eliminação frente a Alemanha.

Em seguida, o Brasil perdeu para a Holanda por 3 a 0 na disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo, no jogo que acabou encerrando o segundo ciclo de Scolari na seleção.


Copa do Mundo abafa protestos, encurrala Fifa e deixa esperanças para 2016

Após atrasos e superfaturamentos nas obras, o Mundial encerrado neste domingo superou as expectativas

"Transcorreu em paz, com muita alegria e com toda a infraestrutura funcionando", definiu a presidente Dilma Roussef, em uma de suas entrevistas para analisar a realização da Copa do Mundo no Brasil. Se a preparação foi sob uma enxurrada de críticas, o decorrer da competição realmente surpreendeu. Após atrasos e superfaturamentos nas obras, o Mundial encerrado neste domingo superou as expectativas.

O fator negativo de maior relevância, aliás, ficou relacionado à entidade que mais criticou o país nos meses anteriores, e chegou a afirmar que o Brasil poderia não ter sido a melhor escolha. Em uma operação denominada "Jules Rimet", a Polícia Civil do Rio de Janeiro desvendou um esquema ilegal de venda de ingressos, que envolve homens de muita proximidade à cúpula da Fifa.

De acordo com os responsáveis pela operação, a Match, empresa com direito exclusivo sobre venda de ingressos da Fifa, aproveitava o privilégio para desviar entradas a um mercado paralelo. Sendo assim, Mohamed Lamine Fofana tinha a função de distribuir os cobiçados bilhetes a agências de turismo ou pessoas físicas, movimentando cerca de R$ 200 milhões.

Nome do filho do vice da Fifa e mandatário da AFA aparece em ingresso com cambista

Após as primeiras investigações, indicando que a operação existe desde 2002, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu 12 pessoas, entre eles, Mohamed Lamine Fofana e Raymond Whelan, CEO da Match que pagou R$ 5 mil de fiança para deixar a cadeia. O caso serviu para endossar as suspeitas sobre a índole dos mandatários da Fifa, já que a entidade também está envolvida em suspeitas de corrupção relacionadas à escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2002.

O mandatário da entidade, no entanto, ainda tenta a gravidade das descobertas. De acordo com Joseph Blatter, que também chegou a mostrar preocupação com a realização da Copa no Brasil meses antes da abertura, tudo foi ótimo. Já na reta final da o presidente da Fifa aproveitou para ‘cutucar’ os críticos, reforçando a confiança que tinha na parceria feita com o Governo Federal.

"Quando você trabalha com parceiros como os governos, onde a base é a confiança, é mais fácil. Ainda temos oito jogos pela frente, então, vamos torcer para que sejam no mesmo padrão e atmosfera de até agora. Tudo está ótimo, estádios estão magníficos. Posso dizer, indiscutivelmente, que é um sucesso. Onde estão todos os problemas que falaram antes? Só tenho a agradecer todo o povo brasileiro que aceitou a Copa", avaliou Joseph Blatter.

Com relação ao temor criado às vésperas do Mundial, os problemas do país foram bem maquiados. Houve poucos relatos sobre atos de violência - uma das exceções foi a morte de um jornalista argentino atingido por um carro envolvido em perseguição policial. As manifestações também perderam força, facilitando a mobilidade dos turistas que visitaram o Brasil nesta época.

A presença dos estrangeiros no Brasil foi uma das coisas mais positivas deste Mundial. Pelas ruas das cidades-sede foi possível perceber uma relação harmoniosa entre brasileiros e seus visitantes. Uma pesquisa prévia feita pela empresa GMR Inteligência de Mercado a pedido da Secretaria de Turismo/Riotur, divulgada na última sexta-feira, apontou que a hospitalidade no Rio de Janeiro foi aprovada por 97,1% daqueles que visitaram a Cidade Maravilhosa.

São Paulo também foi palco desta integração amistosa. Desde os primeiros dias da Copa do Mundo, era possível perceber que pessoas de diferentes nacionalidades transitavam pela Avenida Paulista, um dos principais cartões postais do município. Um balanço inicial realizado antes do último final de semana indica que a cidade terá um retorno financeiro de R$ 1 bilhão, sendo que o número de turistas ultrapassará 500 mil, sendo 200 mil estrangeiros.

Os dados iniciais superam as expectativas anteriores ao Mundial, quando o planejado era receber cerca de 70 mil turistas de outros países, para que a Copa rendesse aproximadamente R$ 700 milhões. A ocupação de hotéis teve média de 64%, subindo para 75% na véspera e em dias de jogos. "Os depoimentos dos nossos visitantes falam muito sobre como eles foram bem recebidos, a imprensa relatou diversos casos de solidariedade e do acolhimento dos paulistas e paulistanos", disse a vice-prefeita Nádia Campeão.

O panorama surpreendentemente positivo ao final desta Copa ajuda a projetar uma realização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, com menos problemas do que era possível imaginar no primeiro semestre deste ano. O sucesso serviu para animar o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, que se reuniu com a presidenta Dilma Rousseff, em Brasília, para falar sobre o evento.

Após o evento no Palácio do Planalto, o mandatário, mesmo com os evidentes atrasos nas obras do Rio de Janeiro, usou o Mundial para passar uma mensagem mais otimista. "O Brasil pode ficar muito orgulhoso da organização da Copa do Mundo e temos certeza de que, durante os Jogos Olímpicos de 2016, o mundo irá ver o que o Brasil representa: paixão e eficiência ao mesmo tempo".

Os exemplares 30 dias, porém, podem ter chegado ao fim neste domingo. Assim como no Pan-Americano de 2007, também realizado no Rio de Janeiro, tudo funcionou muito bem ao longo do evento, mas os meses seguintes foram de desleixo com as obras construídas, além do retorno de casos de violência e do trânsito caótico. A esperança é de que os mesmos erros não sejam cometidos mais uma vez.


* SELEÇÕES VENCEDORAS DAS COPAS:

ANO
VENCEDORA
A DO BRASIL ONDE FICOU
1930
URUGUAI
ELIMINADA NA 1a. FASE
1934
ITALIA
ELIMINADA NAS OITAVAS
1938
ITALIA
SEMI FINAL - 3o. LUGAR
1950
URUGUAI
FINAL - VICE-CAMPEÃ
1954
ALEMANHA
ELIMINADA NAS QUARTAS
1958
BRASIL
CAMPEÃ
1962
BRASIL
CAMPEÃ
1966
INGLATERRA
ELIMINADA NA 1a. FASE
1970
BRASIL
CAMPEÃ
1974
ALEMANHA
SEMI-FINAL - 4o. LUGAR
1978
ARGENTINA
SEMI-FINAL - 3o. LUGAR
1982
ITALIA
ELIMINADA NAS OITAVAS
1986
ARGENTINA
ELIMINADA NAS QUARTAS
1990
ALEMANHA
ELIMINADA NAS OITAVAS
1994
BRASIL
CAMPEÃ
1998
FRANÇA
FINAL - VICE-CAMPEÃ
2002
BRASIL
CAMPEÃ
2006
ITALIA
ELIMINADA NAS QUARTAS
2010
ESPANHA
ELIMINADA NAS QUARTAS
2014
ALEMANHA
SEMI FINAL - 4o. LUGAR



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