FOTO: A VIOLÊNCIA E A IMPUNIDADE
Messi é eleito
melhor da Copa, e torneio atinge 20 anos sem premiar campeão.
O argentino Lionel Messi não
brilhou na decisão da Copa de 2014, mas foi eleito pela
Fifa o
melhor jogador do torneio. Com isso, o Mundial chegou a 20 anos sem premiar um
jogador que conquistou o título – o último a conciliar a láurea individual e a
taça foi o brasileiro Romário, em 1994.
A eleição de melhor jogador da
Copa é feita por um júri técnico formado pela Fifa. A entidade anunciou depois
das semifinais uma lista com os dez finalistas do prêmio:
Neymar (Brasil), Messi (Argentina), Di María (Argentina), Mascherano
(Argentina), Müller (Alemanha), Hummels (Alemanha), Lahm (Alemanha), Kroos
(Alemanha), Robben (Holanda) e James Rodríguez
(Colômbia).
* Robben, da Holanda, foi eleito pela maioria dos comentaristas de futebol como o melhor da Copa.
A partir do anúncio da lista, a
Fifa fez uma votação para definir o melhor da Copa. A eleição é fechada antes
da decisão, e isso justitica tantas vitórias de jogadores que não brilham nas
disputas de título. O vencedor anterior, Diego Forlán, sequer esteve na partida
final da África do Sul.
A bola de ouro ao melhor da Copa
é distribuída com esse nome desde 1982. A lista de vencedores tem, em ordem
cronológica, Paolo Rossi (Itália-1982), Diego Maradona (Argentina-1986),
Salvatore Schillaci (Itália-1990), Romário (Brasil-1994), Ronaldo
(França-1998), Oliver Kahn (Alemanha-2002), Zinedine Zidane (França-2006) e
Diego Forlán (Uruguai-2010).
Além de Romário e Ronaldo, dois
brasileiros estiveram entre os três finalistas da bola de ouro. Falcão foi o segundo colocado
na Copa de 1982, na Espanha, e Ronaldo também ficou com o vice em 2002, na
Coreia do Sul e no Japão.
Neuer é o
melhor goleiro, e Pogba é o melhor jogador jovem
A Fifa também premiou neste
domingo o melhor goleiro e o melhor jogador jovem da Copa de
2014. O alemão Manuel Neuer venceu a primeira
categoria, e o francês Pogba ficou com o título na segunda.
O título de melhor jogador jovem
deste ano foi disputado apenas por jogadores nascidos a partir de 1º de janeiro
de 1993. Além de Pogba, os finalistas eram o zagueiro francês Varane e o meia
holandês Memphis Depay.
Com a eleição, Pogba coroa uma
rápida ascensão na seleção francesa profissional. O meio-campista também
conquistou a bola de ouro de melhor jogador do Mundial sub-20 disputado em
2013.
A vitória de Pogba no prêmio
interrompe um domínio alemão. Nas Copas anteriores, Podolski (2006) e Müller
(2010) haviam sido escolhidos pela Fifa como os melhores jovens.
Bola de ouro e
seleções campeãs:
Campeão Bola de
ouro
2014 - Alemanha 2014 - Lionel Messi
(Argentina)
2010 - Espanha 2010 - Diego Forlán (Uruguai)
2006 - Itália 2006 - Zinedine Zidane (França)
2002 - Brasil 2002
- Oliver Khan (Alemanha)
1998 - França 1998 - Ronaldo (Brasil)
1994 - Brasil 1994 - Romário (Brasil)
1990 - Alemanha 1990 - Salvatore Schillaci (Itália)
1986 - Argentina 1986 - Diego Maradona (Argentina)
1982 - Itália 1982 - Paolo Rossi (Itália)
James
Rodríguez conquista Chuteira de Ouro e Neymar fica com Chuteira de Bronze
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O meio-campista
colombiano James Rodríguez se despediu da Copa do
Mundo em meio às lágrimas e ao consolo de companheiros e rivais após a derrota
para o Brasil, mas neste domingo teve uma pequena revanche ao ser premiado com
a Chuteira de Ouro, como artilheiro do torneio.
O jogador de 23 anos do Mônaco se tornou queridinho dos torcedores e terror
das defesas adversárias com a mesma rapidez. Partida a partida, os colombianos
esperavam que ele liderasse as coreografias da equipe depois de cada gol, e os
zagueiros tentavam desesperadamente evitá-lo.
Mas no final, seus admiradores levaram a melhor: Rodríguez terminou a
Copa como artilheiro do Mundial, com seis gols em cinco partidas, e muitos
acreditam que seu monumental gol por cobertura no Uruguai foi o mais bonito da
Copa.
Os seis gols de Rodríguez lhe garantiram o prêmio de artilheiro,
superando figuras consagradas como o alemão Thomas
Mueller, Chuteira de Plata com cinco gols, e o
brasileiro Neymar, Chuteira de Bronze com quatro gols e uma assistência.
Neymar disputou cinco jogos e ficou de fora dos dois últimos da seleção
brasileira após fraturar uma vértebra na partida contra a Colômbia.
Além dos dois gols sobre os uruguaios nas oitavas de final, Rodríguez
marcou contra a Grécia, a Costa do Marfim e o Japão na fase de grupos, e ainda
o gol na derrota de 2 x 1 diante do Brasil nas quartas.
"Desde os primeiros treinos ele mostrou essa capacidade, não só
para jogar bem, mas essa capacidade goleadora", afirmou o técnico Armando
Yull Brenner Calderón, que viu Rodríguez pela primeira vez aos sete anos, muito
antes de ele se tornar uma das figuras de destaque do Mundial.
"Era um menino que em quase todas as partidas marcava no mínimo um
gol", lembrou.
Por Javier Leira
(Reportagem adicional de Julia Symmes Cobb e Luis Ampuero)
Götze vira
"Super Mario" e o "Redentor do Rio" na imprensa
internacional
Mario Götze
virou herói mundial após marcar o gol do
título da Alemanha na Copa do Mundo de 2014. O meia entrou no segundo tempo e
marcou já no final da prorrogação o gol que o consagrou. E o feito do jogador
rendeu diversos elogios da imprensa internacional que já o apelidou de
"Super Mario" e também de "Redentor do Rio".
"Götze, deus do futebol. Somos campeões do mundo", diz em um
de seus títulos o jornal alemão Bild.
"Götze redentor. Alemanha é campeã do mundo", publicou o
também alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.
E até a imprensa britânica se rendeu ao feito do jogador.
O The Guardian diz que "Super Mario" levou a Alemanha à
vitória e acrescenta que a Alemanha sempre lembrará ao Rio de Janeiro com
alegria como ocorreu em Berna em 1954, em Munique em 1974 e em Roma em 1990, os
três campeonatos ganhados pelos alemães.
Já o periódico The Daily Telegraph public que a Alemanha mereceu
levantar a taça a Copa do Mundo graças a "um momento brilhante" de
Mario Götze e pela resistência e inteligência dos jogadores.
Dilma volta a
receber vaias e xingamentos na final da Copa do Mundo
Um dos momentos mais polêmicos da cerimônia de abertura da Copa do
Mundo voltou a ocorrer no encerramento: vaias da arquibancada para a presidente
Dilma Roussef, convidada para a entrega da taça ao campeão, neste domingo, no Maracanã,
na final Alemanha x Argentina.
Ela havia recebido algumas vaias ainda durante o jogo vencido por 1 a 0
para os alemães, mas um lance da partida acabou desviando a atenção dos
torcedores. Depois que acabou a partida, logo que sua imagem apareceu no telão,
sofreu muitas vaias do público. E ouviu
um grito de "Dilma, vai tomar no
c..." durante os segundos em que ficou com a taça nas mãos, antes de
entregá-la ao capitão alemão, Lahm.
Dilma já havia sido vaiada e xingada em coro por parte da torcida que
compareceu ao Itaquerão, no dia 12 de junho, para o Brasil x Croácia. E esse
não foi a primeira vez. Na abertura da Copa das Confederações de 2013, em
Brasília, já havia passado por isso.
Depois do jogo de abertura, Dilma não foi a nenhuma partida mais da
Copa do Mundo. Após o jogo em São Paulo, afirmou que jamais deixaria se
perturbar por agressões verbais e xingamentos "que não podem sequer ser
escutados pelas crianças e pela família".
Dias antes de oficializar que participaria da entrega da taça no
Maracanã, afirmou que um eventual "constrangimento" das vaias seria
"ossos do ofício".
O Maracanã já havia sido palco de inúmeras vaias ao então presidente
Lula na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Ouvia xingamentos a cada vez
que sua imagem aparecia no telão. Isso rendeu uma quebra de protocolo e ele
optou por nem fazer o discurso de abertura.
Já na Copa das Confederações, Dilma foi defendida pelo presidente da
Fifa, Joseph Blatter, que cobrou "fair play" da torcida. Dilma passou por cima das vaias e foi seca.
"Declaro oficialmente aberta a Copa das Confederações 2013."
Rodrigo Mattos
Do UOL, no Rio de Janeiro
Alemanha
repete Brasil e Itália e ganha o tetra após 24 anos.
Brasil, 1970 e 1994. Itália, 1982 e 2006. Alemanha, 1990 e 2014. Vinte
quatro anos de espera para brasileiros, italianos e, depois deste domingo,
alemães. Como um carma, o terceiro tetracampeão mundial de futebol esperou 24
anos para levantar a taça da Copa do Mundo pela quarta vez.
A glória alemã veio depois de anos e anos de frustrações. Em 1994, com
base na geração campeã na Itália, quatro anos antes, a equipe caiu nas quartas
de final para a surpreendente Bulgária, liderada em campo por Hristo Stoichkov.
O placar de 2 a 1 frustrou um time experiente, liderado por Lothar Matthaus e
Jürgen Klinsmann.
Quatro anos depois, na França, mais uma surpresa barrou a Alemanha,
repleta de veteranos - incluindo Matthaus e Klinsmann. A Croácia eliminou a
equipe germânica com uma acachapante vitória por 3 a 0.
Na Coreia do Sul e Japão, com um time renovado, a Alemanha chegou à
decisão. Entretanto, sem destaque Michael Ballack - suspenso em virtude de um
cartão amarelo na semifinal -, a seleção comandada Rudi Voller perdeu para o
Brasil por 2 a 0, com dois gols de Ronaldo.
A chance da redenção veio em 2006,
com o melhor cenário possível: a Copa na própria Alemanha. Apresentando ao
mundo jovens como Lahm e Schweinsteiger
- agora consagrados com o título deste domingo - e um futebol envolvente, a
equipe germânica parou na semifinal diante da Itália; vitória da ‘Azzurra' por
2 a 0, na prorrogação.
O futebol objetivo e de categoria evoluiu para 2010, na África do Sul.
Carregando o fardo de forte candidato ao título, o time alemão parou novamente
na semifinal, diante do maior algoz desta geração: a Espanha. O jogo do
‘tiki-taka' impediu a glória germânica na decisão da Euro 2008 e também no
Mundial, em jogo no qual Puyol, de cabeça, decidiu.
Na última oportunidade desta geração de
Lahm, Schweinsteiger e “Klose - agora o maior artilheiro
da história das Copas com 16 gols” -, fora o histórico favorável dos 24 anos entre o tri e o tetra de
Brasil e Itália, a Alemanha mostrou uma evolução ainda maior; influência do
Bayern de Munique de Pep Guardiola.
Para manter a tradição dos 24 anos, a vitória por 1 a 0 no Maracanã,
com gol de um jogador que sequer era nascido no último título alemão. Mario
Gotze (1992) reescreveu a história de uma geração marcada pelos fracassos. Duas
décadas e quatro anos depois, a Alemanha voltou ao topo.
Copa deixa
legado menor e mais caro do que o prometido.
Governo anunciou em 2010 que
investimento em 83 projetos somaria R$ 23,5 bilhões; 'Estado' mostra que custou
R$ 29,2 bilhões.
SÃO PAULO - A Copa do Mundo deixa um legado de infraestrutura para o
Brasil muito menor do que o prometido quatro anos atrás - e a um custo mais alto. Em
2010, o governo anunciou que o evento atrairia investimentos de R$ 23,5 bilhões
em 83 projetos de mobilidade urbana, estádios, aeroportos e portos. Parte das
obras ficou no caminho e só 71 projetos foram mantidos na lista.
Segundo levantamento feito pela rede de repórteres do Estado nas 12
cidades-sede, as obras entregues para a Copa e as inacabadas
somam R$ 29,2 bilhões - mesmo tendo sido substituídos
em várias cidades projetos mais ambiciosos, como trens e monotrilhos, por
modestos corredores de ônibus. Ou seja, o País gastou
mais para fazer menos e com menor qualidade.
Em setembro de 2013, o Ministério dos Esportes apresentou sua última consolidação
das obras da chamada Matriz de Responsabilidade da Copa, já com a exclusão dos
projetos prometidos em 2010 e abandonados. Os 71 projetos
confirmados somavam então R$ 22,9 bilhões. Esse resultado significava que os governos
federal, estaduais e municipais
e a iniciativa privada gastariam 3% a menos do que o previsto em 2010 para
fazer 15% a menos em número de obras. Os investimentos estavam distribuídos
assim: 50,5% para o governo federal, 33,1% para os Estados e municípios e 16,4%
para o setor privado. Entretanto, a reportagem do Estado constatou que o gasto
total, hoje, é ainda maior: R$ 29,2 bilhões, ou 27% a mais do que o anunciado
há quatro anos.
A construção dos estádios foi prioridade, seguida dos aeroportos. Mas na mobilidade urbana, o
principal legado da Copa para os moradores das grandes cidades, o resultado foi sofrível.
De 50 projetos, apenas 32 foram mantidos, o que quer dizer que um em cada dois
foi abandonado. De acordo com a matriz consolidada em setembro pelo Ministério
do Esporte, o País investiria R$ 7 bilhões em mobilidade urbana para receber a
Copa, R$ 4,47 bilhões a menos do que o previsto em 2010.
Inacabadas:
Além disso, boa parte das obras não foi entregue a tempo para o
Mundial. O levantamento do Estado nas 12 cidades-sede mostra que 74 obras de
mobilidade urbana foram entregues e 46 permanecem inacabadas. O número de obras é maior do que o da lista
de projetos do ministério porque as prefeituras e governos estaduais, que são
as fontes dessa informação, costumam fatiar projetos em várias obras.
Os projetos de construção do VLT de
Brasília e de Manaus, por exemplo, ficaram só no papel. Já o monotrilho de Cuiabá será entregue no
segundo semestre de 2015. Em São Paulo, o Expresso
Aeroporto, trem que ligaria o centro da cidade a Cumbica, foi cancelado em
2012. E o monotrilho do Morumbi ainda
está em construção.
O abandono e a não conclusão das obras só não tiveram um impacto maior
porque a maioria das cidades decretou
feriado ou ponto facultativo para o funcionalismo, além de as férias escolares de julho terem sido
antecipadas. Em uma cidade como São Paulo, isso equivale a trocar o
deslocamento de seus 10 milhões de moradores pelo de 64 mil torcedores indo
para o Itaquerão e outras 30 mil ou 40 mil pessoas concentrando-se na Fun Fest
e bares ao redor no centro da cidade, bem como na Vila Madalena, na zona oeste.
O único segmento que não sofreu baixas foram os estádios. Todos os
projetos previstos saíram do papel e custaram R$ 8 bilhões ao País - 98% em recursos públicos -,
montante 50% acima do previsto em 2010. Mal ou bem, ainda que com parte das
arquibancadas provisória, como no Itaquerão, eles ficaram prontos para a Copa,
acalmando a Fifa.
Em São Paulo, o projeto original previa a reforma do Morumbi, que custaria R$ 240 milhões e
mais R$ 315 milhões em obras do entorno. Com a substituição da obra pela
construção do estádio do Itaquera e investimentos no seu entorno, o custo saltou para R$ 1,37 bilhão.
No caso dos aeroportos, o desempenho foi mediano - alguns ficaram prontos,
outros, não, mas isso não comprometeu o embarque e desembarque dos torcedores. Obras previstas em aeroportos como
Viracopos, Confins, Fortaleza e Salvador não foram concluídas antes do Mundial.
"A reforma dos aeroportos era uma necessidade, independente da Copa",
analisa Carlos Ebner, diretor-geral da Associação Internacional de Transporte
Aéreo (Iata) no Brasil. "Mas a Copa era uma motivação para dar um salto de
infraestrutura e deixar um legado ao País. Mas nem tudo foi feito e queremos
que as obras continuem após a Copa."
Segundo ele, o caos não ocorreu
porque o setor se organizou em uma operação especial e compensou os
entraves de infraestrutura. Foi o que aconteceu também com o transporte urbano,
beneficiado pelos feriados e linhas especiais de ônibus para os torcedores.
Terminada a Copa, a vida volta ao normal.
Após vexame na
reta final da Copa, Felipão deixa comando da seleção brasileira
A decisão será anunciada nesta
segunda-feira por Luiz Felipe Scolari e pelo presidente da CBF José Maria
Marin.
O técnico Luiz Felipe Scolari não é mais técnico da seleção brasileira
de futebol, segundo informações divulgadas pela TV Globo no final da noite deste domingo. Ainda de acordo com a
emissora, outros membros da comissão técnica deixam o cargo: coordenador técnico
Carlos Alberto Parreira, o auxiliar técnico Flávio Murtosa, o preparador de
goleiros Carlos Pracidelli e o preparador físico Anselmo Sbragia.
A decisão deve ser anunciada nesta segunda-feira (14) por Luiz Felipe
Scolari e pelo presidente da CBF José Maria Marin.
Contactada pela Reuters após a
notícia divulgada pela Globo, a CBF não confirmou a saída de Scolari.
O assessor de imprensa pessoal de Felipão, Acaz Fellegger, informou que
o treinador não havia recebido qualquer aviso da CBF sobre a decisão. Segundo
ele, Felipão passou o domingo em casa, onde assistiu à final da Copa do Mundo e
aguarda um contato da confederação para agendar a entrega do relatório da
comissão técnica sobre a participação do Brasil na Copa do Mundo.
A seleção brasileira terminou a Copa do Mundo com três vitórias, dois
empates e duas derrotas. Em sete partidas, foram 11 gols marcados e 14
sofridos.
Em sua segunda passagem pela Seleção, Felipão acumulou um retrospecto
de 55 jogos, com 38 vitórias, oito empates e oito derrotas.
Antes da demissão, Felipão por vários momentos defendeu seu trabalho no
comando da seleção brasileira e viu bons momentos na campanha - o time não
disputava a semifinal desde 2002 - e lamentou os momentos de pane na derrota por 7 a 1 diante da Alemanha.
"Não tivemos grandes atuações durante a competição, mas vivemos
momentos muito bons em alguns jogos. De qualquer forma, os objetivos estavam
sendo alcançados. Tivemos aqueles seis
minutos de apagão contra a Alemanha e sabemos disso", declarou.
Também dispensado, Parreira, chegou a dizer antes da Copa, que o Brasil
“estava com uma mão na taça”. “A visão é a mesma. Positiva. Otimista de quem
tem a cultura do pentacampeão. Nunca vi líder, comandante dizendo que vamos
para a guerra e vamos perdê-la. Era uma obrigação nossa ser otimista, positivo
e acreditar no nosso trabalho e na qualidade de nosso jogadores”, justificou-se
Parreira, quando da eliminação frente a Alemanha.
Em seguida, o Brasil perdeu para a Holanda por 3 a 0 na disputa do
terceiro lugar da Copa do Mundo, no jogo que acabou encerrando o segundo ciclo
de Scolari na seleção.
Copa do Mundo
abafa protestos, encurrala Fifa e deixa esperanças para 2016
Após atrasos e
superfaturamentos nas obras, o Mundial encerrado neste domingo superou as
expectativas
"Transcorreu em paz, com muita alegria e com toda a infraestrutura funcionando", definiu a presidente Dilma
Roussef, em uma de suas
entrevistas para analisar a realização da Copa do Mundo no Brasil. Se a preparação
foi sob uma enxurrada de críticas, o
decorrer da competição realmente surpreendeu. Após atrasos e superfaturamentos
nas obras, o Mundial encerrado neste domingo superou as expectativas.
O fator negativo de maior relevância, aliás, ficou relacionado à
entidade que mais criticou o país nos meses anteriores, e chegou a afirmar que
o Brasil poderia não ter sido a melhor escolha. Em uma operação denominada
"Jules Rimet", a Polícia Civil do Rio de Janeiro desvendou um esquema
ilegal de venda de ingressos, que envolve homens de muita proximidade à cúpula da Fifa.
De acordo com os responsáveis pela operação, a Match, empresa com direito exclusivo sobre venda de ingressos da
Fifa, aproveitava o privilégio para desviar entradas a um mercado paralelo.
Sendo assim, Mohamed Lamine Fofana tinha a função de distribuir os cobiçados
bilhetes a agências de turismo ou pessoas físicas, movimentando cerca de R$ 200 milhões.
Nome do filho
do vice da Fifa e mandatário da AFA aparece em ingresso com cambista
Após as primeiras investigações, indicando que a operação existe desde
2002, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu 12 pessoas, entre eles, Mohamed
Lamine Fofana e Raymond Whelan, CEO da Match que pagou R$ 5 mil de fiança para deixar a cadeia. O caso serviu para
endossar as suspeitas sobre a índole dos
mandatários da Fifa, já que a entidade também está envolvida em suspeitas de corrupção relacionadas à
escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2002.
O mandatário da entidade, no entanto, ainda tenta a gravidade das
descobertas. De acordo com Joseph Blatter, que também chegou a mostrar
preocupação com a realização da Copa no Brasil meses antes da abertura, tudo
foi ótimo. Já na reta final da o presidente da Fifa aproveitou para ‘cutucar’
os críticos, reforçando a confiança que tinha na parceria feita com o Governo
Federal.
"Quando você trabalha com parceiros como os governos, onde a base
é a confiança, é mais fácil. Ainda temos oito jogos pela frente, então, vamos
torcer para que sejam no mesmo padrão e atmosfera de até agora. Tudo está
ótimo, estádios estão magníficos. Posso dizer, indiscutivelmente, que é um
sucesso. Onde estão todos os problemas que falaram antes? Só tenho a agradecer
todo o povo brasileiro que aceitou a Copa", avaliou Joseph Blatter.
Com relação ao temor criado às vésperas do Mundial, os problemas do
país foram bem maquiados. Houve poucos relatos sobre atos de violência - uma
das exceções foi a morte de um jornalista argentino atingido por um carro
envolvido em perseguição policial. As manifestações também perderam força,
facilitando a mobilidade dos turistas que visitaram o Brasil nesta época.
A presença dos estrangeiros no Brasil foi uma das coisas mais positivas
deste Mundial. Pelas ruas das cidades-sede foi possível perceber uma relação
harmoniosa entre brasileiros e seus visitantes. Uma pesquisa prévia feita pela
empresa GMR Inteligência de Mercado a pedido da Secretaria de Turismo/Riotur,
divulgada na última sexta-feira, apontou que a hospitalidade no Rio de Janeiro
foi aprovada por 97,1% daqueles que visitaram a Cidade Maravilhosa.
São Paulo também foi palco desta integração amistosa. Desde os
primeiros dias da Copa do Mundo, era possível perceber que pessoas de
diferentes nacionalidades transitavam pela Avenida Paulista, um dos principais
cartões postais do município. Um balanço inicial realizado antes do último
final de semana indica que a cidade terá um retorno financeiro de R$ 1 bilhão,
sendo que o número de turistas ultrapassará 500 mil, sendo 200 mil
estrangeiros.
Os dados iniciais superam as expectativas anteriores ao Mundial, quando
o planejado era receber cerca de 70 mil turistas de outros países, para que a
Copa rendesse aproximadamente R$ 700 milhões. A ocupação de hotéis teve média
de 64%, subindo para 75% na véspera e em dias de jogos. "Os depoimentos
dos nossos visitantes falam muito sobre como eles foram bem recebidos, a
imprensa relatou diversos casos de solidariedade e do acolhimento dos paulistas
e paulistanos", disse a vice-prefeita Nádia Campeão.
O panorama surpreendentemente positivo ao final desta Copa ajuda a
projetar uma realização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, com
menos problemas do que era possível imaginar no primeiro semestre deste ano. O
sucesso serviu para animar o presidente do Comitê Olímpico Internacional,
Thomas Bach, que se reuniu com a presidenta Dilma Rousseff, em Brasília, para
falar sobre o evento.
Após o evento no Palácio do Planalto, o mandatário, mesmo com os
evidentes atrasos nas obras do Rio de Janeiro, usou o Mundial para passar uma
mensagem mais otimista. "O Brasil pode ficar muito orgulhoso da
organização da Copa do Mundo e temos certeza de que, durante os Jogos Olímpicos
de 2016, o mundo irá ver o que o Brasil representa: paixão e eficiência ao
mesmo tempo".
Os exemplares 30 dias, porém, podem ter chegado ao fim neste domingo.
Assim como no Pan-Americano de 2007, também realizado no Rio de Janeiro, tudo
funcionou muito bem ao longo do evento, mas os meses seguintes foram de
desleixo com as obras construídas, além do retorno de casos de violência e do
trânsito caótico. A esperança é de que os mesmos erros não sejam cometidos mais
uma vez.
* SELEÇÕES VENCEDORAS
DAS COPAS:
ANO
|
VENCEDORA
|
A DO BRASIL ONDE
FICOU
|
1930
|
URUGUAI
|
ELIMINADA NA 1a. FASE
|
1934
|
ITALIA
|
ELIMINADA NAS OITAVAS
|
1938
|
ITALIA
|
SEMI FINAL - 3o. LUGAR
|
1950
|
URUGUAI
|
FINAL - VICE-CAMPEÃ
|
1954
|
ALEMANHA
|
ELIMINADA NAS QUARTAS
|
1958
|
BRASIL
|
CAMPEÃ
|
1962
|
BRASIL
|
CAMPEÃ
|
1966
|
INGLATERRA
|
ELIMINADA NA 1a. FASE
|
1970
|
BRASIL
|
CAMPEÃ
|
1974
|
ALEMANHA
|
SEMI-FINAL - 4o. LUGAR
|
1978
|
ARGENTINA
|
SEMI-FINAL - 3o. LUGAR
|
1982
|
ITALIA
|
ELIMINADA NAS OITAVAS
|
1986
|
ARGENTINA
|
ELIMINADA NAS QUARTAS
|
1990
|
ALEMANHA
|
ELIMINADA NAS OITAVAS
|
1994
|
BRASIL
|
CAMPEÃ
|
1998
|
FRANÇA
|
FINAL - VICE-CAMPEÃ
|
2002
|
BRASIL
|
CAMPEÃ
|
2006
|
ITALIA
|
ELIMINADA NAS QUARTAS
|
2010
|
ESPANHA
|
ELIMINADA NAS QUARTAS
|
2014
|
ALEMANHA
|
SEMI FINAL - 4o. LUGAR
|
|
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