Projeto do Porto de Luis Correia
é inviável, dizem técnicos
Apesar de ter recursos
assegurados obra do Porto de Luis Correia (PI) permanece parada e agravada com
impasse de demanda judicial entre governo do estado e construtora. Pode ter até
desvio de verbas. Técnicos dizem que projeto do Porto de Luis Correia é
inviável. O problema tinha sido apontado por relatório de fiscalização feito
pelo Ministério Público Federal.
Informações divulgadas no Jornal
Diário do Povo desta segunda-feira (30/04) afirmam que o projeto do Porto de
Luís Correia é inviável, segundo técnico da Secretaria Nacional de Portos e do
Porto de Pecém, no Ceará. O projeto técnico tem erros. Segundo um dos técnicos,
mesmo concluído o porto, necessitaria de uma drenagem semanal para manter o
calado, permitindo atrais navios, além da variação de maré, que é alta em
relação aos outros portos brasileiros.
O problema tinha sido apontado
por relatório de fiscalização feito pelo Ministério Público Federal, que além
de erro no projeto técnico, ainda observou desvio de recursos públicos na obra.
O Governo Federal Informou que o
projeto técnico já foi refeito deve custar mais de R$ 450 milhões. No entanto,
existem pendências judiciais sobre valores já gastos nas obras e contratos que
já foram realizados.
Atualmente, as obras estão
paralisadas, devido a pendências judiciais com a construtora Staff Ltda. E
falta de recursos. A obra tem cerca de 80 anos com diversas paralisações.
Para garantir a conclusão das
obras do porto, o governador Wilson Martins (PSB) conseguiu incluir no PAC, em
março deste ano. Com isso, já foram assegurados R$ 290 milhões. Mas ainda existe
um entrave judicial para continuidade entre o governo e a construtora.
Edição: Jornal da Parnaíba com
informações do Jornal Diário do Povo e 180 graus
segunda-feira, abril 30, 2012
Postado por José Wilson
Albuquerque Santos às segunda-feira, abril 30, 2012
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24/05/2013 06h23 - Atualizado em
24/05/2013 09h35
Obra do 1º porto no Piauí se
arrasta há 37 anos e já custa R$ 390 milhões
Obra está parada em Luís Correia;
PI é único estado litorâneo sem terminal.
Em 2008, foram gastos R$ 10
milhões só para recuperar estrutura do cais.
O Piauí é o único estado
litorâneo brasileiro sem porto. O projeto de construção do primeiro terminal
marítimo começou nos anos 1960, e as obras foram iniciadas em 1976. Mas, após
37 anos, o Porto de Luís Correia é apenas um cais abandonado, de estrutura
deteriorada, onde repousam materiais e maquinários enferrujados. Em meio a
longas paralisações, falha no edital, rescisões contratuais, falta de estudos
de impacto ambiental, além de indícios de superfaturamento e pagamentos
indevidos, a iniciativa já custou mais de R$ 390 milhões aos cofres públicos.
A realidade do único porto do
Piauí – que ainda não existe – é justamente o cenário que a MP dos Portos quer
extinguir. O plano é estabelecer novos critérios para a exploração e
arrendamento para a iniciativa privada de terminais de movimentação de carga em
portos públicos, a fim de baixar os custos de logística e melhorar as condições
de competitividade da economia brasileira
O texto foi aprovado após 50
horas de discussão, com parlamentares varando a madrugada em uma das votações
mais desgastantes que o governo enfrentou no Congresso. Dilma tem até 5 de
junho para sancionar ou vetar parcial ou integralmente a proposta para retomada
dos investimentos nos portos.
As obras do Porto de Luís Correia
estão paradas pela segunda vez. Ao longo de 37 anos, os trabalhos ficaram
interrompidos por 24 anos – de 1986 a 2008 e de 2011 até agora. Segundo o
governo do Piauí, o porto está na lista de 14 portos marítimos com recursos
garantidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Já a Secretaria
de Portos, da Presidência da República, afirma que o projeto "está em vias
de aprovação no PAC". A obra continua sem prazo para conclusão.
Estado sem porto
A ausência de um porto e a falta
de investimentos em logística são consideradas os maiores gargalos para o
agronegócio no Piauí. A distância dos Tabuleiros Litorâneos, localizados em
Parnaíba (PI), para o Porto de Itaqui, no Maranhão, por exemplo, é de
aproximadamente 535 km. Boa parte da produção de frutas orgânicas como acerola,
caju, coco, melancia e goiaba é escoada pelo terminal. Já a distância para o
terminal de Pecém, no Ceará, passa de 450 km. Caso o terminal marítimo do Piauí
seja concluído, a distância até Luís Correia será de 18 km.
Diretora da indústria da
Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ivani Gonçalves reconhece que
a obra do Porto de Luís Correia é uma necessidade para o estado, que de 2009 a
2011 exportou cerca de R$ 183 milhões pelo Porto de Itaqui, em São Luís (MA), e
R$ 156 milhões pelo Porto de Pecém (CE). Boa parte da soja produzida na região
dos Cerrados teve de ser enviada ao Maranhão.
Os primeiros estudos para a
instalação do Porto de Luís Correia começaram na década de 1960, mas somente na
gestão do presidente Ernesto Geisel, em 1976, as obras da estrutura foram
efetivamente iniciadas. Em 1986, dez anos após o início da construção,
aconteceu a primeira paralisação, por insuficiência de recursos públicos,
segundo o Ministério Público Federal (MPF). Na ocasião, apenas o molhe, de três
quilômetros, havia sido concluído.
Em 2008, passados 22 anos de
suspensão das obras, Wellington Dias, governador do estado na época, anunciou a
retomada, com investimento de aproximadamente R$ 10 milhões só para recuperar
as antigas estruturas que foram prejudicadas pela ação do tempo.
Em visita ao Piauí, em 2009, o
ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, disse que desde a
década de 1970 cerca de R$ 390 milhões já haviam sido investidos no Porto e
destinou outros R$ 64 milhões para a conclusão da obra até dezembro de 2010. A
ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, atual presidente da República,
participou do encontro.
Em maio de 2011, um novo problema
paralisou as obras. A Secretaria Estadual de Transportes (Setrans) rescindiu o
contrato com o consórcio Staff de Construções e Dragagem Ltda./Paulo Brígido
Engenharia, responsável pela construção na época.
Procurado pelo G1, o secretário
da Setrans, Avelino Neiva, disse apenas que a rescisão unilateral aconteceu com
base em relatórios da Secretaria de Controle Interno da Presidência da
República (Ciset) e ainda por sugestão da Controladoria Geral do Estado. Entre
os motivos para a quebra do contrato está a expiração de prazos.
Sem querer dar mais detalhes
sobre o projeto, o secretário afirmou que os assuntos relacionados ao Porto de
Luís Correia estão entregues à Procuradoria Geral da República e à Polícia
Federal.
A Secretaria de Portos, por sua
vez, disse que "o estado do Piauí rescindiu unilateralmente o contrato de
construção da obra". Segundo a secretaria, os convênios do governo do
Estado com a pasta expiraram no dia 31 de dezembro de 2012 e não existiam mais
recursos no Orçamento Geral da União para a colaboração de novo instrumento.
Ainda de acordo com a secretaria, após a aprovação do novo projeto no PAC,
serão solicitados recursos adequados para firmar outro convênio.
O diretor da Staff, Heitor Gil,
disse ao G1 que havia dois contratos da obra. O primeiro, segundo ele, estava
de fato com o prazo expirado, mas já havia sido solicitada a prorrogação do
prazo antes mesmo de sua expiraçao. Ele afirmou que as obras estavam em estado
avançado. "No que tange ao segundo contrato, não havia prazo expirado. O
motivo do ato é falso, ensejando a sua nulidade", disse.
Heitor Gil disse ainda que o
parecer 004/2011, elaborado pela Controladoria Geral do Estado do Piauí, se
resume a descrever as constatações feitas pela Secretaria de Controle Interno
da Presidência da República e, nas conclusões, recomenda que a Secretaria
Estadual de Transportes adote algumas providências. "Em nenhuma das recomendações
consta a paralisação das obras ou/e rescisão do contrato de prestação de
serviços", disse Gil.
Procurada pelo G1, a
Controladoria-Geral da União (CGU) informou que não acompanha o caso do porto
no Piauí, que está a cargo, na parte de fiscalização, da Secretaria de Controle
Interno da Presidência da República (Ciset).
Investigação da PF
Com os trabalhos paralisados
desde 2011, a obra foi alvo de inquérito na Polícia Federal, a pedido do
Ministério Público Federal, para apurar indícios de irregularidades – entre
eles, superfaturamento na obra, pagamentos indevidos, falha no edital e falta
de estudos de impacto ambiental.
Imagens feitas no local em março
de 2013 mostram estruturas enferrujadas e outros materiais sendo destruídos
pela ação do tempo.
No dia 10 de maio deste ano, o
MPF ajuizou ação de improbidade administrativa contra ex-secretários de estado,
servidores e representantes do consórcio Staff visando o ressarcimento de cerca
de R$ 12 milhões aos cofres da União em razão dos prejuízos causados ao
patrimônio público por irregularidades praticadas nas duas etapas da construção
do porto.
A ação foi proposta pelos
procuradores da República Kelston Lages e Alexandre Assunção e tem como base
relatórios de auditoria produzidos pela da Secretaria de Controle Interno da
Presidência da República (Ciset) e laudos de engenharia e contábil elaborados
pela Polícia Federal.
"O relatório não faz
conclusões enfáticas sobre a ocorrência de fraudes e ilegalidades nos
procedimentos licitatórios, apenas recomenda que a Secretaria de Portos
aprofunde as investigações, já que, segundo a Controladoria, haveria indícios
de desvio de conduta", disse o diretor da Staff, Heitor Gil.
Irregularidades
A Ciset apontou falhas no
orçamento e indícios de sobrepreço; ausência de estudos de viabilidade técnica,
econômica e ambiental do empreendimento; contratação de etapa da obra sem
funcionalidade imediata; divergências entre o plano de trabalho e o contrato de
execução das obras e ausência de aprovação de projetos, editais, contratos e
aditivos; falhas na elaboração do projeto básico; participação do autor do
projeto na execução da obra; ausência de manifestação jurídica quanto às
minutas de editais e contratos.
A Polícia Federal constatou a
ausência de licença ambiental pelo órgão competente; deficiência no projeto
básico; restrição ao caráter competitivo dos editais; superfaturamentos;
transferência indevida de R$ 3 milhões da conta específica do convênio para a conta
única do Estado; serviços pagos e não executados e imprestabilidade dos
serviços executados.
Constam dos laudos da PF as
informações de que "o concreto executado compromete não apenas a
durabilidade da obra, como também a sua solidez, por não atender ao fim a que
se presta". O valor medido e pago, segundo a polícia, está 95,34% superior
ao valor dos serviços executados para preços referenciais.
O que é MP dos Portos
A medida provisória 595/2012, conhecida como MP dos Portos,
estabelece novos critérios para a exploração e arrendamento (por meio de
contratos de cessão para uso) para a iniciativa privada de terminais de
movimentação de carga em portos públicos.
Em outubro do ano passado, o
governo estadual anunciou a licitação para a terceira etapa da obra, com mais
R$ 150 milhões investidos para colocar em operação um Terminal de Granéis
Líquidos e Sólidos. Os recursos do PAC 2 para obras de dragagem, aprofundamento
e adequação da navegabilidade nos canais de acesso foram garantidos pelo
governo federal, segundo o governo do Piauí. As demais etapas para a conclusão
do Porto de Luís Correia são a construção do molhe (R$ 247 milhões) e dragagem
(R$ 51 milhões).
Segundo a Secretaria de Portos,
da Presidência da República, no entanto, o projeto "está em vias de
aprovação no PAC". O órgão disse que obras dessa natureza levam de dois a
três anos para serem construídas, dependendo do montante de recursos
disponibilizados.
Expectativas
Produtores têm expectativas
diversas acerca da construção do porto. Enquanto uns acreditam que ele possa
ajudar a escoar a produção do estado, outros não creem nem na conclusão da
obra.
Para o produtor Josenilton
Lacerda Vasconcellos, um dos pioneiros na fruticultura orgânica no Piauí, o
projeto do Porto de Luís Correia "caducou".
"Quando cheguei aqui, há 12
anos, já sabia do projeto do porto. Atualmente não creio na viabilidade e muito
menos na sua execução. Como não há política de atração de investimentos, as
indústrias e empreendimentos produtivos vão se consolidando em outros estados.
Vamos evoluir, no máximo, para fornecedores de matéria prima. Com a
Transnordestina voltada para os Portos de Pecém (CE) e Suape (PE), e a
desistência da Suzano, o projeto do porto fica totalmente inviabilizado”,
avalia Josenilton Lacerda.
Donizeti de Paulo Lima, produtor
no Tabuleiros Litorâneos em Parnaíba, diz que a conclusão do Porto de Luís
Correia pode viabilizar a exportação do que é produzido no estado. Há cinco
anos ele saiu de São Paulo para investir na produção de acerola e mamão no Piauí
e planeja ainda a criação de peixes visando o comércio exterior.
"Teríamos uma economia de
pelo menos 40%. Hoje dependemos do Porto de Pecém. Deixei de fechar um negócio
na França porque ficaria inviável alugar contêneirs no Ceará. Esta é uma obra
que viabilizaria as exportações. Estamos próximo à Europa e sem dúvida alguma
seria um grande salto para a economia do estado", avalia Donizeti.
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Obras do Porto de Luís Correia
estão paralisadas e sem previsão de serem retomadas no Piauí
Atualizada em 29/05/2012 - 08h14
A obras do Porto de Luís Correia,
no Piauí que seria uma alavanca para o desenvolvimento econômico do Estado,
atualmente encontra-se parada, sem data de conclusão de suas obras e com o
projeto atual em processo de desenvolvimento.
A falta de um planejamento com
estrutura confiável de conclusão das obras, um contrato que está vencido desde
2010 e um processo na Justiça Federal que investiga o desvio de R$ 6.000.000,00
(Seis Milhões de Reais ), que seria para aplicação na obra, levaram o Governo a
quebrar o contrato com a empresa responsável pelas obras do Porto de Luis
Correia, no inicio de 2012.
O Porto que tem mais de 80 anos
de existência teve o seu projeto de reforma retomado em julho de 2009, com o
então governador do Estado, Wellington Dias (PT). A previsão inicial para a
finalização da obra era para dezembro de 2010, prazo que não se cumpriu.
A base de investimento total no
Porto de Luís Correia é de cerca de R$ 53 milhões, podendo chegar a um valor
bem maior devido às várias paralisações da obra, que vêm representando um
grande desperdício de dinheiro público.
Em 2011, o atual governador
Wilson Martins (PSB) afirmou que a conclusão do Porto de Luís Correia era uma
das suas prioridades. Sendo estabelecido um novo prazo para junho de 2011,
porem a instauração de inquérito policial para apurar desvio de recursos
públicos federais da obras de conclusão do Porto realizada pelo Ministério
Público Federal adiou o andamento da obra mais uma vez.
Houve uma fiscalização nas obras
entre 9 a 13 de agosto de 2011, constando no relatório de fiscalização,
prejuízos que ultrapassam R$ 6,5 milhões.
Em 2012, as obras do porto foram
incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com recursos na ordem
de R$ 290 milhões garantidos, segundo o governador Wilson Martins.
Para alguns parlamentares a obra
está sendo tratada de forma errada. Segundo o deputado estadual Firmino Filho
(PSDB), não existe um plano diretório para o Porto. “Esta não é uma obra
turística, o Porto não é para ser visto, é para o transporte de mercadorias,
nós não sabemos nem o que queremos transportar ainda. O Porto é uma obra
importante e está sendo tratada de forma amadora e fechada, aléia ao
conhecimento público”.
Governo sobre o assunto
Segundo a assessoria de imprensa
da Secretária de Transportes do Piauí, que é responsável pelo Porto, as obras
no momento estão totalmente paradas. O projeto executivo geral, que não existia
está sendo feito, para só então, ser feito um novo processo licitatório para
uma nova construtora assumir as obras. Assim, não se tem uma previsão de data
de quando as obras serão retomadas e nem muito menos da conclusão do Porto de
Luís Correia.
Fonte: Yara Pinho/ Edição Dani Sá
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Procuradores pedem devolução de
12 milhões de obra do Porto de Luiz Correia
SÁBADO, 11 DE MAIO DE 2013
Relatórios apontam que obra
estaria "imprestável". Problema foi destaque da Revista Cidade Verde
no final de abril.
O Ministério Público Federal no
Piauí anunciou na tarde desta sexta-feira (10) que ajuizou ação para ressarcir
os cofres públicos em R$ 12 milhões, por conta de supostas irregularidades nas
obras do porto de Luís Correia (PI). Os procuradores pediram que a Justiça
conceda liminar para tornar indisponíveis os bens de 12 pessoas que estariam
envolvidas no caso, entre ex-secretários, servidores públicos e executores do
projeto.
A paralisação das obras e a
promessa de retomada com uma nova licitação foram destaques de capa da Revista
Cidade Verde na segunda quinzena de abril. A reportagem mostrou o sonho de mais
de 100 anos pela obra, os novos projetos e a paralisação dos trabalhos, em
função do rompimento do contrato pelo Estado com as empresas executoras.
A ação do MPF foi movida pelos
procuradores da República Kelston Lages e Alexandre Assunção. Eles usam como
base relatórios da Secretaria de Controle Interno da Presidência da República
(CISET) e laudos de engenharia contábil elaborados pela Polícia Federal.
Os dados da CISET também foram
usados pela Secretaria Estadual de Transportes para romper o contrato com o
consórcio Staff-Paulo Brígido, responsável pela obra e que contestou o laudo da
Secretaria de Controle Interno na época de sua divulgação.
Segundo o MPF, as empresas
chegaram a receber R$ 11.553.525,59 dos R$ 16 milhões repassados ao Estado pelo
Governo Federal.
As acusações
Os relatórios da CISET e Polícia
Federal apontaram vários indícios de irregularidades, mas ambos constataram
falhas na elaboração do projeto básico e ausência de licença ambiental.
Os problemas também envolveriam
possíveis superfaturamentos, transferências indevidas e, segundo o MPF, a
"imprestabilidade dos serviços executados". Ou seja, o trabalho feito
não teria mais serventia.
De acordo com o laudo da PF, “o
concreto executado compromete não apenas a durabilidade da obra, como também a
sua solidez, por não atender ao fim a que se presta”.
Kléber Nogueira
Liminar
A liminar pedida pelo MPF quer
que os bens de 12 pessoas se tornem indisponíveis, sendo três ex-secretários
estaduais de Transporte, os representantes do consórcio que executava a obra, o
secretário estadual de Fazenda, dois engenheiros fiscais da Setrans, dois
ex-presidentes da comissão de licitação, um diretor da Secretaria Especial dos
Portos e um servidor público estadual.
A denúncia completa está no site
do MPF/PI no link
http://www.prpi.mpf.gov.br/internet/noticias/10-05-2013-porto-de-luis-correia-mpf-quer-o-ressarcimento-de-r-12-mi-aos-cofres-publicos
Além disso, foi solicitado o
aprofundamento das investigações policiais para apurar se houve
responsabilidade criminal dos envolvidos, para que outras providências sejam
adotadas.
Fábio Lima
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Será que agora sai? - 22/04/2013
às 10h09
Ministro dos Portos garante
conclusão da obra do Porto de Luís Correia no PI
O ministro dos Portos,Leônidas
Cristino, garantiu a liberação de R$ 180 milhões para a obra
O líder da bancada piauiense no
Congresso Nacional, deputado federal Jesus Rodrigues (PT), garantiu que as
obras do Porto de Luís Correia serão retomadas até o final do ano. Segundo ele,
o processo licitatório para a conclusão da obra deve ser iniciado até o próximo
mês de maio.
Jesus afirma que o ministro dos
Portos, Leônidas Cristino, garantiu recursos no valor de R$ 180 milhões para a
obra. “Essa é uma das reivindicações mais atingas da sociedade piauienses. Há
mais de 50 anos esperamos a conclusão do Porto de Luís Correia. O
desenvolvimento do Piauí depende disso”, declarou.
O deputado explicou que para a
obra, R$ 120 milhões serão repassados por parte do governo federal e estadual.
O valor restante está garantido pelo Ministério dos Transportes. “A obra irá
facilitar o escoamento da nossa produção garantindo o aumento da produção
piauiense”, disse.
Segundo o parlamentar, o estado
espera apenas a provação da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para
encaminhar o processo de licitação. Jesus Rodrigues ressaltou as vantagens do
porto para a economia do país, principalmente com o transporte de cabotagem.
"São inúmeras as possibilidades e áreas em que o Porto de Luiz Correia se
faz positivo, inclusive no crescimento do turismo", ressaltou
Publicado Por: Lídia Brito
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Obras do Porto de Luís Correia
seguem paralisadas no Piauí
Com mais de 80 anos de existência
e diversas paralisações, o Porto de Luís Correia, no litoral do Estado,
continua um sonho a ser concretizado e sua conclusão hoje é motivo de questionamentos.
Em julho de 2009, quando o então
governador do Estado, Wellington Dias (PT), determinou o início das obras do
Porto de Luís Correia, disse que a perspectiva para a finalização da obra seria
ainda no governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2010.
Com uma base de investimento
total de R$ 53 milhões, o Porto de Luís Correia virou uma espécie de miragem.
Pensada e prometida há anos, a obra seria um facilitador de investimentos ao
Estado, uma porta para entrada e saída de mercadorias. Em 2011, o atual
governador Wilson Martins (PSB) revelou que tem como prioridade projetos de
infraestrutura. Um dos focos seria a conclusão do Porto de Luís Correia. O
chefe do Executivo Estadual garantiu que a obra ficaria pronta até o final do ano
passado e que já "teria um navio atracando" na região.
Porém, apesar da garantia, em
junho de 2011, o Ministério Público Federal requisitou a instauração de
inquérito policial para apurar desvio de recursos públicos federais da obras de
conclusão do Porto. Algumas irregularidades foram apontadas, como: falta de
estudo da viabilidade técnica, econômica e ambiental do empreendimento; falhas
na elaboração de projetos; indícios de sobrepreço; vínculo entre o autor do
projeto e o executor das obras; falhas nos reajustes dos contratos, entre
outros. Houve uma fiscalização nas obras entre 9 a 13 de agosto de 2011,
constando no relatório de fiscalização, prejuízos que ultrapassam R$ 6,5
milhões.
Já em março de 2012, o governador
Wilson Martins assegurou que as obras do porto foram incluídas no Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), tendo sido assegurado recursos na ordem de R$
290 milhões.
Atualmente, a promessa feita pelo
governador de ter um navio atracado no Porto de Luís Correia volta a ficar à
deriva. Novamente, a obra entra em mais uma batalha judicial, desta vez é entre
construtora e governo do Estado. O impasse aconteceu porque o governo fez um
levantamento sobre o que já foi feito na obra e o que ainda falta para o
término. Porém, a construtora teria perdido o prazo e ainda estaria a dever 160
milhões de reais ao estado.
Surpreso com tal situação, o dono
da construtora, Heitor Gil, pediu uma auditoria federal e obteve outro
resultado. Devido a isso, o Estado rejeitou a empresa de Heitor Gil para tocar
a obra. Um levantamento feito por técnicos do Estado apontou que, antes, a obra
precisaria de R$ 75 milhões para ser concluída. Agora, o valor subiu para R$
300 milhões.
Fonte: O Dia
Edição e foto: Proparnaiba.com
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Em Maricá o Porto de Jaconé,
desgovernos dos redutos PeTistas e PeMeDeBistas do Rio de Janeiro, onde
atualmente muitos metem a mão e querem até meter o pezão, também vai virar
novela, pois manipularam o PDU (Plano de Desenvolvimento Urbano) do Município
com artimanhas nas audiências públicas, que contam com a passividade do MPE
(Ministério Público Estadual), na Câmara Municipal sempre cotam com a maioria dos
vereadores que chega até as raias da unanimidade/passividade/conchavo, e por
agredir o meio ambiente e destruir a melhor praia da região pois esta
localização é a única prova de que em tempos remotos os continentes
sulamericano e africano foram um só. Não
há sequer estradas para dar apoio a execução das obras de instalação e
construção do porto e menos ainda se daqui há dez, vinte ou trinta anos
conseguirem terminar parte do projeto. Diferentemente do problema de calado no
porto de Luiz Correia no Piauí, em Maricá há profundidade suficiente, mas o
diferencial das marés e correntezas obrigarão a gastos enormes com enrocamentos
e o tempo de obra aumentará o suficiente para levar mais tempo do que nossos
irmãos do Piauí. Vergonha nacional! Gastos desnecessários! A Petrobrás se omite
em dizer a verdade, e o Comperj é a desculpa dos politiqueiros de plantão.
Vejam o atraso em que se encontra o Comperj. Quem lembra das promessas dos
políticos? O que vai ser o Comperj? Pelo visto um dia será apenas uma grande
fornecedora de matéria prima para as indústrias de plásticos e nada mais.
Plásticos cuja a maior parte está sendo condenada pelo uso indiscriminado com
efeitos sobre o ser humano e a natureza e no momento em que se repensa a
incentivar o uso do vidro que é reciclável e retornável. O Estado do Rio de
Janeiro sempre remou contra a maré, nunca soube empregar os royalties recebidos,
nunca conseguiu despolir a baía de Guanabara, a sua Cedae não dá conta da água
e do tratamento dos esgotos e nunca concluiu um emissário que funcionasse
plenamente. É um Estado poluidor, destruidor de restingas, finge que trabalha
em prol do meio ambiente. Reforma política, reforma partidária, e reforma
eleitoral, já!
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