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quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Os 3 Reis Magos de Lulla


Os 3 Reis Magos de Lulla

*Raymundo Araujo Filho

Tenho escrito muito sobre a postura, ao meu ver, extremamente condescendente de Leonardo Boff, Frei Beto e João Pedro Stédile, em relação ao presidente Lulla.

E o maior reflexo disso foi a campanha pela reeleição do presidente traidor, com direito a cartas aos fiéis e palavras de ordem à militância que beiraram a desinformação política, quando não mentiras deslavadas, a favor de Lulla.

Esta época de Natal e Passagem de Ano nos suscita imagens e pensamentos, que nos assaltam à nossa revelia.

Vi na televisão o suposto lugar do nascimento de Jesus, local hoje totalmente repaginado, como se algum decorador de peruas, tipo Chicô Gouveia tivesse preparado o lugar para a visitação dos fiéis. Em um lugar luxuoso, foi transformado o suposto local do nascimento de Jesus.

Também, em conversa com um amigo meu, ouvi dele que achava estranho como as personalidades com abordagens tão diferentes, são tão unidas politicamente, como são Boff (com sua teologia filosófica), o Frei Beto (com a sua inserção política) e Stédile (com o seu ativismo). Referia-se ao amigo à presença dos três, na liderança do Movimento Fé e Política e de amplos movimentos sociais do Brasil.

Pois bem, outro dia tive um sonho, destes bem reais, que passo a compartilhar com vocês.

O cenário era a atual configuração da manjedoura onde supostamente teria nascido Jesus. E ela estava ocupada por, pasmem, o presidente Lulla, mas vestido de imperador romano, com direito a uvas na boca e eunuco a lhe abanar.

Ao lado, estava a D. Marisa enrolada em uma bandeira italiana, talvez aludindo a sua coragem de, em pleno exercício de Primeira Dama do Brasil, ter solicitado a cidadania italiana, quando lá esteve, às expensas do Governo Brasileiro.

Havia um certo ar de “black Tie” no ambiente. Assessores, empresários, banqueiros e lobistas de todo o tipo, transitavam na dependência com grande desenvoltura. A Champagne rolava solta. Muitas borbulhas e alegria.

Lulla, entre o sorridente e o impaciente, a toda hora perguntava pelos 3 reis Magos, que segundo ele, não podiam faltar a esta comemoração. Afinal era um pobre filho de Deus que renascia para o Poder.

A certa hora, já havia uma romaria de famélicos à volta do ambiente. De longe se ouviam os gritos: “Lulla é meu amigo, mecheu com ele, mecheu comigo”. Muitos vestiam uma camisa com a seguinte estamparia: “100% Lulla”.

Na porta, um representante da Igreja Católica, vestido como um ministro (era a cara do Patrus Ananias), fazia as inscrições para uma esmola mensal, em troca de manifestações de apoio ao presidente.

E este, todo sorridente a se banhar em vinho e a comer uvas, na manjedoura, a esta altura, de Ouro. Ou pelo menos folheada.

Eis que soam as trombetas! Ao longe via-se a chegada triunfal de 3 camelos, carregando os 3 Reis Magos que, afinal, não poderiam faltar à festa.

E, estupefato fiquei em meu sonho, quando identifiquei-os como sendo Boff, Frei Beto e Stédile. todos vestidos à caráter, com direito a roupas muito bem ornamentadas.

Passaram pela multidão de famélicos sendo aplaudidos e honrados. Alguns bradavam a esmo suas foices e enxadas. Talvez sem saber mais o que fazer delas. Eram amados e cegamente seguidos, pela massa de despossuídos.

Entreouvi alguns dizeres dos 3 reis Magos. Diziam para a turba: “Desta vez ele não nos decepcionará”. Ou “Vamos defendê-lo com a própria vida, nas ruas”, dizia o Stédile. E “Ele que não dê ouvidos aos esquerdistas”, dizia o Mago Frei Beto. E todos diziam juntos, como uma ladainha, na oração:

Ele não vai privatizar nada

Ele não vai fazer a Transposição do Rio São Francisco

Ele vai diminuir o Superávite Primário

Ele vai redistribuir a renda do País

Ele vai cuidar do meio ambiente

Ficava até bonito.

Aí, cessaram todos os burburinhos, pois os 3 Reis Magos, finalmente, chegam à porta da manjedoura, a esta altura Lullista, toda enfeitada com sua fisionomia e, pasmem novamente, estrelas vermelhas, mandadas confeccionar por D. Marisa, a esta altura já muito parecida com Dona Maria, a Louca.

Após um breve sinal com o dedo indicador, eis que se aproximam os três, da manjedoura onde estava o presidente Lulla, estranhamente envolvido em uma fraudona, toda manchada de vinho tinto, ou sangue. Não vi bem.

E ele, o presidente, já meio de porre, mas afável pergunta: “O que os meus fiéis 3 Reis magos me trouxeram de oferenda?

Após um breve momento, um deles, o Rei Mago Boff, lhe entrega um abaixo assinado que Lulla, imediatamente entrega para um assessor, seu secretário, aliás membro da confraria religiosa dos 3 Reis Magos, o Movimento Fé e Política. Dizem que estava envolvido no caso do assassinato do Celso Daniel.

O abaixo assinado logo some nas mãos desdenhosas de assessores.

E Lulla, já um pouco irritado pergunta, novamente: “ O que vocês me trouxeram?

O Rei Mago Boff se aproxima e diz: - Como sabes, atuo do ponto de vista da filosofia, tentando despertar nas pessoas a tolerância e a compaixão com os erros e traições alheias. Sou reconhecido mundialmente por isso. Reivindicar, sem ameaçar. Por isso, vos trouxe nesta caixa que aqui trago, o cérebro anestesiado daquele povo que o ama, e nada cobrará de ti, pois os imbuímos de eterna e pacífica tolerância”. E sai de cena.

O Rei Mago Frei Beto, então, aproxima-se e, com um discurso muito bem engendrado, juntava Marx a Jesus, dizendo que um não pode prescindir do outro. E pedindo para Lulla interceder junto ao Papa para não maldizer a Teologia da Libertação, entrega ao Lulla sua caixinha de regalos, dizendo que contém a domesticação política do Povo de Deus, na materialização de um corpo totalmente desfigurado. “Eles até te criticam, às vezes, mas estão conscientizados por nós, que tu, ó Grande Lulla, és o enviado de Deus”.

Então, adentra o terceiro Rei Mago, o Stédile, que, rompendo o protocolo dá um puta abraço em Lulla e bebe de sua taça de Champagne. E ainda cumprimenta D. Marisa a chamando de “Cumadre”.

E, solenemente diz: - Amigo Lulla. Hoje é dia de festa e regogizo. Não vim para exigir nem cobrar nada. Afinal tu não tens culpa de nada. Os culpados são as “Forças internacionais do mal” que te obrigam a fazer o que eles querem. Por isso, e respeitando as suas limitações, trouxe de presente, nesta singela caixinha um apanhado de mãos de lavradores, agora já serventia. A alma de muitas crianças, inclusive indígenas, mortas de fome. Trouxe também um pouco de sangue de gente assassinada por defender um sonho que já tiveram contigo. E trouxe também o compromisso de não deixar a revolta crescer, desde que as verbas não licitadas continuem a vir para a direção de nosso MST, e que o Bolsa Família atinja mais e mais assentados, afinal, desocupados e sem a Reforma Agrária.”

Aí eu acordei. Todo suado!

*Raymundo Araujo Filho é médico veterinário homeopata e consultor agropecuário. raymundoaraujobr@yahoo.com.br

artigo‏ - De: tribunaonline@googlegroups.com em nome de raymundo araujo (raymundoaraujobr@yahoo.com.br) Enviada: quinta-feira, 3 de janeiro de 2008 22:56:41

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