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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

UM PARTIDO QUE ERA LIMPO - VIVALDO BARBOSA


Um partido que era limpo

Vivaldo Barbosa

O PDT e o trabalhismo sempre cultuaram valores éticos e patrióticos ao longo de sua trajetória. O trabalhismo e o nacionalismo, marcas do PDT, ligam-se à Revolução de 1930 e esta, por sua vez, liga-se aos republicanos positivistas que fizeram a República no Brasil. Na história, a nação brasileira sempre reverenciou esses movimentos políticos e deu-lhes um lugar especial em nossa formação. O presidente Getúlio Vargas esteve no poder por quase 20 anos, enfrentou polêmicas e campanhas terríveis, mas nunca recebeu qualquer acusação de práticas de atos irregulares ou de corrupção, nunca se enriqueceu na vida pública. Aliás, sua família era de posses medianas. O presidente João Goulart foi deposto, os militares devassaram sua vida e não apontaram qualquer fato que o desabonasse.

Leonel Brizola igualmente teve sua vida devassada pelos militares e nada levantaram contra ele. Entrou em inúmeras polêmicas, fez diversos adversários e até inimigos. Mas até seus adversários e inimigos, por mais que fizessem críticas à sua ação política, sempre lhe devotaram respeito e sempre admiraram sua seriedade e lisura no trato da vida pública. Foi três vezes governador de estado, prefeito, secretário de estado, deputado, não se enriqueceu na vida pública. Ao contrário, o patrimônio revelado no inventário do casal, quando da morte da admirável d. Neuza Goulart Brizola, era de um terço do patrimônio que desfrutavam quando do casamento, decorrente de herança da d. Neuza.

Brizola nos legou um partido limpo e imorredouras lições de boas práticas políticas e republicanas.

Agora, todos nós nos entristecemos diante dessas notícias que envolvem diversas irregularidades no Ministério do Trabalho, onde se apontam ligações com o PDT. Nunca houve isto na história do PDT e do trabalhismo sadio.

Esta situação que envolve o Ministério do Trabalho veio nos esclarecer por que a direção do PDT procurou desorganizar e desestruturar o partido. Vejamos o quadro em que nos encontramos: nos últimos seis anos, o Diretório Nacional reuniu-se apenas duas vezes: para aprovar o apoio e participação no governo Lula e para dizer que queria continuar no Ministério do Trabalho no governo Dilma. O partido somente dispõe de 9 diretórios estaduais, o mínimo necessário para sua existência legal. Nos demais estados, adota comissões provisórias por 90 dias, sempre renovadas através dos anos, tornando os dirigentes locais dependentes da direção nacional. O mesmo procedimento adota em todos os estados em relação aos municípios. No Rio de Janeiro, por exemplo, existiam apenas 6 diretórios municipais até pouco tempo, nos demais municípios, comissões provisórias, em muitos nem isto, o partido está sem existência legal. O Conselho Político foi dissolvido. O movimento sindical foi dissolvido. O PDT é responsável pelo Ministério do Trabalho e extinguiu seu movimento sindical, que existia desde a criação do partido!

Por que desestruturar e desorganizar tanto assim o PDT? Agora, está ficando claro: o partido organizado, com seus departamentos funcionando, seus quadros e militantes atuantes, pressionaria e procuraria influenciar as ações políticas e administrativas do ministério. Mantendo o partido desorganizado, o ministério ficaria livre da influência dos quadros e militantes partidários. O ministro poderia tocar o ministério como lhe aprouvesse, valendo-se de pessoas de seu círculo pessoal e não dos quadros partidários já testados na luta política, que certamente o partido funcionando regularmente lhe imporia.

Há uma outra questão: há uma grande distorção ao envolver o Ministério do Trabalho com formação de mão de obra. A razão de ser e o destino do Ministério do Trabalho é trabalhar as relações de emprego no país, aperfeiçoá-las e, acima de tudo, procurar avançar nos direitos dos trabalhadores. A formação de mão de obra deve ficar a cargo do sistema educacional do país. São as universidades e os grandes colégios que deveriam cuidar da formação de mão de obra, utilizando os espaços e horários ociosos, pois diz respeito ao sistema escolar. Aliás, são as deficiências do sistema educacional que geram a necessidade de formação suplementar das pessoas para o mercado de trabalho. A fiscalização do funcionamento dos cursos ficaria a cargo do Ministério da Educação e das secretarias estaduais e municipais de Educação, que já estão aparelhadas para isto.

Por outro lado, utilizar-se-iam os serviços e os servidores públicos, e mesmo as instituições particulares, mas que são dedicadas ao ensino, e não as ONGs, muitas delas organizadas de forma precária, não habilitadas para a missão. Evitar-se-ia esse cenário de verbas pra cá, verbas pra lá, ONGs pra cá, ONGs pra lá.

Vivaldo Barbosa é advogado e foi deputado federal pelo PDT do Rio.
sábado, 12 de novembro de 2011

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Dissidentes do PDT divulgam nota sobre escândalo no Ministério do Trabalho

Jornal do BrasilJorge Lourenço

O Movimento de Resistência Leonel Brizola (MRLB), composto por membros do PDT insatisfeitos com os atuais rumos do partido, divulgou uma nota na qual lamenta as denúncias de corrupção no Ministério do Trabalho. O responsável pela pasta é o presidente da sigla, Carlos Lupi.

Brizola se revira no túmulo

O MRLB, que defende um PDT mais ligado aos ideais brizolistas, pede aos integrantes do partido que "manifestem seu repúdio a este quadro que enxovalha nossa imagem e desmerece nossa história" e lembram que Brizola deixou como herança um "partido limpo", sem manchas de corrupção.

Todos contra Lupi

O MRLB evidencia a forte crise interna vivida pelo PDT. Seus membros são opositores ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que é acusado de ter transformado a legenda num "partido de aluguel". O deputado estadual Paulo Ramos (PDT-RJ) e os ex-deputados federais Vivaldo Barbosa (PDT-RJ) e José Maurício (PDT-RJ) são alguns dos líderes do movimento. Os três fazem parte da velha guarda do partido.

Íntegra da nota

O Movimento de Resistência Leonel Brizola (MRLB) expressa sua profunda indignação com as notícias que revelam fatos desabonadores no âmbito do Ministério do Trabalho, que procuram atingir o Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Brizola nos legou um partido limpo. É entristecedor ver a revelação de fatos que desabonam a trajetória de um partido político que sempre cultivou o trabalhismo e o nacionalismo como instrumento das lutas do povo brasileiro.

Nós, do MRLB, conclamamos todos os pedetistas, em especial nossos parlamentares no Congresso Nacional, nas Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores, nossos Prefeitos e Vice-Prefeitos, que sempre cultuaram valores éticos e patrióticos, que manifestem seu repúdio a este quadro que enxovalha nossa imagem e desmerece nossa história.

Para o resguardo do bom nome do nosso partido, estamos encarecendo ao Procurador Geral da República e ao Controlador geral da União que tomem as medidas necessárias à apuração dos fatos apontados, para esclarecer à nação que o PDT, como instituição política a serviço do povo brasileiro, nada tem a ver com tais irregularidades.
http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2011/11/07/dissidentes-do-pdt-divulgam-nota-sobre-escandalo-no-ministerio-do-trabalho/
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CRISE NO TRABALHO » Pedetistas contra Lupi

Ex-deputados federais históricos do PDT pedem que a Procuradoria-Geral da República investigue irregularidades na pasta

Correioweb

Três pedetistas históricosVivaldo Barbosa (RJ), José Maurício (RJ) e Fernando Bandeira (RJ) — protocolaram ontem na Procuradoria-Geral da República e na Controladoria-Geral da União novos pedidos para que sejam investigadas as acusações de irregularidades no Ministério do Trabalho. Os três são integrantes do movimento Resistência Leonel Brizola e criticam duramente o ministro Carlos Lupi, a quem acusam de destruir o partido para atender os próprios interesses. “Essas denúncias que envergonham o PDT foram praticadas por pessoas ligadas ao ministro”, acusou o ex-deputado federal Vivaldo Barbosa.

A ação dos três pedetistas engrossa a lista de insatisfeitos no partido contra o envolvimento do partido nas supostas irregularidades praticadas no Ministério do Trabalho. Na terça-feira, os deputados Miro Teixeira (RJ), Reguffe (DF) e o senador Pedro Taques (MT) pediram que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresente uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal para apurar o caso.

Vivaldo, José Maurício e Fernando Bandeira acusam o ministro de desorganizar o partido para atender os próprios interesses e de alguns de seus amigos, como a Força Sindical, comandada pelo deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SP). “Eu era presidente do Movimento Sindical do PDT, que não existe mais”, reclamou Fernando Bandeira.

Eles afirmam que o partido perdeu a democracia interna, marca registrada do brizolismo. A legenda tem apenas nove diretórios estaduais eleitos — número mínimo para assegurar o funcionamento partidário. Nas demais unidades da Federação, só existem comissões provisórias, ligadas a Lupi. No Rio de Janeiro, estado onde a memória de Brizola ainda é cultuada — mais até do que no Rio Grande do Sul, terra natal do pedetista —, são apenas seis diretórios eleitos em um total de 92 municípios.

Para Bandeira, o PDT transformou-se em uma legenda de aluguel, que não discute nada internamente. “O diretório nacional reuniu-se apenas duas vezes nos últimos seis anos. O Conselho Político foi simplesmente desativado”, criticou Vivaldo.

Existe um temor entre os pedetistas dissidentes de perseguições internas por conta dos ataques desferidos a Carlos Lupi. Segundo esses políticos, praticamente 80% da máquina partidária estão nas mãos do ministro do Trabalho. O desejo de poder é tanto que ele resistiu a abrir mão da presidência da legenda, mesmo sendo ministro, o que é proibido pelo Código de Ética da Presidência. Ele foi repreendido pela Comissão de Ética Pública. O atual presidente interino é André Figueiredo, deputado pelo Ceará.

Estratégia de divulgação
Os assessores diretos do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, decidiram divulgar no Blog do Trabalho — hospedado no site do ministério — todas as apurações dos jornalistas sobre as irregularidades detectadas na pasta. Desde o início da noite de ontem, os assessores divulgam as perguntas enviadas pelos jornalistas — para reportagens que só seriam veiculadas no dia seguinte — e as respostas do ministério. O blog traz todas as apurações e perguntas dos repórteres, violando o sigilo do trabalho jornalístico necessário antes da publicação. A decisão foi tomada pelo próprio ministro, conforme o comunicado divulgado no blog. Já estavam no ar ontem as apurações e perguntas do Correio, da Folha de S. Paulo, do Estado de S. Paulo e da rádio CBN.
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13/11/2011
às 20:44 \ Direto ao Ponto
Celso Arnaldo e a conversa fiada do pavio curto: ‘Toda essa macheza de Dilma não impede a roubalheira no primeiro escalão’

CELSO ARNALDO ARAÚJO

Ficamos sabendo pela própria Folha, semana passada, que a presidente Dilma Rousseff ─ mais implacável, competente e inovadora que Steve Jobs, embora não domine os rudimentos de sua própria língua – tem um prazer todo especial em “espancar” projetos que não param de pé, fulminados pela saraivada de perguntas certeiras da douta gerente que sabe tudo de tudo.

Devem ser projetos com a configuração anatômica do boneco João Bobo, porque, aprovados por ela depois dessa sessão UFC/MMA, estão todos aí, se arrastando, silenciosos como fantasmas sem correntes nos pés, a exemplo das fabulosas 6 mil creches prometidas para seu mandato, nas quais as crianças entrariam subnutridas e sem rumo, saindo dois anos depois rebatizadas como Eike Batista Jr. ou Lily Safra da Silva.

Agora, na Folha deste domingo, tropeça-se de novo no velho projeto de conversa fiada que não apenas não para de pé como, invertendo os papéis, espanca furiosamente o que hoje se sabe, de verdade, sobre a presidente Dilma. As páginas A16 e A17 dessa edição merecem um lugar na história das grandes mistificações, em galeria de honra onde estão, por exemplo, Os Protocolos dos Sábios de Sião. Mas Os Protocolos da Sábia Dilma não trazem revelação alguma.

Ao contrário: apenas conspiram, de maneira mais agressiva e orquestrada, a favor de uma velha mentira – a existência de uma presidente que, por trás da casca grossa e da deselegância no trato pessoal, abriga a mais competente administradora da história do Brasil, a presidente que leu mais do que o professor Fernando Henrique, conhece mais de canteiro de obra que o peão Lula, é impaciente com o malprovado, implacável com o malfeito e intransigente com o maldito.

As grosserias atribuídas a ela, na matéria da Folha deste domingo, por conta de um “pavio curto” que seria apenas a ponta mais visível de uma colossal competência, soam apenas como falas da impagável imitação proibida para menores feita para o site Kibeloco pelo humorista mineiro Gustavo Mendes – que aliás, segundo o jornal, a imitada acha muito engraçado, talvez pela fidelidade. Levadas a sério, não passam de bravatas de uma presidente incapaz de encadear um raciocínio.

LINGUAGEM BERLUSCONIANA
Vejamos. Relata a Folha que, comandando uma reunião interministerial para discutir medidas de apoio a dependentes químicos, enfureceu-se com um funcionário da Saúde que sugeriu uma sigla para identificar a nova política do governo:

“O quê? Você está me sugerindo mais uma sigla?”, explodiu a presidenta que conhece cada escaninho do governo. “Você sabe quantas siglas tem no Ministério da Saúde?” – e, ainda segundo a Folha, se pôs a enumerar várias delas. Citou uma, em particular – uma tal CAP-AD, Centro de Atenção Psicossocial Antidrogas. E, neste momento, deu uma mostra do tipo de linguagem berlusconiana que costuma empregar no Palácio e que não repetiria nem diante do apresentador Ratinho:

─ Você sabia que os CAPs-AD fecham às 18 horas? Você chega para o drogado e fala: “Drogado, são 18 horas. Tchau, drogado, volta amanhã”.

Espere: os tais CAPs-AD, e as demais siglas que não funcionam, pertencem ao governo Dilma ou Chávez? Não é ela que manda e desmanda? Se ela já sabia desse horário de repartição pública ao dar a bronca, por que não mandou estender o atendimento? Depois dessa rotunda falta de sensibilidade presidencial ao se referir ao dependente, os CAPs passaram a atender 24 horas? Hoje, quando um dependente liga pedindo ajuda, a atendente pergunta “boa noite, drogado, em que posso ajudá-lo?”. Ou o tal funcionário que propôs nova sigla saiu da reunião chorando e tudo ficou por isso mesmo? Quer apostar?

O raciocínio pode ser estendido a todas as situações “pavio curto” relatadas na matéria. A grosseria funcionou? As coisas andaram? Nenhuma palavra. O day after da bronca não interessa à Folha nem aos que alimentam ou se deixam levar pela mistificação. E a repórter do jornal caprichou no perfil:

*”Tem gente que nem decide nem submete a ela, com medo da bronca”

*”Com Dilma a coisa é pessoal, olho no olho, em público e quase sempre aos gritos”

*”O cara sabe na hora que vai para o pelourinho”

*”O bordão meu querido é outro sinal de encrenca”

*”Tem ministro que se abala emocionalmente”

TROVEJANDO NA CHUVA
Toda essa macheza, como se sabe, não impediu, sequer dificultou, a roubalheira generalizada no primeiro escalão, debaixo de seu nariz empinado. Não fez andar o Minha Casa Minha Vida – nem a indústria fabricante de peças Lego pode materializar a promessa de três milhões de casas até o fim do governo. E, de novo, onde estão as creches? Que funcionário está levando porrada de Dilma até a primeira criança ser atendida? O teco-teco que conduz o ministro Lupi e sua turma de ongueiros de estimação vai um dia poder pousar no terceiro aeroporto de São Paulo e dali direto para o DP de Guarulhos?

Mas é preciso reconhecer algo de bom na bomba por trás desse pavio curto – Dilma é democrática na distribuição de patadas. A Folha traz dois casos envolvendo um general de carreira, Marco Antônio Amaro dos Santos, chefe da segurança presidencial, que está até agora contando as estrelas que caíram de seus ombros, depois dessas invertidas.

O general, que acompanha Dilma até na porta de toilettes, não conseguiu entrar no elevador que levaria a presidente ao térreo do Palácio do Planalto. Pegou o próximo, mas, ao chegar, viu que Dilma, irritadíssima com o “atraso” do guarda-costas, já estava dentro do carro, com o motor ligado. Ainda tentou correr ─ como os agentes do Serviço Secreto americano que acompanham a pé a limusine presidencial em carreata ─ mas perdeu o bonde. Mais tarde saberia pelo motorista o teor do comando irrevogável de Dilma no momento em que ele corria, esbaforido, atrás de sua protegida:

─ Pode tocar!!!

Freud talvez explique essa reação, invocando os tempos em que Estela era guardada por militares em outras circunstâncias. E o mesmo general Amaro, que a esta altura tem toda a nossa solidariedade civil, seria vítima do lado mais light do gênio feroz da presidente de ferro. Em Nova York, para a abertura da assembleia da ONU, Dilma tinha acabado de fazer o cabelo com seu personal coiffeur, Celso Kamura, que se deslocara do Brasil só para pentear madame, e notou que, no trajeto entre o hotel e o carro, seu hairspray deixaria de estar imaculado: garoava. Amaro daria sua vida para proteger, com o próprio corpo, a presidente de um louco no caminho. Mas não tinha um guarda-chuva para abrigá-la dos pingos, naqueles poucos metros. Dilma enfureceu-se. Desta vez, ela não gritou uma ordem unida estilo BOPE contra o fiel segurança. Apenas alvejou-o com fino sarcasmo, apontando seu capacete de fios:

─ Pô, general…

As reticências da transcrição da Folha sugerem que ela pensou coisa muito pior sobre o general, mas outra questão aqui se impõe: em vez de levar Celso Kamura para Nova York, não seria muito mais barato levar um guarda-chuva?
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/celso-arnaldo-e-a-conversa-fiada-do-pavio-curto-toda-essa-macheza-de-dilma-nao-impede-a-roubalheira-no-primeiro-escalao/
Coluna do
Augusto Nunes

Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido.

13/11/2011
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12/11/2011 às 14:05

Direto ao Ponto

Lupi também já sabe por que os farsantes acham que é sábado o mais cruel dos dias

Há uma semana, VEJA provou que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ignora os limites impostos pelo Código Penal, por valores morais e por normas éticas. De lá para cá, pendurado no sexto andor da procissão dos corruptos do primeiro escalão a caminho do despejo, o farsante que controla o PDT cuidou de mostrar que ignora também os limites da sensatez, do decoro e do ridículo.  A presidente Dilma Rousseff pode escolher as más companhias que quiser. Mas não tem o direito de manter um delinquente num emprego bancado por quem paga imposto.

Até agora, ela fez de conta que nem notou a imundície crescendo no quintal da própria casa. “Que crise?”, fingiu espantar-se a chefe de governo exposta às bravatas e, depois, à canastrice derramada de um personagem de bolerão. (“Que crise?”, repetiu José Dirceu na festinha de aniversário do companheiro bandido Agnelo Queiroz. Nenhuma coincidência). Para justificar a omissão da supergerente de araque, que tenta arrastar mais um cadáver insepulto até a “reforma ministerial” de janeiro, o caixa-preta Gilberto Carvalho vem insistindo na lengalenga: “Não existe nada que envolva pessoalmente o Lupi”.

Existe, souberam na manhã de sábado centenas de milhares de leitores de VEJA ─ e, em seguida, milhões de brasileiros confrontados com as revelações da reportagem que coloca em frangalhos a fantasia mambembe inventada às pressas. O álibi repleto de buracos e fissuras foi implodido. O passeio de avião com o comparsa que alegava nunca ter visto é o Fiat Elba do falastrão fora-da-lei. Está comprovado que Carlos Lupi se enfiou no pântano até o pescoço. Como os colegas de bandalheiras que o precederam no regresso à planície, outro ministro já descobriu por que, para quem tem culpa no cartório, é mesmo sábado o mais cruel dos dias.

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Um comentário:

  1. Começa a respingar a lama sobre os inocentes do partido - PDT - que não merece ter um ministro deste o representando, mesmo que seja contra a antiga minoria, cujos membros em crescente número em breve se tornará maioria contra este Lupi, fora e dentro do partido. O MRLB vem do sul, vem forte, é um núcleo de resistência antigo. No Rio de Janeiro o Lupi distribuiu promessas e benesses e conseguiu convencer a maioria e se tornou ministro sem deixar a presidência do partido, mas com um meio ardiloso sob o nome de "licenciado" e ficou seu aspone respondendo e que nada faz. Outro movimento começa a surgir - MFL - Movimento Fora Lupi. Chegou contrariando e sairá contrariado. Leiam o que encontrei no blog "PDT 12 Maricá": "LI NO "O GLOBO" DE HOJE, PÁGINA 07, ARTIGO ESCRITO PELO HISTÓRICO PEDETISTA, EX-DEPUTADO, VIVALDO BARBOSA SOB O TÍTULO - "UM PARTIDO QUE ERA LIMPO"

    CONFESSO QUE FIQUEI ATÔNITO COM A ANÁLISE PROFUNDA QUE FEZ SOBRE A CRISE QUE RONDA O PDT - NOSSO PARTIDO - HÁ MUITO TEMPO. O QUE ME CHAMOU A ATENÇÃO, FORAM POSSÍVEIS VERDADES, QUE SE CONFIRMADAS TEMOS QUE TOMAR UMA ATITUDE NO NOSSO PDT MUNICIPAL, MELHOR DIZENDO , O NOSSO DIRETÓRIO DE MARICÁ!

    DISSE SUA EXCELÊNCIA QUE O MINISTRO LUPI SÓ MANTINHA NO ESTADO DO RIO 06 (SEIS) DIRETÓRIOS ATIVOS E QUE NOS DEMAIS SÓ COMISSÕES PROVISÓRIAS E QUE COM ISSO O PARTIDO ESTÁ SEM EXISTÊNCIA LEGAL!!!

    SE ISSO FOR VERDADE, NUM BOM PORTUGUÊS POPULAR A "VACA VAI PRO BREJO". O CONSELHO POLÍTICO FOI DISSOLVIDO; O MOVIMENTO SINDICAL FOI DISSOLVIDO, CUJA FUNÇÃO É AFETA AO MINISTÉRIO DO TRABALHO QUE É DA RESPONSABILIDADE DO PDT, E ESSE MOVIMENTO SINDICAL SEMPRE EXISTIU DESDE A FUNDAÇÃO DO PARTIDO.

    E AÍ ELE INDAGA: "PORQUE DESESTRUTURAR E DESORGANIZAR TANTO ASSIM O PDT? RESPONDE ELE QUE AGORA ESTÁ FICANDO CLARO QUE O PARTIDO ORGANIZADO, COM SEUS DEPARTAMENTOS FUNCIONANDO, SEUS QUADROS MILITANTES ATUANTES, PRESSIONARIA E PROCURARIA INFLUENCIAR AS AÇÕES POLÍTICAS E ADMINISTRATIVAS DO MINISTÉRIO. MANTENDO O PARTIDO DESORGANIZADO, O MINISTÉRIO FICARIA LIVRE DA INFLUÊNCIA DOS QUADROS MILITANTES PARTIDÁRIOS.

    FOQUEMOS O DIRETÓRIO DE MARICÁ: ATÉ ONDE A INFLUÊNCIA DA CRISE MINISTERIAL ATINGE OS DIRETÓRIOS MUNICIPAIS? ATÉ ONDE A DIREÇÃO CENTRAL DO PARTIDO VAI ACEITAR QUE SOMENTE 06 DIRETÓRIOS LUTEM SOZINHOS SEM O APOIO QUE ELES MERECEM? SERÁ UMA LUTA DE "DOM QUIXOTE" A VISTA DA MÁQUINA PODEROSA QUE VAMOS ENFRENTAR NO MUNICÍPIO NA PRÓXIMA ELEIÇÃO?

    O PDT DE MARICÁ QUE ESTÁ EM ÓTIMAS MÃOS PRECISA URGENTE DE MUITO APOIO DO PODER CENTRAL DO NOSSO PARTIDO; É CHEGADA A HORA COBRAR ESSE APOIO ENQUANTO HÁ TEMPO

    É CHEGADA A HORA DE REFLETIRMOS SOBRE ESSA ANÁLISE LONGA DO VIVALDO BARBOSA. ESTAMOS MUITO QUIETOS E ISSO NÃO FOI O QUE BRIZOLA PREGOU, AO CONTRÁRIO, TEMOS QUE LUTAR, AINDA MAIS À VISTA DESSAS REVELAÇÕES ESTARRECEDORAS DESSE LÍDER, QUE PARECE SABE DAS COISAS INTERNAS DO PDT."

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