MP dos Portos chega ao Planalto;
Dilma tem até dia 5 para sancionar
- Aprovada pelo Congresso na
noite de quinta-feira, a Medida Provisória dos Portos foi entregue ao Palácio do
Planalto no mesmo dia e agora a presidente Dilma Rousseff tem até 5 de junho
para sancionar, possivelmente com vetos, a legislação considerada essencial
para modernização do setor portuário brasileiro.
A Medida Provisória 595 passou
pelo Câmara e pelo Senado no último dia antes de perder a validade, mas não há
garantias de que o texto aprovado no Congresso será sancionado na íntegra pela
presidente, uma vez que a MP sofreu alterações feitas pelos parlamentares.
"Nós precisamos analisar...
como as medidas vêm em redação final para que a gente faça uma análise para a
presidenta, porque cabe a ela a sanção ou o veto, que é prerrogativa",
disse a jornalistas a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, pouco
depois de o Congresso aprovar a MP na quinta-feira.
Uma emenda polêmica, por exemplo,
apresentada pelo deputado petista Sibá Machado (AC), que fez mudanças no texto
parecidas com uma proposta do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), pode
ser vetada. Pontos da emenda aglutinativa, similar à proposta por Cunha e pela
oposição, havia desagradado o Planalto por tratar da regra de prorrogação de
contratos de arrendamentos assinados depois de 1993, quando passou a valer a
Lei dos Portos.
Considerada crucial pelo governo
para atacar um dos principais gargalos na infraestrutura do Brasil e fortalecer
a competitividade, a aprovação da MP pelo Congresso foi tema de sucessivos
apelos públicos da presidente Dilma Rousseff.
A medida só foi aprovada no
plenário da Câmara na manhã de quinta, no terceiro dia de votação, após quase
24 horas de debates ininterruptos. No Senado, teve tramitação em tempo recorde,
o que gerou reclamações de senadores e a promessa do presidente da Casa, Renan
Calheiros (PMDB-AL), de que essa foi a última vez que o Senado votou uma MP
recebida a menos de sete dias de seu vencimento.
Extraído de: Reuters Brasil - 17 de Maio de 2013
BRASÍLIA, 17 Mai (Reuters)
------------------------------------------------
Comentários (6)
Jerônimo 18 de Maio de 2013
A "batalha" entre os
parlamentares da base do governo e da oposição foi acirrada. Isso mostra a
disposição desses senhores que quando querem, a coisa anda, mas isso não traz
benefício moral para eles, porque o código penal e de execuções penais está
tramitando ou engavetado sabe lá aonde e ao que parece não tem a urgência desta
MP, porque não dispõe do volume de dinheiro que gira nos portos. A população
está se virando como pode. Ontem vi na TV, pessoas depredando a casa de um
acusado de estupro de uma menina de oito anos. Se a moda pegar, isso pode se
espalhar pelo País inteiro porque o governo não tem a mínima capacidade de dar
segurança aos cidadãos. O Brasil é um poço de corrupção nos tres poderes. Temos
que ter leis duras. Esse negocio de maioridade penal ser cláusula pétrea, a meu
ver só favorece a interesses externos que querem ver o Brasil com um povo
fragilizado, de baixa cultura e instrução, portanto fácil de controlar e mantê-lo
como o fundo de quintal. Para a maioria desses senhores a sensibilidade está
restrita ao dinheiro. Honra, moral e visão de futuro são adjetivos que estão
descrito em dicionários. Espero que nunca aconteça, mas quando o vandalismo
chegar as portas desses senhores, eles acordem para a urgência de se fazer um plebiscito
sobre a maioridade penal, criar regras clara sobre a conduta e poder de todo o
governo visando e penalizando firmemente atos de corrupção a quem quer que
seja.
------------------------------------------------
Rogerio Oliveira 18 de Maio de
2013 - 15:05:40
Caros colegas
A maioridade não deve ser mudada
até por que é a mesma na área civil. Deve-se punir sim, através do ECA, os
menores infratores de alguns crimes, como se maiores fossem. Uma mudança
juridicamente muito mais fácil e com efeitos melhores. Vamos divulgar essa
visão aos leigos no Direito. Forte abraço.
------------------------------------------------------
jardel pias borges 18 de Maio de
2013
Prezados: A Lei dos Porto já
existia e foi vetada pelo então Presidente Lula porque, segundo o PT, estariam
entregando os Portos para a iniciativa privada. Agora, decidiram, o PT e o
PMDB, que sem ela (iniciativa privada) o país não vai prá frente...
-----------------------------------------------------------------
Gilson 20 de Maio de 2013
A Lei da modernização dos portos
MP-595, não pode ter regalias exclusas e nem privilégios. Deve-se respeitar o
direito adquirido que é legal e constitucional. O fato da exclusão da mão de
obra avulsa que é um legado profissional desde os primórdios da navegação
marítima já é um fator contrário aos princípios do direito individual e
coletivo; portanto, não pode ser exclusa do contexto, até porque as operações
de estiva e adjacente, todas continuarão sendo cobradas pelo operador
portuário, pois estes custos já se encontram atrelado na operação do navio de
linha, ou tramp (navio de linha irregular), inclusive, nos navios arrendados.
Portanto, os custos não estão no labor sindical, mas sim patronal, justamente
em cima de seus equipamentos de operação, tudo ali é cobrado e muito caro, e
desta forma que esta sendo manipulada a MP, não mudará em nada o custo Brasil,
tudo continuará como antes, uma operação caríssima, mas sem a mão de obra
avulsa qualificada, porque eles não irão pagar para os funcionários aquilo que
eles irão cobrar dos armadores e ou afretadores evidentemente. Tudo será ainda
mais explorado. A Presidenta Dilma, e as autoridades brasileiras precisam abrir
os olhos e não aplaudirem este oba-oba empresarial que facilita inclusive,
armadores internacionais. Em muitos portos brasileiros a disputa hoje é dos
operadores portuários em adquirir a melhor e mais cara lancha de passeio à custa
do trabalhador avulso e isto parece que vai ficar melhor ainda depois da sanção
da lei. Outro aspecto a ser abordado é a falta de berços portuários, silos e
armazéns, rodovias e ferrovias, e principalmente um gestor público para
concorrência e barateamento do custo operacional, porque; o sistema tem que
avaliar os custos dos operadores portuários, pois aqui no Brasil a visão é
lucratividade imediata e não a longo prazo como ocorre em outros portos
internacionais.
----------------------------------------------
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não permitimos injúria, calúnia ou difamação nos comentários. A moderação será usada apenas nestes casos. Agradecemos a colaboração dos usuários.
O comentário não representa a opinião do blog, a responsabilidade é do autor da mensagem.