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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

MARICÁ NO LAVA JATO - O GRUPO HOPE E SECRETARIA DE EDUCAÇÃO - HOPE RH E A PETROBRAS


Antonio Marcos Mendonça
2 h ·
TERÇA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2014
Hope, citada no "Petrolão", recebeu R$ 22,4 milhões da Secretaria de Educação de Maricá
Ricardo Vieira Ferreira - A HOPE CONSULTORIA DE RECURSOS HUMANOS LTDA foi contratada pela Secretaria de Educação desde 2009, sob o comando do atual vice-prefeito MARCOS RIBEIRO. Sua sucessora na Secretaria, e esposa, MARTA DE MELLO QUINAN, continuou com as operações. O motivo para tais contratações seria a especialização em “SERVIÇOS DE VIGIA” num primeiro momento e depois, por especialização em “MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS”.
Segundo matéria do jornal O GLOBO, o delator PAULO ROBERTO COSTA fez referência à HOPE conforme reprodução (abaixo) de matéria do citado jornal.
As relações da HOPE com a PETROBRAS são confirmadas por acórdão em reclamação trabalhista mostrado na sua parte inicial nos anexos desta matéria. Durante a última campanha eleitoral os jornais publicaram supostos pedidos de ajuda feitos ao delator PAULO ROBERTO COSTA pelo candidato do PT ao Governo do Estado. Nas próximas postagens publicaremos os valores recebidos e a Ação de Improbidade Administrativa a que respondem o prefeito, a HOPE e seus administradores, distribuída pelo Ministério Público em 2013, o que levou à suspensão das operações em Maricá.
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Lava-Jato
Fornecedores da Petrobras sob suspeita financiaram campanha de 121 parlamentares em atividade
Na Câmara, 96 dos deputados eleitos receberam dinheiro de empresas investigadas. Senado tem 25 integrantes com contribuições de campanha feitas por companhias ligadas ao doleiro Alberto Youssef

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro

Dos deputados e senadores da atual legislatura, pelo menos 121 receberam dinheiro oficialmente como doação de campanha de empresas investigadas pela operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Um levantamento feito pelo site de VEJA nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que 96 dos parlamentares da Câmara e 25 do Senado estão na lista de beneficiados por repasses feitos por fornecedores da Petrobras. As doações foram feitas como manda o figurino, e não há até o momento qualquer suspeita sobre quem recebeu o dinheiro.

As empresas doadoras passaram a ser investigadas pela Lava-Jato porque depositaram recursos para a M.O. Consultoria - empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef - ou porque foram cobradas a fazer doações pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O grupo de congressistas eleitos atualmente em atividade recebeu, ao todo, 29,7 milhões de reais de um conjunto de 18 grupos empresariais sob suspeita.

Como mostrou reportagem do site de VEJA, os fornecedores da Petrobras agora investigados doaram, oficialmente, 856 milhões de reais a partidos e candidatos entre 2006 e 2012. Entre os parlamentares em atuação no Congresso, o PT desponta com 12,6 milhões de reais recebidos, seguido por PP (4,4 milhões) e PMDB (2,6 milhões). Parlamentares da oposição, como DEM e PSDB, também foram beneficiados com 2,1 milhões de reais e 2 milhões, respectivamente.

Os beneficiados pelos grupos suspeitos formam uma bancada multipartidária. E, para especialistas, isso cria riscos para o sucesso de investigações de qualquer CPI no Congresso que pretenda investigar irregularidades na Petrobras. “Não significa que todos vão defender os interesses desses grupos, mas, em qualquer decisão que se tome, tem que ser analisado se os parlamentares não servem aos interesses de financiadores. Isso só pode ser verificado na atuação concreta”, alertou o diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo.

Suspeita de ter liberado mais de 7,9 milhões de reais em propinas a Costa e Youssef, a Camargo Corrêa financiou 31 deputados federais e oito senadores em atuação no Congresso. Entre os suspeitos, é o grupo com maior quantidade de parlamentares financiados no poder. No Senado, foram beneficiados parlamentares como o líder do PT, Humberto Costa, e futuros candidatos petistas a governos estaduais, como Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR). Cada um recebeu 1 milhão de reais para tocar a campanha.

Leia também:
Empresas sob suspeita faturaram R$ 31 bilhões com a Petrobras na era PT
Família de ex-diretor da Petrobras comprou 13 imóveis nos últimos cinco anos

Na Câmara, o conglomerado financiou também a candidatura do líder do PMDB e comandante dos rebeldes na base do governo, Eduardo Cunha (RJ), com 500.000 reais. Oposicionistas como Beto Albuquerque, líder do PSB, e Mara Gabrilli (PSDB) também levaram recursos da empreiteira.

No Senado, Gleisi e Lindbergh são os parlamentares com maior volume recebido desse gupo de empresas. Cada um recebeu de cinco fornecedores envolvidos na operação. Só da OAS, que depositou 1,6 milhão de reais em contas da empresa de fachada comandada por Youssef, Gleisi recebeu um milhão de reais em doações oficiais na eleição de 2010, enquanto Lindbergh angariou 200.000 reais. A OAS financiou, no total, 24 deputados federais e sete senadores em exercício. É o segundo grupo em quantidade de parlamentares financiados.

Outra empresa diretamente ligada à empresa fantasma de Youssef é a Arcoenge, que depositou 491.000 reais em contas operadas pelo doleiro, e ajudou a eleger três deputados federais e um senador. Entre os beneficiados estão o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), o oposicionista Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o senador Magno Malta (PR-ES). Vicentinho ganhou 116.000 reais do grupo, Malta embolsou 100.000 e, Lorenzoni, 50.000 reais. Conheça a lista de parlamentares que receberam doações do grupo:
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Lava-Jato

Empresas em lista de ex-diretor da Petrobras multiplicaram valor de doações para campanhas
Sete companhias aparecem com indicativos de pagamentos a candidatos
por Danilo Fariello, Paulo Celso Pereira e Vinicius Sassine
14/04/2014

BRASÍLIA - As empresas listadas na caderneta de Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras preso pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava-Jato, elevaram em mais de dez vezes o valor de doações para campanhas eleitorais em seis anos, conforme os registos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A PF apreendeu na casa de Costa uma lista com sete companhias, escrita de próprio punho, em data indefinida, com indicativos de pagamento a candidatos e financiamento de campanhas eleitorais.

As prestações de contas ao TSE mostram que cinco dessas sete empreiteiras fizeram doações legais de R$ 10,5 milhões em 2006, ano de disputa aos cargos de deputado, senador, governador e presidente. Quatro anos depois, as doações de seis dessas empresas saltaram para R$ 114,5 milhões. Na última eleição, para prefeito e vereador em 2012, as empreiteiras continuaram generosas com os candidatos, com um desembolso de R$ 116,9 milhões.

Costa anotou numa tabela na caderneta apreendida pela PF, os nomes das empresas e, ao lado, os nomes dos executivos responsáveis, mais a “solução” para cada uma delas. Essa “solução”, segundo suspeita a PF, indica um possível financiamento de campanhas eleitorais. As empreiteiras listadas são Mendes Júnior, UTC/Constran, Engevix, Iesa, Toyo Setal e Andrade Gutierrez. Para a Andrade Gutierrez, porém, o espaço para a “solução” está em branco. Há ainda uma sétima empresa, a Hope RH, que atua com consultoria e serviços, que doou em 2006 e 2010. Todas as empresas já negaram qualquer tipo de intermediação de doações por Costa. Apenas a Toyo Setal não aparece como doadora oficial de campanhas eleitorais em 2006, 2010 e 2012.

Costa atuava em conjunto com o doleiro Alberto Youssef, que também está preso desde a deflagração da Operação Lava-Jato, em meados de março. A suspeita da PF é de que a dupla arrecadava dinheiro de empresas fornecedoras da Petrobras para abastecer campanhas políticas, seja por dentro – doações registradas no TSE – ou por fora – o tradicional caixa dois.

Ao lado da Mendes Júnior, por exemplo, o ex-diretor da Petrobras escreveu, no campo “solução”: “Está disposto a colaborar. Iria falar com executivos para saber se já ajudaram em algo.” A UTC/Constran, por sua vez, “já está colaborando, mas vai intensificar mais para campanha a pedido de PR” – PR seria uma referência ao próprio ex-diretor da Petrobras.

Candidatos de partidos da base aliada do governo federal lideram em recebimentos das empreiteiras da lista de Costa. Apenas PT e PMDB respondem por mais de 50% das doações das empresas.

O PT está no topo da lista, com R$ 83 milhões em doações recebidas. A Mendes Júnior, por exemplo, doou R$ 1 milhão para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. Naquele mesmo ano, a UTC doou para as campanhas dos senadores petistas Gleisi Hoffmann (PR) e Lindbergh Farias (RJ) e do presidente do PT, Rui Falcão (SP). A Constran – vendida à UTC – doou R$ 250 mil a Aloizio Mercadante, que disputou o governo de São Paulo pelo PT e hoje é ministro da Casa Civil. Segundo a revista “O Empreiteiro”, 100% dos contratos da Constran são públicos e na Mendes Júnior, 96%.

No caso da Andrade Gutierrez, maior doadora de campanhas da lista, o volume de contribuições políticas cresceu muitas vezes acima da sua receita. Em 2006, a empresa mineira doou R$ 4,4 milhões em campanhas, valor que saltou a R$ 65 milhões em 2010 e avançou ainda a R$ 82 milhões em 2012. No período, a receita bruta da empresa avançou menos, de R$ 1,73 bilhão em 2006 para R$ 4,6 bilhões em 2012, segundo a revista “O Empreiteiro”.

Procurada, a empresa informou que “todas as doações de campanha são realizadas de acordo com a legislação eleitoral brasileira” e que “não há o que comentar sobre a lista citada já que as informações que constam no documento citado são informações públicas da companhia”. Procurada, a UTC informou que não tem nenhuma declaração a fazer e que "todas as informações pertinentes foram dadas às autoridades eleitorais". As demais empresas não foram localizadas ontem.

O principal aliado da base de Dilma, o PMDB, foi o segundo beneficiário em repasses, com R$ 47 milhões. O levantamento das doações, porém, mostra que as empreiteiras destinam recursos para os principais partidos da política brasileira, incluídos os da oposição. O PSDB é o terceiro beneficiário de recursos, com R$ 44 milhões. Em 2010, a campanha do tucano Aécio Neves (MG) ao Senado recebeu R$ 200 mil da Mendes Júnior. Hoje, ele é pré-candidato à Presidência. PPS e DEM também foram contemplados com recursos das empreiteiras.

O período em que foi percebido o avanço do volume de doações de campanha das empresas combina com a descoberta do pré-sal e a disparada dos investimentos no setor de petróleo e gás no país, no qual todas as companhias listadas atuam.

Coordenador do grupo que debate a reforma política na Câmara, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) minimiza o peso das doações na definição das políticas públicas.

— Eu não acho que a doação eleitoral condicione o voto nem o comportamento político. Tanto é que elas doam para o PT e PSDB. Não tem nenhum acordo prévio, o interesse dessas empresas é porque elas fazem parte do Brasil e podem apoiar tal ou qual política que está se desenvolvendo. Você vê isso no mundo inteiro, nos Estados Unidos com mais nitidez inclusive — afirma Vaccarezza.

A proposta de emenda constitucional formulada pelo grupo inclui alterações no sistema de votações, o fim do voto obrigatório e mudanças no financiamento, que só poderia ser feito aos partidos. Para o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), que representa os tucanos no debate, é essencial interromper a relação individual de candidatos com financiadores.

— Não tem modelo perfeito, nem de sistema eleitoral, nem de financiamento. O financiamento público exclusivo, que daria uma neutralidade, dificilmente passaria num plebiscito porque bastaria alguém carismático gravar um comercial dizendo que estavam tirando dinheiro da educação e da saúde para colocar em campanha política. O essencial é interromper a relação individual dos políticos com as empresas privadas, que não acho saudável. O modelo atual de financiamento é humilhante para quem é honesto e a porta da corrupção para quem não é.

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Lava-Jato: fornecedores da Petrobras sob suspeita financiaram campanha de 121 parlamentares em atividade

Na Câmara, 96 dos deputados eleitos receberam dinheiro de empresas investigadas. Senado tem 25 integrantes com contribuições de campanha feitas por companhias ligadas ao doleiro Alberto Youssef

Publicado por Raymundo Passos -
Por Daniel Haidar

Dos deputados e senadores da atual legislatura, pelo menos 121 receberam dinheiro oficialmente como doação de campanha de empresas investigadas pela operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Um levantamento feito pelo site de VEJA nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que 96 dos parlamentares da Câmara e 25 do Senado estão na lista de beneficiados por repasses feitos por fornecedores da Petrobras. As doações foram feitas como manda o figurino, e não há até o momento qualquer suspeita sobre quem recebeu o dinheiro.

As empresas doadoras passaram a ser investigadas pela Lava-Jato porque depositaram recursos para a M. O. Consultoria - empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef - ou porque foram cobradas a fazer doações pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O grupo de congressistas eleitos atualmente em atividade recebeu, ao todo, 29,7 milhões de reais de um conjunto de 18 grupos empresariais sob suspeita.

Como mostrou reportagem do site de VEJA, os fornecedores da Petrobras agora investigados doaram, oficialmente, 856 milhões de reais a partidos e candidatos entre 2006 e 2012. Entre os parlamentares em atuação no Congresso, o PT desponta com 12,6 milhões de reais recebidos, seguido por PP (4,4 milhões) e PMDB (2,6 milhões). Parlamentares da oposição, como DEM e PSDB, também foram beneficiados com 2,1 milhões de reais e 2 milhões, respectivamente.

Os beneficiados pelos grupos suspeitos formam uma bancada multipartidária. E, para especialistas, isso cria riscos para o sucesso de investigações de qualquer CPI no Congresso que pretenda investigar irregularidades na Petrobras. “Não significa que todos vão defender os interesses desses grupos, mas, em qualquer decisão que se tome, tem que ser analisado se os parlamentares não servem aos interesses de financiadores. Isso só pode ser verificado na atuação concreta”, alertou o diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo.

Suspeita de ter liberado mais de 7,9 milhões de reais em propinas a Costa e Youssef, a Camargo Corrêa financiou 31 deputados federais e oito senadores em atuação no Congresso. Entre os suspeitos, é o grupo com maior quantidade de parlamentares financiados no poder. No Senado, foram beneficiados parlamentares como o líder do PT, Humberto Costa, e futuros candidatos petistas a governos estaduais, como Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR). Cada um recebeu 1 milhão de reais para tocar a campanha.

Na Câmara, o conglomerado financiou também a candidatura do líder do PMDB e comandante dos rebeldes na base do governo, Eduardo Cunha (RJ), com 500.000 reais. Oposicionistas como Beto Albuquerque, líder do PSB, e Mara Gabrilli (PSDB) também levaram recursos da empreiteira.

No Senado, Gleisi e Lindbergh são os parlamentares com maior volume recebido desse gupo de empresas. Cada um recebeu de cinco fornecedores envolvidos na operação. Só da OAS, que depositou 1,6 milhão de reais em contas da empresa de fachada comandada por Youssef, Gleisi recebeu um milhão de reais em doações oficiais na eleição de 2010, enquanto Lindbergh angariou 200.000 reais. A OAS financiou, no total, 24 deputados federais e sete senadores em exercício. É o segundo grupo em quantidade de parlamentares financiados.

Outra empresa diretamente ligada à empresa fantasma de Youssef é a Arcoenge, que depositou 491.000 reais em contas operadas pelo doleiro, e ajudou a eleger três deputados federais e um senador. Entre os beneficiados estão o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), o oposicionista Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o senador Magno Malta (PR-ES). Vicentinho ganhou 116.000 reais do grupo, Malta embolsou 100.000 e, Lorenzoni, 50.000 reais. Conheça a lista de parlamentares que receberam doações do grupo:

    As doações para campanha

    GRUPO  HOPE 1 DEPUTADO FEDERAL R$ 30.000,00

    WILSON DA COSTA RITTO FILHO (sócio do grupo Hope) 1 DEPUTADO FEDERAL R$ 10.000,00

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Mensalão 2: ex-diretor da Petrobras entrega empresas de cartel

10/09/2014
Paulo Roberto Costa apresentou nomes de empreiteiras que constituiram cartel em contratos milionários junto a Petrobras.
Petrobras aparelhada

Fonte: Valor Econômico

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Costa entregou empresas que formaram cartel em contratos com a Petrobras

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa apresentou aos investigadores da operação Lava Jato os nomes de empreiteiras que, segundo a apuração, podem ter se constituído em um cartel para obtenção de contratos milionários junto a Petrobras.

A delação premiada de Costa deverá contar com outros pormenores perseguidos há meses pelos investigadores, os detalhes sobre a suposta participação das empreiteiras Mendes Júnior, UTC/Constran, Engevix, Iesa, Hope RH e Toyo Setal em esquema investigado pela Lava Jato.

A acusação do Ministério Público Federal (MPF) afirma que as seis empreiteiras mantêm contratos ativos com a Petrobras, “ou ao menos tiveram avenças com a estatal nos últimos anos e doaram, juntas, R$ 35,3 milhões a partidos da base parlamentar de apoio ao governo federal na campanha de 2010″, afirma o MPF em uma das acusações formais a Costa.

Segundo levantamento da Receita Federal referente ao ano de 2011, constante da denúncia, as empresas Sanko Sider e Sanko Serviços, que de acordo com a acusação pertencem aos réus Marcio Bonilho e Murilo Barrios, receberam R$ 69.800.000,00 do Consórcio Nacional Camargo Corrêa (CNCC), o qual, segundo o MPF, havia recebido R$ 591.000.000,00 da Petrobras pela obra da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. A peça acusatória da força-tarefa diz que “na Sanko os recursos ilícitos foram separados e remetidos para a MO Consultoria, mediante contratos simulados, sendo que esta empresa recebia recursos de diversas outras sociedades integrantes da trama criminosa”, afirma. “A partir da MO Consultoria, o dinheiro desviado foi pulverizado entre diversas empresas e pessoas ligadas a Youssef, incluindo a Labogen Química, Indústria Labogen e Piroquímica. Uma quantia sacada em espécie”, acusa a denúncia.

O rastreamento das atividades de empresas de fachada que praticaram importações fraudulentas, de acordo com a acusação da operação Lava Jato, foi complementado com novos dados trazidos por Costa à investigação. O fato é considerado “prova cabal” de atividades ilícitas atribuídas à organização criminosa que, segundo Polícia Federal (PF) e MPF, foram desenvolvidas e ramificadas em vários Estados brasileiros e no exterior. O grupo é acusado de se apoderar da área de Abastecimento e Refino da Petrobras entre 2009 e 2014. Costa a dirigiu de 2004 a 2012, durante as gestões Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

O ex-executivo também relacionou nomes de funcionários que alega terem sido indicados por partidos da base de sustentação do governo para cargos na Petrobras. Segundo seu relato, tais nomeados por critérios predominantemente políticos compactuavam com o esquema e colaboraram para a sua manutenção. O MPF já teve acesso aos nomes, postos e período em que tais funcionários trabalharam na petrolífera. Os dados foram criptografados para evitar vazamentos.

O cruzamento de informações fornecidas por Costa com análises de interceptações telefônicas, quebras de sigilo bancário e fiscal, dados fornecidos pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda, foi determinante para que a força-tarefa de procuradores da República responsável pela operação Lava Jato avaliasse como relevante e sinalizasse afirmativamente para o pedido de delação premiada solicitado pela defesa do réu.

As revelações de Costa, que serão formalizadas como uma delação premiada encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR), conferem com o que a investigação já apurou, e ampliam o espectro e a profundidade do procedimento, na avaliação de envolvidos no caso.

Costa também já teria explicado aos investigadores o significado de anotações manuscritas apreendidas pela PF com grifos “já teve conversas com o candidato” e “está disposto a colaborar”. O MPF está convencido de que Costa “atuava na intermediação dessas contribuições junto a empresas que tinham contratos com a Petrobras“.

O Consórcio Nacional Camargo Corrêa afirma não ter nenhum envolvimento em qualquer irregularidade contratual envolvendo a Petrobras e que jamais fez repasses a outras empresas, apenas pagamentos a Sanko Sider, que foi escolhida pela Petrobras entre empresas certificadas para o Serviço. O CNCC também afirma que a defesa da Sanko Sider solicitou perícia técnica à PF sobre os contratos, que estão sendo confrontados pela investigação.

A UTC informou ter feito doações lícitas a partidos políticos, declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Afirmou também que todos os contratos com seus clientes seguiram e seguem rigorosamente os trâmites legais e ressaltou que tem 40 anos de história e mais de 130 clientes.

O Valor procurou a Mendes Júnior, mas não conseguiu uma reposta da assessoria de comunicação até o fechamento desta edição. Procuradas, Iesa e Engevix não responderam à solicitação até o fechamento da edição. Representantes das empresas Constran, Hope RH e Toyo Setal não foram localizados. A Sanko Sider não respondeu ao pedido da reportagem.

Ontem, a Controladoria Geral da União pediu acesso integral ao depoimento de Costa à Procuradoria-Geral da República. A previsão era que o material tivesse sido remetido de Curitiba a Brasília até o fim da tarde.


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SEGUNDO A REVISTA VEJA TEMOS A SEGUINTE NOTÍCIA:
Lava-Jato
Fornecedores da Petrobras sob suspeita financiaram campanha de 121 parlamentares em atividade

Na Câmara, 96 dos deputados eleitos receberam dinheiro de empresas investigadas. Senado tem 25 integrantes com contribuições de campanha feitas por companhias ligadas ao doleiro Alberto Youssef
Dos deputados e senadores da atual legislatura, pelo menos 121 receberam dinheiro oficialmente como doação de campanha de empresas investigadas pela operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Um levantamento feito pelo site de VEJA nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que 96 dos parlamentares da Câmara e 25 do Senado estão na lista de beneficiados por repasses feitos por fornecedores da Petrobras. As doações foram feitas como manda o figurino, e não há até o momento qualquer suspeita sobre quem recebeu o dinheiro.

As empresas doadoras passaram a ser investigadas pela Lava-Jato porque depositaram recursos para a M.O. Consultoria - empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef - ou porque foram cobradas a fazer doações pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O grupo de congressistas eleitos atualmente em atividade recebeu, ao todo, 29,7 milhões de reais de um conjunto de 18 grupos empresariais sob suspeita.

Como mostrou reportagem do site de VEJA, os fornecedores da Petrobras agora investigados doaram, oficialmente, 856 milhões de reais a partidos e candidatos entre 2006 e 2012. Entre os parlamentares em atuação no Congresso, o PT desponta com 12,6 milhões de reais recebidos, seguido por PP (4,4 milhões) e PMDB (2,6 milhões). Parlamentares da oposição, como DEM e PSDB, também foram beneficiados com 2,1 milhões de reais e 2 milhões, respectivamente.

Os beneficiados pelos grupos suspeitos formam uma bancada multipartidária. E, para especialistas, isso cria riscos para o sucesso de investigações de qualquer CPI no Congresso que pretenda investigar irregularidades na Petrobras. “Não significa que todos vão defender os interesses desses grupos, mas, em qualquer decisão que se tome, tem que ser analisado se os parlamentares não servem aos interesses de financiadores. Isso só pode ser verificado na atuação concreta”, alertou o diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo.

Suspeita de ter liberado mais de 7,9 milhões de reais em propinas a Costa e Youssef, a Camargo Corrêa financiou 31 deputados federais e oito senadores em atuação no Congresso. Entre os suspeitos, é o grupo com maior quantidade de parlamentares financiados no poder. No Senado, foram beneficiados parlamentares como o líder do PT, Humberto Costa, e futuros candidatos petistas a governos estaduais, como Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR). Cada um recebeu 1 milhão de reais para tocar a campanha.

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Na Câmara, o conglomerado financiou também a candidatura do líder do PMDB e comandante dos rebeldes na base do governo, Eduardo Cunha (RJ), com 500.000 reais. Oposicionistas como Beto Albuquerque, líder do PSB, e Mara Gabrilli (PSDemoticon também levaram recursos da empreiteira.

No Senado, Gleisi e Lindbergh são os parlamentares com maior volume recebido desse gupo de empresas. Cada um recebeu de cinco fornecedores envolvidos na operação. Só da OAS, que depositou 1,6 milhão de reais em contas da empresa de fachada comandada por Youssef, Gleisi recebeu um milhão de reais em doações oficiais na eleição de 2010, enquanto Lindbergh angariou 200.000 reais. A OAS financiou, no total, 24 deputados federais e sete senadores em exercício. É o segundo grupo em quantidade de parlamentares financiados.

Outra empresa diretamente ligada à empresa fantasma de Youssef é a Arcoenge, que depositou 491.000 reais em contas operadas pelo doleiro, e ajudou a eleger três deputados federais e um senador. Entre os beneficiados estão o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), o oposicionista Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o senador Magno Malta (PR-ES). Vicentinho ganhou 116.000 reais do grupo, Malta embolsou 100.000 e, Lorenzoni, 50.000 reais. Conheça a lista de parlamentares que receberam doações do grupo:

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