SÃO LOURENÇO (MG) – O avô do senador Jefferson Peres (PDT) e do ex-deputado Leopoldo Peres (PMDB), da Amazônia, foi líder republicano no fim da monarquia. Preso, estava lá mofando, quando ouviu, numa manhã, a multidão gritando nas ruas, invadindo a cadeia. Chamou o carcereiro :
- O que está acontecendo? Vão me linchar? Tire-me daqui logo. Deve ser essa monarquia apodrecida querendo vingar-se de mim mais uma vez.
Não era. Dali mesmo, nos braços da multidão, foi levado em triunfo para o governo do Estado. A Republica tinha sido proclamada há 45 dias, um mês e meio antes. E a noticia só chegara naquela manhã. De canoa.
AMEAÇAS
Um dos mais graves problemas nacionais é que, um século depois da Republica, a Amazônia continua sendo conhecida pelos brasileiros só de canoa. Mas pelos estrangeiros é vasculhada e ocupada com as mais modernas tecnologias. Já publiquei aqui as ameaças do crime. É bom não esquecer :
1.– “Se os paises subdesenvolvidos não conseguem pagar suas dividas, que vendam suas riquezas, seus territórios” (Margareth Tatcher, 1983).
2. – “Ao contrario do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós” (Al Gore, vice-presidente dos Estados Unidos, 1989).
3. – “O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia” (François Mitterrand, presidente da França, 1989).
4. – “Devemos estender a lei ao que é comum de todos no mundo. As campanhas ecológicas sobre a Amazônia já deixaram a fase da propaganda para dar inicio à fase operativa, que pode ensejar intervenções militares diretas na região” (John Major, primeiro-ministro da Inglaterra, 1992).
5. – “O Brasil deve delegar parte de seus direitos sobre a Amazônia aos organismos internacionais” (Mikhail Gorbatchev, presidente da URSS, 1992).
6. – “Caso o Brasil resolva fazer um uso da Amazônia que ponha em risco o meio ambiente dos Estados Unidos, temos de estar prontos para interromper esse processo imediatamente” (General Patrick Hugles, chefe do órgão central de informações das Forças Armadas dos Estados Unidos 1998).
7. – “A Amazônia deve ser considerada bem publico mundial,submetido à gestão coletiva de comunidades internacionais” (Pascal Lamy, da UE, 2005).
O GENERAL
É por isso que as Forças Armadas, sobretudo Exercito e Aeronáutica, cada dia mais se preocupam com a presença internacional na Amazônia. Comandante da Amazônia nos últimos anos, o general e patriota Cláudio Figueiredo, em conferencia histórica na ABI, no Rio, em julho, relembrou essas e outras ameaças, e denunciou, com toda a autoridade de seu cargo :
1. – “O mundo vive uma nova ordem mundial, a era da globalização. A tendência atual é de intervenções armadas com ou sem o patrocínio da ONU, que está a serviço dos interesses das grandes potencias. Poderiam acontecer com varias justificativas : narcotráfico, destruição das florestas tropicais, imigração ilegal, terrorismo internacional, proteção de minorias étnicas. A cobiça e ingerências internacionais são uma retórica ou a realidade”?
2. – “Nota-se aumento crescente da presença de estrangeiros na região amazônica nos últimos anos. São, sobretudo, norteamericanos, europeus, bolivianos, colombianos e peruanos. Para o comando do Exercito na área, isso acontece por deficiência de controle. Esses estrangeiros têm um nível cultural elevado. As ONGs vêm atuando na área, com repercussão favorável na imprensa, devido ao caráter supostamente humanitario de suas ações”.
O BRIGADEIRO
Outro bravo militar nacionalista, o brigadeiro Ercio Braga, ex-presidente do Clube da Aeronáutica, em um manifesto indignado, protestou contra a aprovação, pelo Congresso, da lei 11.284, de 2 de março, que, sob o disfarce de arrendar por dezenas de anos, os territórios da Amazônia para “manejamento da floresta”, na verdade manda entregar a estrangeiros o dominio de vastas regiões amazonicas, sobretudo as mais ricas:
1. – “Na legalidade encontramos o amparo para o funcionamento do Estado e do relacionamento entre cidadãos livres. A legalidade não pode suprimir a legitimidade, que é a fonte para a sobrevivência do Estado e da Nação, pois sintetiza o que é bom e util à defesa da Pátria e suas instituições”.
2. – “A lei 11.284, que trata da gestão das florestas publicas na região amazônica, é um ato de traição, pois atenta contra a integridade da Pátria. Todo brasileiro que, num determinado dia, fez um juramento diante da bandeira nacional, não pode omitir-se diante de um ato de traição, pois seria cumplice”.
3. – “Um ato de traição jamais poderá ser legalizado, pois é ilegítimo. Aqueles que têm responsabilidade na execução de ato de traição são traidores. E os que erradamente legalizam esse ato não podem ser classificados como omissos, mas cúmplices, e, nessa condição, deverão ser julgados”.
3.- “Os deputados e senadores que aprovaram essa lei tornaram-se ilegítimos representantes do povo brasileiro e devem perder seus mandatos. Se alguns juizes do Supremo Tribunal julgarem essa lei constitucional, devem ser considerados cúmplices e perderem o lugar naquela Corte. Se o presidente da Republica sancionou essa lei deve ter o mandato cassado por ato de traição’.
Lula quer tirar a ministra Marina Silva. Cuidado para não vir um pior.
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Folclore Político - Sebastião Nery - Jornalista - 11/12/2006
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
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