Os executivos
presos pela Operação Lava Jato nesta sexta
São Paulo – No balanço da sétima
fase da Operação Lava Jato, da manhã desta sexta, a Polícia Federal prendeu, ao
todo, 18 pessoas - entre elas, quatro presidentes de empreteiras acusadas de envolvimento em esquema de corrupção.
Ao todo, nove empresas são
investigadas: Odebrecht , Mendes Júnior, UTC Engenharia ,
OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Camargo Corrêa e Iesa.
Veja o posicionamento de cada companhia sobre o assunto.
Os mandados fazem parte da sétima
fase da Operação Lava Jato. Iniciada em março deste ano, a operação investiga
esquema de lavagem e desvios de dinheiro. Segundo a Polícia Federal, as
empresas investigadas têm R$ 59 bilhões de reais em
contratos com a Petrobras.
Quem foi preso
O ex-diretor de Serviços da
Petrobras Renato Duque está na lista
de presos pela Polícia Federal. Ele foi responsável por 12 licitações da obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, uma
das envolvidas no escândalo de pagamento de propinas e lavagem de dinheiro.
Dois executivos relataram à PF que teriam pagado 30 milhões de reais a Duque e
a um subordinado dele. O pagamento da propina teria sido feito por meio de bancos no exterior, segundo a revista
VEJA.
Das empresas, foram quatro
presidentes presos durante a operação: José
Aldemário Pinheiro Filho, da OAS;
Ildefonso Colares Filho, da Queiroz Galvão; Ricardo Ribeiro Pessoa, da
UTC; e Cristiano Kok, da Engevix.
Otto Garrido Sparenberg, diretor da Iesa Óleo e Gás, também foi um dos executivos presos. Segundo o
Estadão, companhia tem contratos com a petroleira e repassou R$ 400 mil para a Costa Global Consultoria
e Participações, de propriedade de Paulo
Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal que também foi preso.
Da Engevix, a operação teria detido , além do presidente da empresa, Gerson Almada, um dos vice-presidentes.
Segundo a Folha de S. Paulo, também foram presos os diretores Carlos Eduardo Strauch Albero, Newton Prado Júnior e Gerson de
Mello Almada.
Da OAS, teriam sido presos também, segundo o jornal O Globo, José Ricardo Breghirolli (que teria
sido flagrado em trocas de mensagens com o doleiro
Alberto Youssef) e o diretor-financeiro Mateus Coutinho de Sá Oliveira.
A Folha cita ainda a prisão do
advogado da companhia Alexandre Portela
Barbosa e do diretor-presidente da área internacional da Construtora OAS, Agenor Franklin Magalhaes
Medeiros.
O presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho,
se entregou no fim da tarde. O diretor Othon
Zanoide de Moraes Filho também teria sido preso.
Dado Galdieri/Bloomberg
Plataforma da Petrobras: Operação Lava Jato investiga esquema de lavagem e
desvio de dinheiro ligado à estatal
O presidente da UTC, segundo o Globo, é apontado como coordenador do cartel das empresas que
atuavam na Petrobras. A Folha cita também Ednaldo
Alves da Silva e Walmir Pinheiro Santana como os presos da companhia.
Erton Medeiros Fonseca é diretor de engenharia industrial da Galvão Engenharia e apontado como
principal responsável pelo esquema. Ele também teria sido detido, segundo O
Globo.
O vice-presidente da construtora Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes,
deve se entregar ainda na noite desta sexta, de acordo com nota enviada à
imprensa. Segundo a Agência Estado, a prisão do executivo já está acertada
desde a manhã.
De acordo com a Polícia Federal, quem ainda não foi localizado está
automaticamente impedido de deixar o país.
É o caso de Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Côrrea, e Fernando
Soares, conhecido como Fernando
Baiano, apontado como lobista do
PMDB junto às empreiteiras.
Ao todo, foram 85 mandados judiciais dentro da Operação Lava Jato, que investiga
esquema de lavagem e desvio de dinheiro ligado à Petrobras, que foram cumpridos no Distrito Federal e outros cinco
estados: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco.
Exame.com
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