Especialista
dá 10 sugestões para diminuir os custos do condomínio
A folha de pagamentos e os
encargos são os campeões dos custos no condomínio, segundo o Secovi, o
sindicato da habitação.
Segundo Angélica Arbex, gerente
de relacionamento com o cliente da Lello, empresa de administração de
condomínios, é possível diminuir as despesas com condomínio tomando algumas
providências simples como avaliação constante do quadro de pessoal.
"Se o zelador, que é o
funcionário mais caro do condomínio, faz muitas horas extras para cobrir a
folga do porteiro, talvez valha a pena contratar um folguista e diminuir essa
despesa", diz. "Diminuir a rotatividade do pessoal também ajuda a
evitar gastos com indenizações trabalhistas e até mesmo processos
judiciais."
Segundo a executiva, a média dos
gastos no condomínio está assim distribuída: de 40% a 50% são destinados às
despesas de folha, como salários e encargos; 20% a 30% são gastos com consumo
de água, luz, gás, telefone.
Aproximadamente 15% vão para
contratos de manutenção, elevadores, bombas e seguros. E cerca de 10% são
destinados às despesas administrativas, bancárias, fundos de reserva e pequenos
reparos.
Levantamento da empresa no
primeiro semestre deste ano aponta que o condomínio médio em São Paulo é de R$
760. "Se a folha de pagamentos estiver acima de 50% da cota, é preciso ver
onde está o desperdício e cortar", diz.
Inadimplência crônica deve ser
evitada
Evitar que uma inadimplência
eventual se torne crônica é outra medida importante, diz Angélica Arbex. Em um
condomínio com 10 apartamentos, por exemplo, a inadimplência de apenas uma
unidade significa a redução de 10% na arrecadação.
Por isso, é importante que o
condomínio entre em contato rapidamente com o condômino para saber o motivo da
inadimplência e de que maneira será possível fazer o pagamento.
Isso evita que os condôminos
tenham que pagar cotas extras e também gastos com processos judiciais.
10 medidas
para cortar custos no condomínio:
1 Fique de olho nas horas extras
Se os gastos com horas extras estiverem
muito altos, é hora de repensar se não vale a pena contratar um outro
funcionário. Se o zelador, que tem o maior salário do condomínio, faz hora
extra na portaria com frequência, isso pode justificar a contratação de um
folguista, cujo salário é menor
2 Retenha os talentos
Contratar é mais caro e improdutivo que
aperfeiçoar a equipe, pois exige tempo de treinamento. Demitir também
representa gastos adicionais com verbas rescisórias, além do risco de processos
trabalhistas
3 Faça revisões anuais na escala
Fazer avaliações anuais do quadro de
funcionários e das escalas de trabalho pode reduzir a despesa com pessoal. Como
base, é bom saber que, em média, um prédio pequeno tem seis funcionários: um
zelador, um faxineiro, três porteiros para manter a portaria 24 horas e um
folguista
4 Poupe energia elétrica
Avalie possíveis desperdícios de energia
elétrica. Programação de elevadores e instalação de minuterias (sensores de
presença) são saídas comumente adotadas
5 Economize água
A instalação de hidrômetros individuais é
indicada, pois incentiva a economia de água do prédio como um todo e pode
representar uma economia de 20% na conta de água do prédio. Se não for
possível, tome medidas como verificar vazamentos, instalar redutores de vazão ou
reaproveitar a água da chuva
6 Realize manutenções preventivas
Todo prédio deve ter em sua agenda de
obrigações as manutenções preventivas que são bem mais baratas que as obras de
reparação. Dentre essas manutenções estão a verificação do para-raio, bomba de
água, elevadores, impermeabilização, verificação de vazamentos. Tudo isso evita
obras de grande porte e, consequentemente, grande custo
7 Faça um orçamento anual
Condomínio e administradora devem elaborar
o planejamento financeiro anual a fim de evitar a emissão de cotas extras para
dissídio de funcionários ou pagamento de 13º salário, por exemplo
8 Combata a inadimplência
O condomínio deve evitar que inadimplentes
se tornem crônicos. Isso acontece quando não pagam cinco cotas ou mais. A
primeira recomendação é procurar o inadimplente para tentar fazer um acordo
amigável dentro das regras do condomínio. A partir da terceira cota em atraso,
recomenda-se entrar com processo judicial de cobrança
9 Exerça uma gestão responsável
É preciso racionalizar os custos para
evitar que o condomínio deixe de arcar com o pagamento de contas, de salários,
ou deixe de fazer a manutenção preventiva. Para isso, o condomínio não pode
arrecadar menos do que gasta
10 Estimule a gestão participativa
Estimule em seu condomínio uma gestão
participativa. Os condôminos podem fazer parte do dia a dia da gestão sugerindo
ideias interessantes e alternativas inteligentes para a gestão do orçamento do
condomínio.
do UOL 04/11/2014
Sophia Camargo
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